A Sede da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito nasceu do dese­jo de jovem pro­fes­sor das Arcadas, Anto­nio Fer­reira Cesari­no Junior, que viria a ser meu primeiro ante­ces­sor, na Presidên­cia da Acad­e­mia, de dis­por de uma sala, na Fac­ul­dade de Dire­ito, para aten­der e ori­en­tar pes­soal­mente seus alunos.

O Dire­tor da Fac­ul­dade, no ano de 1939, não com­preen­deu a importân­cia da ini­cia­ti­va pio­neira. Cesari­no Junior, então, por con­ta própria, locou uma sala na praça da Sé, e ali instalou seu escritório de tra­bal­ho e de ori­en­tação.

Mais tarde, adquir­iu um con­jun­to de escritórios, na aveni­da Paulista, e fez a dotação à Acad­e­mia que então pre­sidia, de um espaço, ocu­pa­do até hoje e cuja história tomei a ini­cia­ti­va de recu­per­ar, exata­mente para faz­er renascer o ide­al de docên­cia e pesquisa que inspirou os fun­dadores e as fun­dado­ras da Acad­e­mia.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito tem sua sede admin­is­tra­ti­va na Aveni­da Paulista, num con­jun­to do Edifí­cio Barão de Christi­na, entre a rua Pam­plona e a alame­da Casa Bran­ca, ao lado do Tri­anon, com sua reser­va de Mata Atlân­ti­ca, dan­do as costas à praça Alexan­dre de Gus­mão, com sua peque­na Rotun­da, e às alamedas San­tos e Jaú, e de frente para o Museu de Arte de São Paulo, MASP.

Dig­i­tal­iza­ção do Acer­vo

Na sede admin­is­tra­ti­va tam­bém está a peque­na e sele­ta Bib­liote­ca. Estou real­izan­do a dig­i­tal­iza­ção de todos os livros, para disponi­bi­liza­ção aos Acadêmi­cos e ao públi­co de estu­diosos e pesquisadores e pesquisado­ras.

A Aveni­da

A aveni­da Paulista é um dos lugares mais pul­santes da cidade de São Paulo. Inau­gu­ra­da em 1891 (na imagem, a aquarela de Jules Mar­tim, vê-se a aveni­da, no dia de sua inau­gu­ração), está local­iza­da num dos pon­tos mais altos da cap­i­tal paulista, chama­do Espigão da Paulista.

Toman­do seu nome como hom­e­nagem a todos os habi­tantes de São Paulo, a aveni­da foi pal­co de tan­tos momen­tos e movi­men­tos impor­tantes da vida brasileira, e con­tin­ua cres­cen­te­mente a ser de todos, e assim deve ser.

Bem assim, a Acad­e­mia tam­bém se faz de todos os que habitam na, e se movem e movi­men­tam por nos­sa Cidade, nos­so País. Paulista que se abre, cada vez mais, à diver­si­dade e ao per­tenci­men­to de todos.

O Entorno

A Acad­e­mia está local­iza­da na região cen­tral da Cap­i­tal de São Paulo, no dis­tri­to da Bela Vista (que abrange os bair­ros Mor­ro dos Ingle­ses e Bix­i­ga), lim­i­tan­do-se com os dis­tri­tos, a nordeste, da Repúbli­ca; a leste, da Liber­dade; a sud­este, da Vila Mar­i­ana; a sudoeste, do Jardim Paulista; e, a noroeste, da Con­so­lação.

