O Pro­fes­sor e Acadêmi­co Arnol­do Wald, que, recen­te­mente, fez doar sua impor­tante bib­liote­ca para a nova sede do Insti­tu­to dos Advo­ga­dos de São Paulo, indi­cou, em primeiro de setem­bro últi­mo ao JOTA.info, impor­tante site jurídi­co, as dez obras que recomen­daria a um jovem e a uma jovem civilis­tas, e expli­ca:

1) A Luta Pelo Dire­ito, de Rudolf Von Iher­ing
Obra indis­pen­sáv­el para a for­mação de qual­quer jurista, esse clás­si­co alemão do sécu­lo XIX, man­tem-se total­mente con­tem­porâ­neo, tratan­do do históri­co pelo Dire­ito e a justiça.

2) Insti­tu­ciones de Dere­cho Civ­il, de Rober­to de Rug­giero
Obra clás­si­ca, essen­cial para o entendi­men­to da influên­cia do Dire­ito ital­iano no nos­so Dire­ito brasileiro. Ver­dadeiro trata­do sobre o Dire­ito Civ­il.

3) Aspec­tos Jurídi­cos do Cap­i­tal­is­mo Mod­er­no, de Georges Ripert
Anal­isan­do o desen­volvi­men­to do cap­i­tal­is­mo lib­er­al na França, essa obra con­fere a conexão entre o dire­ito e a econo­mia, desta­can­do-se prin­ci­pal­mente os capí­tu­los sobre a empre­sa cap­i­tal­ista e o espíri­to e o dire­ito da sociedade cap­i­tal­ista.

4) A crise do Dire­ito, de Orlan­do Gomes
Um dos grandes juris­tas nacionais, nes­sa obra clás­si­ca, escri­ta em 1955, o ilus­tre mestre propõe refor­mu­lações da téc­ni­ca jurídi­ca nacional, apon­tan­do a insu­fi­ciên­cia da dog­máti­ca civ­il diante das mudanças ocor­ri­das na sociedade brasileira da época.

5) Os Donos do Poder, de Ray­mun­do Faoro
Leitu­ra fun­da­men­tal para a com­preen­são da for­mação do Esta­do brasileiro e da história sócio-políti­ca brasileira.

6) The Com­mon Law, de Oliv­er Wen­dell Holmes, Jr.
Como per­cur­so­ra na for­mação da jurisprudên­cia norte-amer­i­cana no sécu­lo XX, a obra de Holmes é indis­pen­sáv­el para a com­preen­são do dire­ito amer­i­cano.

7) Os Grandes Sis­temas do Dire­ito Con­tem­porâ­neo, de René David
Um dos mais com­ple­tos trata­dos sobre o dire­ito com­para­do, essa obra é fun­da­men­tal para a for­mação acadêmi­ca civilista, num mun­do onde a inter­de­pendên­cia das nações não admite mais o ostracis­mo jurídi­co.

8) Respon­s­abil­i­dade Sem Cul­pa, de Wil­son Melo da Sil­va
Obra pio­neira e deci­si­va na implan­tação no nos­so dire­ito pri­va­do, do chama­do seguro de respon­s­abil­i­dade obri­gatório. Nesse estu­do com­para­do sobre o trata­men­to dado à respon­s­abil­i­dade civ­il, o autor faz uma ampla abor­dagem com­para­tista do insti­tu­to da social­iza­ção do risco.

9) Aces­so à Justiça, de Mau­ro Cap­pel­let­ti
Nesse clás­si­co o autor desen­volveu bases teóri­c­as para uma justiça mais acessív­el, abor­dan­do as refor­mas proces­suais através do equi­líbrio social.

10) Teo­ria Jurídi­ca da Arbi­tragem Inter­na­cional, de Emmanuel Gail­lard
Exce­lente obra do mestre francês, tra­ta-se de uma feliz sim­biose da teo­ria e da práti­ca da filosofia da arbi­tragem inter­na­cional, com um lev­an­ta­men­to exaus­ti­vo dos casos nos quais as questões bási­cas foram sus­ci­tadas, anal­isan­do as respostas dadas pelo leg­is­lador e pelo judi­ciário. Obra fun­da­men­tal para a com­preen­são desse insti­tu­to.

Veja tam­bém: https://apd.org.br/a‑sede-e-o-espaco-da-academia-paulista-de-direito/