Real­i­zou-se, em Lis­boa, no dia 19 de setem­bro de 2023, na sede do Supre­mo Tri­bunal de Justiça da Repúbli­ca Por­tugue­saSTJ-Por­tu­gal, o Con­gres­so Liber­dade, Meio Ambi­ente e Justiça, orga­ni­za­do pelo STJ-Por­tu­gal e pela Comu­nidade de Juris­tas de Lín­gua Por­tugue­saCJLP, com o apoio insti­tu­cional da Acad­e­mia Paulista de Dire­itoAPD, entre out­ras enti­dades, e a pre­sença mar­cante não ape­nas de juris­tas por­tugue­ses, mas, sobre­tu­do, rep­re­sen­tantes da comu­nidade acadêmi­ca e de tri­bunais de Ango­la, Cabo VerdeGuiné-Bis­sauMacauMoçam­biqueSão Tomé e PríncipeTim­or-Leste, além do Brasil.

O Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­itoAPD, o, Pro­fes­sor Doutor Alfre­do Attié foi recep­ciona­do pelo Pres­i­dente do Supre­mo Tri­bunal de Justiça da Repúbli­ca Por­tugue­saSTJ-Por­tu­gal, Juiz-Con­sel­heiro Hen­rique de Araújo,  e pelo Secretário-Ger­al da Comu­nidade de Juris­tas de Lín­gua Por­tugue­saCJLP,  Doutor Nel­son Faria de Oliveira, respon­sáveis pela orga­ni­za­ção da impor­tante Con­fer­ên­cia, que con­sti­tu­iu, ao lado dos even­tos cul­tur­ais que tiver­am cena no mes­mo STJ-Por­tu­gal, a cel­e­bração do cen­tési­mo-nonagési­mo aniver­sário de sua fun­dação.

Falan­do pela APD, fun­dação que reúne os mais impor­tantes juris­tas brasileiros e que tem con­tribuí­do para a forte den­si­dade do proces­so civ­i­liza­cional do dire­ito no Brasil, em sua vin­cu­lação com o proces­so democráti­co e diál­o­go com as prin­ci­pais insti­tu­ições uni­ver­sitárias inter­na­cionais, Alfre­do Attié, agrade­ceu a recepção extrema­mente gen­til da impor­tante Corte por­tugue­sa,   e a elogiáv­el orga­ni­za­ção do even­to pelo gabi­nete da Presidên­cia, pelos mem­bros, Con­sel­heiros e Con­sel­heiras, Con­sel­heiros jubi­la­dos e Fun­cionários do STJ-Por­tu­gal, salien­tan­do o tra­bal­ho das Desem­bar­gado­ras Gabriela Cun­ha Rodrigues, Chefe do Gabi­nete da Presidên­cia, e Clarisse Gonçalves, Adjun­ta do mes­mo Gabi­nete, bem como do Grupo de Tra­bal­ho da CJLP, cap­i­tanea­do pelas Doutoras Regi­na Faria de Oliveira e Gabriela Faria de Oliveira.

Attié salien­tou, a seguir, nes­sa aber­tu­ra de sua exposição, a importân­cia cres­cente, pre­dom­i­nante e fun­da­men­tal, no pre­sente, dos con­trib­u­tos dos con­ti­nentes africano, amer­i­cano e asiáti­co, no seio da con­strução de uma aliança acadêmi­ca e de for­t­alec­i­men­to democráti­co do Sul Glo­bal, que se tem mostra­do bas­tante orig­i­nais, na elab­o­ração de um pen­sa­men­to políti­co-con­sti­tu­cional diver­so do mod­e­lo europeu, cujos rel­e­vantes con­trib­u­tos tem trazi­do, até o pre­sente, a evolução de um pen­sa­men­to jurídi­co-políti­co embasa­do na ideia de inte­gração e de prevalên­cia dos dire­itos humanos.

Para Attié, o caráter dis­tin­ti­vo e forte dos povos de lín­gua por­tugue­sa está em sua capaci­dade de atrav­es­sar real­i­dades diver­sas, tan­to no tem­po quan­to no espaço glob­al: “todos os povos de lín­gua por­tugue­sa con­hece­mos a exper­iên­cia da exclusão, da cru­el­dade dos regimes colo­ni­ais, dos regimes dita­to­ri­ais, sabe­mos o que sig­nifi­ca ser estrangeiro em nos­sas próprias ter­ras, e demon­stramos uma capaci­dade de resil­iên­cia e de con­sti­tu­ição de regimes de sol­i­dariedade, no cur­so de uma história difí­cil, em que con­quis­ta­mos, pau­lati­na­mente, o poder de expressão de nos­sa diver­si­dade e afir­mação de nos­sas difer­enças, na con­strução de um dis­cur­so e de uma práti­ca uni­ver­sais de afir­mação de igual­dade e liber­dade.”