Os espaços de suas ruas, ciclovias, par­ques (Siqueira Cam­pos e Mario Covas), da aveni­da (trans­for­ma­da em par­que, aos domin­gos e feri­ados), de cin­e­mas, teatros (Ofic­i­na, Abril, Ágo­ra, Bibi Fer­reira, TBC, Brigadeiro, Frei Caneca, Impren­sa, Maria Del­la Cos­ta, Nair Bel­lo, Raul Cortez, Ruth Esco­bar, Sér­gio Car­doso), restau­rantes, bistrôs, can­ti­nas, cafe­te­rias, sorvet­e­rias e bares, esco­las e fac­ul­dades (Fun­dações Cásper Líbero e Getúlio Var­gas, IBMEC) , cen­tros cul­tur­ais (Casa das Rosas, FIESP/SESI, Itaú Cul­tur­al, IMS, SESC-Paulista, Insti­tu­to Cer­vantes, Espace Cam­pus France), con­sula­dos, insti­tu­ições jurídi­cas, com suas bib­liote­cas (IASP e Acad­e­mia Paulista de Dire­ito), estações de rádio e de tele­visão, livrarias (Cul­tura e Mar­tins), fes­tas (Nos­sa Sen­ho­ra de Achi­ro­pi­ta) , lojas, brechós, antiquários, shop­ping cen­ters, ban­cas de jor­nal e revis­tas, gale­rias, igre­jas, ban­cos (Ban­co Cen­tral do Brasil), insti­tu­ições públi­cas, museus (MASP), atraem paulis­tanos e vis­i­tantes de todas as partes do mun­do.

​MASP

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) local­iza-se na aveni­da Paulista, na cidade de São Paulo, no Brasil. Um dos mais impor­tantes espaços cul­tur­ais do país, é pop­u­lar­mente con­heci­do pelo edifí­cio de arquite­tu­ra arro­ja­da que abri­ga as suas insta­lações, famoso ícone da cap­i­tal paulista.

Insti­tu­ição par­tic­u­lar sem fins lucra­tivos, a Asso­ci­ação MASP con­ta com extra­ordinário acer­vo reunido des­de sua fun­dação em 1947. Recon­heci­da inter­na­cional­mente por sua qual­i­dade e diver­si­dade, a coleção do MASP é con­sid­er­a­da a mais impor­tante da Améri­ca Lati­na, com obras que abrangem da Antigu­idade Clás­si­ca até a Arte Con­tem­porânea.

Vão livre do MASP

Durante todo o ano, o vão livre do MASP é pal­co para diver­sas man­i­fes­tações, feiras livres, exibições de filmes, ocu­pações, flash­mobs e apre­sen­tações de artis­tas de rua. Do fim do vão obser­va-se uma bela vista da cidade. Do espaço de 74 met­ros pro­je­ta­do pela arquite­ta Lina Bo Bar­di e inau­gu­ra­do jun­to ao museu em 2 de out­ubro de 1947, que já começa a ser ofus­ca­do por novos edifí­cios, ain­da é pos­sív­el ver grande parte do cen­tro da cidade e a Zona Norte da cap­i­tal, incluin­do um tre­cho da Ser­ra da Cantareira.

Tri­anon

No iní­cio da déca­da de 1910, no local onde hoje se local­iza o MASP, foi con­struí­do um belvedere com pro­je­to do arquite­to Ramos de Azeve­do, que ficou con­heci­do como Tri­anon. Durante as décadas de 1920 e 30, fre­quen­ta­do pela int­elec­tu­al­i­dade paulis­tana, o par­que e o belvedere trans­for­maram-se em sím­bo­lo da riqueza da elite paulis­tana e for­mavam um har­mo­nioso con­jun­to inte­gra­do.

O nome atu­al, Par­que Tenente Siqueira Cam­pos, foi dado em 1931 em hom­e­nagem a um dos heróis da Rev­olução do Forte de Copaca­bana, na Revol­ta Tenen­tista. Entre os pais­ag­is­tas respon­sáveis pelo pro­je­to do par­que estão o francês Paul Vil­lon e o inglês Bar­ry Park­er.

Sua veg­e­tação é com­pos­ta por remanes­centes da Mata Atlân­ti­ca. Desta­cam-se grandes exem­plares de araribá-rosa, canela-poca, cedro, jequitibá, pau-fer­ro, sapopem­ba, sapu­ca­ia e tam­bo­ril, além de abi­u­rana, andá-açu, cam­boatás, guaraiú­va e tapiá-guaçu. No sub-bosque há espé­cies exóti­cas intro­duzi­das como palmeira-de-leque-da-chi­na e seafór­tia e mudas de espé­cies nati­vas plan­tadas para enriquec­i­men­to florís­ti­co. Foram reg­istradas 135 espé­cies, das quais 8 estão ameaçadas como a cabreú­va, o chichá e o palmi­to-jus­sara.

Com exceção dos arac­nídeos e a rãz­in­ha-piadeira, espé­cie de anfíbio anuro endêmi­ca da Mata Atlân­ti­ca, pode-se diz­er que a fau­na do Par­que é com­pos­ta ape­nas por seres ala­dos, sendo duas espé­cies de bor­bo­le­tas, sete de morce­gos e 28 de aves, rep­re­sen­tadas por alma-de-gato, pit­iguari, quiri-quiri, saíra-amarela e tico-tico. San­haçu-de-encon­tro-amare­lo e sabiá-fer­reiro con­stituem as endêmi­cas do bio­ma. Durante sua migração, o sabiá-fer­reiro faz “escala” no Par­que, e pode ser detec­ta­do pelo can­to de tim­bre metáli­co. Desta­cam-se as bor­bo­le­tas tigrin­has, cujas asas com faixas de laran­ja e amare­lo num fun­do pre­to, lem­bram um tigre.

Casa das Rosas

A Casa das Rosas é um casarão no esti­lo clás­si­co francês, local­iza­do na Aveni­da Paulista. É ded­i­ca­do a diver­sas man­i­fes­tações cul­tur­ais, com enfoque em lit­er­atu­ra e poe­sia. É um dos edifí­cios remanes­cente da época car­ac­terís­ti­ca da ocu­pação ini­cial da aveni­da, e é, lamen­tavel­mente, um dos poucos restantes desse perío­do rel­e­vante para o desen­volvi­men­to do Brasil.

Em 1985, o bem foi tomba­do pelo Con­sel­ho de Defe­sa do Patrimônio Históri­co, Artís­ti­co, Arquitetôni­co e Turís­ti­co (CONDEPHAAT) e foi restau­ra­da em diver­sas opor­tu­nidades, sendo atual­mente con­heci­da como Cen­tro Cul­tur­al Casa das Rosas – Espaço Harol­do de Cam­pos de Poe­sia e Lit­er­atu­ra.

A Casa das Rosas foi con­struí­da em 1935 a par­tir do pro­je­to de Escritório Severo Vil­lares, suces­sor de Fran­cis­co de Paula Ramos de Azeve­do.

É con­sid­er­a­da parte inte­grante do hall de diver­sas obras de renome assi­nadas pelo “Escritório Téc­ni­co Ramos de Azeve­do”, tais como a Pina­cote­ca do Esta­do, Teatro Munic­i­pal de São Paulo, o Mer­ca­do Munic­i­pal de São Paulo, o Palá­cio da Justiça e o Colé­gio Sion, por exem­p­lo. A Casa das Rosas, em especí­fi­co, foi de auto­ria do arquite­to Felis­ber­to Ranzi­ni.

O casarão serviu de residên­cia durante os primeiros 51 anos de sua existên­cia, sendo seus primeiros ocu­pantes uma das fil­has de Ramos de Azeve­do, Lúcia Ramos de Azeve­do, e seu mari­do, Ernesto Dias de Cas­tro, a seguir, pas­san­do para o fil­ho do casal Ernesto Dias de Cas­tro e Anna Rosa, sua esposa.

A desapro­pri­ação do imóv­el deu-se em 1986, pelo Gov­er­no do Esta­do de São Paulo, com o com­pro­mis­so de preser­vação do ter­reno, sem alter­ar sua orig­i­nal­i­dade.