Hen­rique de Araújo desta­cou o papel da Justiça, em Por­tu­gal e nos País­es de lín­gua por­tugue­sa e fez impor­tante exposição sobre a Justiça na defe­sa dos val­ores con­tem­porâ­neos da democ­ra­cia e dos dire­itos humanos, entre os quais desta­cou o meio ambi­ente, em abor­dagem de ordem civ­i­liza­cional, defend­en­do a proem­inên­cia do dire­ito e da políti­ca sobre a econo­mia, dan­do, ain­da, boas vin­das aos con­vi­da­dos e con­vi­dadas da corte por­tugue­sa.

Nel­son Faria de Oliveira lem­brou os even­tos real­iza­dos pela CJLP, desta­can­do a pre­sença dos rep­re­sen­tantes dos vários país­es que com­põem a Comu­nidade de Lín­gua Por­tugue­sa, expli­can­do os temas escol­hi­dos para os debates acadêmi­cos durante o even­to. Prestou, ain­da, hom­e­nagem ao jurista José Gre­gori, recen­te­mente fale­ci­do, que foi Min­istro da Justiça e Min­istro dos Dire­itos Humanos do Brasil, além de Embaix­ador do Brasil em Por­tu­gal e Acadêmi­co Eméri­to da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito.

No even­to, reuni­ram-se rep­re­sen­tantes, autori­dades e juris­tas, entre eles o pres­i­dente do STJ-Por­tu­gal, Juiz-Con­sel­heiro Hen­rique de Araújo,  a Juíza-Con­sel­heira do Tri­bunal Con­sti­tu­cional de Ango­la, Maria da Con­ceição San­go, o Dire­tor do Cen­tro de Estu­dos Judi­ciáriosCEJ, de Por­tu­gal, Juiz-Con­sel­heiro jubi­la­do do Tri­bunal Con­sti­tu­cional da Repúbli­ca Por­tugue­sa Fer­nan­do Vaz Ven­tu­ra; o pres­i­dente do Tri­bunal de Recur­sos do Tim­or-Leste, mais alta corte de justiça daque­le País, Juiz Deolin­do dos San­tos; o Pres­i­dente do Supre­mo Tri­bunal de Justiça de Cabo Verde, Ben­feito Mosso Ramos; o Embaix­ador da Repúbli­ca Fed­er­a­ti­va do Brasil em Por­tu­gal, Raimun­do Car­reiro Sil­va; o Pro­fes­sor do Cen­tro de For­mação Jurídi­ca e Judi­ciária de Macau, João Albu­querque, o Juiz-Con­sel­heiro jubi­la­do do STJ-Por­tu­gal, Anto­nio Abrantes Ger­aldes, o Juiz-Con­sel­heiro jubi­la­do do STJ-Por­tu­gal, Tibério Nunes da Sil­va, a Juíza-Pres­i­dente do Tri­bunal de Primeira Instân­cia de São Tomé e Príncipe Miris Bernar­do, o Dire­tor da Fac­ul­dade de Dire­ito de Ribeirão Pre­to da Uni­ver­si­dade de São Paulo, Pro­fes­sor Doutor Nuno Mor­gad­in­ho dos San­tos Coel­ho, a ex-Secretária Estad­ual da Justiça e dos Dire­itos Humanos de São Paulo, Pro­fes­so­ra Eloísa Arru­da, a Pro­fes­so­ra da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade de Coim­bra Douto­ra Alexan­dra Aragão, a Pro­fes­so­ra da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade de Coim­bra Douto­ra Fer­nan­da Paula Oliveira, o Pro­fes­sor Asso­ci­a­do e Coor­de­nador do Depar­ta­men­to de Ciên­cias Juridi­co-Polit­i­cas da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade Agostin­ho Neto, Doutor André San­go, a Pres­i­dente do Tri­bunal Region­al do Tra­bal­ho de São Paulo, desem­bar­gado­ra Beat­riz Pereira; o secretário-ger­al da CJLP,  Advo­ga­do Nel­son Faria de Oliveira; os Desem­bar­gadores no Tri­bunal de Justiça de São Paulo Car­los Alber­to Cor­rea de Almei­da OliveiraSulaiman Miguel Neto e José Maria Câmara, o Pres­i­dente da JEUNE — Orga­ni­za­ção dos Jovens Empresários da União Europeia, Alber­to Car­val­ho Neto, a Rep­re­sen­tante da Con­fed­er­ação Empre­sar­i­al da Comu­nidade de País­es de Lín­gua Por­tugue­sa, Nel­ma Fer­nan­des, a rep­re­sen­tante da Wolthers Kluw­er Por­tu­gal, Flor­bela Jorge, além de mag­istra­dos e mag­istradas, advo­ga­dos e advo­gadas, pro­fes­sores e pro­fes­so­ras e rep­re­sen­tantes da sociedade civ­il  dos País­es de lín­gua por­tugue­sa. Ten­do em vista com­pro­mis­sos de urgên­cia em sua corte, não pode, lamen­tavel­mente,  estar pre­sente o Vice-Pres­i­dente do Tri­bunal Supre­mo de Moçam­bique, Juiz-Con­sel­heiro José Nor­ber­to Car­ril­ho. Na cer­imô­nia real­iza­da no dia 23 de setem­bro, data que mar­cou efe­ti­va­mente o aniver­sário do Tri­bunal, ain­da estiver­am pre­sentes o Pres­i­dente da Câmara Munic­i­pal de Lis­boa, Car­los Moedas, e o Patri­ar­ca da Igre­ja Católi­ca de Lis­boa, dom Rui Manuel Sousa Valério.

O Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, além de faz­er o lança­men­to de seu livro mais recente, ofer­e­ci­do aos pre­sentes no even­to, ain­da par­ticipou de even­tos cul­tur­ais con­cer­nentes à cel­e­bração do aniver­sário da mais alta corte por­tugue­sa, assim os belís­si­mos recitais do Quar­te­to de Cor­das Em Oração e do Coro do Teatro Nacional de São Car­los, havi­dos na mes­ma sede do STJ-Por­tu­gal, respec­ti­va­mente no próprio dia dezen­ove e no dia vinte e dois de setem­bro. Ain­da ocor­reram a exposição cole­ti­va de pin­turas 4 com Alma, vis­i­tas guiadas ao edifí­cio do Tri­bunal, além de apre­sen­tação da Orques­tra Clás­si­ca do Cen­tro e do Duo Mário Mar­ques e Gonça­lo Pesca­da, além de can­tores líri­cos, mesas-redondas (Des)encontros e con­tos no Supre­mo Tri­bunal de Justiça, lança­men­to de número espe­cial de A Revista e pré-lança­men­to do livro 190 anos do Supre­mo Tri­bunal de Justiça — Arte e Patrimônio..

Orna­va o cen­tro do plenário do STJ-Por­tu­gal, o retra­to de Maria da Glória de Bra­gança, D. Maria II, a brasileira e úni­ca monar­ca europeia a ter nasci­do fora desse con­ti­nente, fil­ha de D.Pedro I do Brasil (entre 1822 e 1831), D. Pedro IV de Por­tu­gal (entre março e maio de 1826), que reinou em Por­tu­gal entre 1826 e 1828, e, nova­mente, de 1834 a 1853, após o perío­do de abso­lutismo, ces­sa­do com a vitória da ala lib­er­al, lid­er­a­da por seu pai, então Duque de Bra­gança. O Tri­bunal foi fru­to dessa restau­ração con­sti­tu­cional.

As impor­tantes exposições e comu­ni­cações de todos os par­tic­i­pantes serão pub­li­cadas em livro, a ser lança­do no iní­cio do próx­i­mo ano,  orga­ni­za­do e coor­de­na­do por Alfre­do Attié, Hen­rique de Araújo e Nel­son Faria de Oliveira, edi­ta­do pela Acad­e­mia Paulista de Dire­ito,com o apoio insti­tu­cional do  Supre­mo Tri­bunal de Justiça de Por­tu­gal e da Comu­nidade de Juris­tas de Lin­gua Por­tugue­sa, com pre­fá­cio do Embaix­ador Augus­to Car­reiro Sil­va, para quem foi dirigi­do con­vite espe­cial.

Veja, a seguir, algu­mas ima­gens rel­a­ti­vas ao even­to e à Comu­nidade de País­es de Lín­gua Por­tugue­sa.