O imóv­el pos­sui um dos mais belos jardins de rosas da cidade de São Paulo. Pas­sou por refor­mas entre 1986 e 11 de março de 1991, quan­do a Sec­re­taria da Cul­tura implan­tou a Casa das Rosas – Gale­ria Estad­ual de Arte, um espaço cujo prin­ci­pal função era acol­her exposições tem­porárias e cir­cu­lantes do acer­vo de obras que o próprio Gov­er­no do Esta­do de São Paulo det­inha, priv­i­le­gian­do a difusão de poe­sias e da arte em ger­al.

Em 2003, pas­sou por novas refor­mas, sendo rein­au­gu­ra­do em 9 de dezem­bro de 2004 e renomea­do em hom­e­nagem ao poeta Harol­do de Cam­pos, fale­ci­do em 2003, com a ren­o­va­da mis­são de, a par da des­ti­nação às artes, tornar-se espaço públi­co  volta­do à poe­sia, pro­por­cio­nan­do ofic­i­nas de cri­ação e críti­ca literária, cur­sos de for­mação, cic­los de debate. Museu que  pro­move a difusão e divul­gação da lit­er­atu­ra dos escritores menos favore­ci­dos, descon­heci­dos e até dos esque­ci­dos pelo mer­ca­do. Sua pro­pos­ta é a de pro­por­cionar ambi­ente para ativi­dades  de pesquisas e leituras.

Todo o acer­vo pes­soal do poeta, tradu­tor Harol­do de Cam­pos, doa­do à Sec­re­taria da Cul­tura estad­ual em 2004, foi des­ti­na­do ao Cen­tro Cul­tur­al Casa das Rosas – Espaço Harol­do de Cam­pos de Poe­sia e Lit­er­atu­ra. A Casa das Rosas é refú­gio para toda man­i­fes­tação artís­ti­ca e poéti­ca, abri­g­an­do tam­bém a primeira bib­liote­ca do país espe­cial­iza­da em poe­sias.

Par­que Mario Covas: Vil­la For­tu­na­ta

Inau­gu­ra­do em janeiro de 2010, pos­suin­do uma área de  5,4 mil met­ros quadra­dos, lig­a­do, do pon­to de vista admin­is­tra­ti­vo, ao par­que Tri­anon, serve a inúmeras ativi­dades cul­tur­ais, de ensi­no e de laz­er.

Em seu endereço esta­va a Vil­la For­tu­na­ta, residên­cia de René Thi­ol­lier, int­elec­tu­al paulista. A casa de cam­po foi con­struí­da por seu pai,  Alexan­dre Hon­oré Marie Thi­ol­lier, em 1903. O nome da casa foi dado em hiom­e­nagem a sua mul­her. A família mora­va na Rua XV de Novem­bro, 60, local­iza­ção da primeira livraria de São Paulo, a Casa Gar­raux. Em 1909, parte para a Europa, locan­do a casa para a família Marx., ali nascen­do, então, o pais­ag­ista Rober­to Burle Marx. Por qua­tro anos a família Marx lá resid­iu, até que, em 1912, o pai de Rober­to, que pos­suía um cur­tume, fal­iu e se mudou para Rio de Janeiro. Com o falec­i­men­to de Alexan­dre Hon­oré, em 1913, René pas­sou a residir na Vil­la, com sua mul­her e sua mãe, ali per­manecen­do até sua morte, em 1968.

Por 55 anos a Vil­la For­tu­na­ta foi pal­co de encon­tros e saraus de int­elec­tu­ais, assim Ani­ta Mal­fat­ti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tar­si­la do Ama­r­al, Menot­ti Del Pic­chia e Mon­teiro Loba­to. Ali, tomou posse Alti­no Arantes como pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Letras.

A área verde do Par­que, que cor­re­sponde ao bosque exis­tente na “Vil­la For­tu­na­ta”, foi preser­va­da graças ao gravame impos­to ao lugar pelo advo­ga­do Alexan­dre Hon­oré Marie Thi­ol­lier e a artista plás­ti­ca Nazareth de Car­val­ho Thi­ol­lier, fazen­do com que a área se con­sol­i­dasse como impor­tante lega­do de preser­vação ambi­en­tal para a Cidade, além de empecil­ho para a desen­f­rea­da espec­u­lação imo­bil­iária.

Cen­tro Cul­tur­al da FIESP e do SESI e seu Jardim Burle Marx

Um pal­co para as artes cêni­cas e visuais, o audio­vi­su­al, a músi­ca e a tec­nolo­gia.

A arquite­tu­ra mod­er­na do edifí­cio Luís Eulálio de Bueno Vidi­gal Fil­ho, sede da FIESP, que tam­bém abri­ga o CIESP, o SENAI-SP, o SESI-SP e o Insti­tu­to Rober­to Simon­sen, pon­to de refer­ên­cia no sky­line da cidade, local em que se real­izam as exibições e ativi­dades do Cen­tro Cul­tur­al FIESP-Paulista, com espaço de livre cir­cu­lação em seu inte­ri­or e o uso de espaços alter­na­tivos, como a esplana­da e o foy­er do Teatro do SESI-SP, para inusi­tadas man­i­fes­tações artís­ti­cas e cul­tur­ais, parte desua pro­gra­mação. Tam­bém abri­ga a lojin­ha da SESI-SP Edi­to­ra, seus livros e catál­o­gos de arte, local­iza­da ao lado da Gale­ria. Na visi­ta ao Cen­tro Cul­tur­al, é ain­da pos­sív­el con­tem­plar a facha­da de con­cre­to da Alame­da Santos,projetada por Rober­to Burle Marx (1909–1994), tomar um café obser­van­do o visu­al do jardim de inver­no, além de acom­pan­har espetácu­los teatrais e musi­cais.

Cen­tro Cul­tur­al Itaú

Volta­do para a pesquisa e a pro­dução de con­teú­do e para o mapea­men­to de man­i­fes­tações artís­ti­cas, o Itaú Cul­tur­al real­iza exten­sa pro­gra­mação e pro­je­tos de incen­ti­vo a jovens artis­tas e pesquisadores, como, por exem­p­lo, o Pro­je­to Rumos.

O local recebe até três exposições ao mes­mo tem­po. Suas Ocu­pações são mostras que trazem à luz tra­jetórias de músi­cos, atores, pen­sadores, artis­tas, entre out­ras pes­soas que con­tribuíram para o con­hec­i­men­to nacional. São voltadas prin­ci­pal­mente para jovens, que se servem de tais man­i­fes­tações e de seus ícones como refer­ên­cias para a sua própria pro­dução.

O Cen­tro Cul­tur­al pos­sui pro­gra­mação esporádi­ca de cin­e­ma, além de restau­rante e café.

Insti­tu­to Mor­eira Salles

A pre­sença do IMS em São Paulo, o mais impor­tante cenário cul­tur­al do Brasil, des­de 20 de setem­bro de 2017, com pro­je­to do escritório Andrade Moret­tin Arquite­tos, pelo arquite­to Marce­lo Hen­neberg Moret­tin, que con­quis­tou o prêmio de mel­hor obra de arquite­tu­ra em São Paulo, con­ce­di­do pela Asso­ci­ação Paulista dos Críti­cos de Arte (APCA), na cat­e­go­ria Arquite­tu­ra e Urban­is­mo, é um mar­co na história da insti­tu­ição cul­tur­al.

Museu ver­ti­cal, poen­sa­do a par­tir de con­ceitos sus­ten­táveis, o edifí­cio com­põe-se de sete andares, com pé-dire­ito dup­lo. Uma das ino­vações está em localizar-se no quar­to pavi­men­to o ambi­ente de entra­da e con­vívio do Cen­tro Cul­tur­al, a Praça IMS, acessív­el a par­tir do vão livre do térreo por escadas rolantes.

Além das áreas para exposições, com mais de 1200 met­ros quadra­dos, o IMS Paulista con­ta com cineteatro – onde acon­te­cem mostras de filmes, even­tos musi­cais, sem­i­nários e debates –, uma bib­liote­ca de fotografia, salas de aula, a loja/livraria IMS por Trav­es­sa e o café-restau­rante Bal­aio.

SESC-Paulista

O mod­er­no pré­dio de 17 andares tem inspi­ração no trinômio Arte, Cor­po e Tec­nolo­gia.

Con­strução ino­vado­ra, des­de sua faix­a­da até o plane­ja­men­to dos espaços, que con­tam com estru­turas de  inter­ação tec­nológ­i­ca, com­pos­ta por salas de exposição e espetácu­los, espaços para práti­cas esporti­vas e cor­po­rais, além dos serviços de saúde e ali­men­tação dis­pos­tos aos usuários dos vários cen­tros do SESC.

No pon­to mais alto do edifí­cio, a cafe­te­ria abre uma vista priv­i­le­gia­da da aveni­da Paulista. No mes­mo andar e no mirante supe­ri­or, pode-se con­tem­plar fotogra­far e fil­mar a cidade de São Paulo.

As áreas de con­vivên­cia nos vários andares são amplas e acessíveis. No térreo, está a praça multi­u­so, moldáv­el para inte­grar con­vívio social e inter­venções artís­ti­cas.

A bib­liote­ca  con­ta com amp­lo acer­vo de obras de lit­er­atu­ra brasileira, estrangeira, quadrin­hos, poe­sia, artes, ciên­cias e humanidades, com equipa­men­tos para per­mi­tir aces­so à leitu­ra de pes­soas com defi­ciên­cia.

Insti­tu­to Cer­vantes de São Paulo

O Insti­tu­to não é ape­nas um dos mais impor­tantes cen­tros de estu­do e ensi­no da lín­gua espan­ho­la — que rece­beu o prêmio Príncipe de Astúrias, em 2005, na cat­e­go­ria Comu­ni­cação e Hum­naidades -, mas abri­ga e pro­move várias ativi­dades cul­tur­ais, cic­los de con­fer­ên­cias, exposições, con­cer­tos.

Está em con­stante colab­o­ração com as prin­ci­pais insti­tu­ições cul­tur­ais da cidade, que tam­bém são as do país, como o MASP, o Memo­r­i­al de Améri­ca Lati­na, o Cen­tro Cul­tur­al São Paulo. Tam­bém colab­o­ra com as rep­re­sen­tações diplomáti­cas dos país­es de lín­gua his­pâni­ca, e orga­ni­za anual­mente Sim­pó­sios Inter­na­cionais sobre didáti­ca e metodolo­gia do espan­hol.

Insti­tut Français no Brasil

A impor­tante insti­tu­ição de difusão e pro­moção cul­tur­al france­sa con­ta com o espaço na Alame­da Jaú, jun­to à Aliança France­sa, além de pro­mover a colab­o­ração com out­ras enti­dades e espaços paulis­tanos, e com o Cam­pus France São Paulo, canal priv­i­le­gia­do de comu­ni­cação entre os estu­dantes brasileiros e as insti­tu­ições france­sas de ensi­no supe­ri­or. Com­preende ações, sob a coor­de­nação do serviço diplomáti­co francês, com impor­tante pro­gra­mação de debates de ideias e de livros, a par de acer­vo de obras, além de coop­er­ação na pesquisa e no ensi­no e na difusão cien­tí­fi­ca e cul­tur­al.

Está­tua em hom­e­nagem ao herói venezue­lano que lutou na guer­ra de inde­pendên­cia amer­i­cana

Sebastián Fran­cis­co de Miran­da Rodríguez (Cara­cas, 28 de março de 1750 — San Fer­nan­do, Cádiz, 14 de jul­ho de 1816) foi um mil­i­tar venezue­lano, pre­cur­sor da inde­pendên­cia da Améri­ca espan­ho­la. Executou um mal­o­gra­do plano de inde­pendên­cia das colô­nias espan­ho­las na Améri­ca Lati­na, mas que se recon­hece como pre­cur­sor dos ideais de Simón Bolí­var e Bernar­do O’Hig­gins, assim como de out­ros com­bat­entes amer­i­canos que con­seguiram a inde­pendên­cia em grande parte da região.

Com a aju­da britâni­ca, Miran­da real­i­zou uma invasão na Venezuela em 1806. Chegou ao por­to de Coro, onde a ban­deira venezue­lana tri­col­or foi iça­da pela primeira vez. Entre os vol­un­tários que servi­ram para essa rebe­lião, esta­va David G. Bur­net, dos Esta­dos Unidos, que seria mais tarde o pres­i­dente interi­no da Repúbli­ca do Texas depois de sua sep­a­ração do Méx­i­co em 1836. Em 19 de abril de 1810, a Venezuela ini­ciou seu proces­so de inde­pendên­cia, pelo qual Simón Bolí­var per­sua­diu Miran­da a voltar a sua ter­ra natal, onde lhe fiz­er­am gen­er­al do exérci­to rev­olu­cionário. Quan­do o país declar­ou for­mal­mente a inde­pendên­cia, em 5 de jul­ho de 1811, assum­iu a presidên­cia com poderes dita­to­ri­ais.

As forças espan­ho­las con­tra-atacaram e Miran­da, temen­do uma der­ro­ta bru­tal e deses­per­a­da, assi­nou um armistí­cio com os espan­hóis em jul­ho de 1812 (Trata­do de La Vic­to­ria). Bolí­var e out­ros rev­olu­cionários acred­i­taram que sua rendição cor­re­spon­dia a uma traição às causas repub­li­canas, e lhe frus­traram a intenção de escapar. Entre­garam Miran­da ao exérci­to real espan­hol que o lev­ou à prisão em Cádis, Espan­ha, onde mor­reu em 1816.

O Edi­fi­cio Barão de Christi­na

Na aveni­da Paulista, a par­tir da esquina com a alame­da Casa Bran­ca, havia, orig­i­nal­mente, três casas, per­ten­centes às fil­has do Conde Mataraz­zo (a história pode ser lida aqui). Das três casas, a segun­da, a de número prim­i­ti­vo 82, demol­i­da, deu origem ao atu­al número 1471, que cor­re­ponde ao edifí­cio Barão de Christi­na, no qual está local­iza­da a Acad­e­mia Paulista de Dire­ito.

Em jul­ho de 1948, na Revista Acró­pole,  pub­li­cação espe­cial­iza­da em arquite­tu­ra, a casa é apre­sen­ta­da como sendo de “pro­priedade da Exce­len­tís­si­ma Sen­ho­ra Dona Mar­iân­gela Mataraz­zo”.

Algu­mas fotos da casa estão preser­vadas (e são mostradas, aqui, na gale­ria). Antes de sua recon­strução ou refor­ma, no local havia edifí­cio, de esti­lo ecléti­co, um chalé estiliza­do, que foi rad­i­cal­mente mod­i­fi­ca­do para, então, dar lugar à prováv­el residên­cia da Con­dessa Mar­iân­gela Mataraz­zo, em esti­lo mod­er­no, com lin­has mais retas e cur­vas suaves,  con­strução rep­re­sen­tante de sua época.

Nas ima­gens, vê-se a facha­da em out­ros ângu­los. O ambi­ente inter­no demostra o gos­to e  esti­lo da casa. No liv­ing, “um aparador de alve­nar­ia com poucos obje­tos, livros, cristais, flo­res e dois quadros.” No hall, esca­da em for­ma­to semi­cara­col, com cor­rimão feito com orna­men­tos em fer­ro, que leva ao andar supe­ri­or e tam­bém ao infe­ri­or, com­bi­nan­do com um belo lus­tre pen­dente no mes­mo mate­r­i­al.”

Não sabe ao cer­to se Mar­iân­gela resid­iu nes­sa casa, ou se foi ape­nas mais um inves­ti­men­to da família, o que é mais prováv­el. Seu mari­do, o Conde Fran­cis­co Mataraz­zo mor­reu em 1977. Ela fale­ceu aos 91 anos, em março de 1996, ten­do sido a últi­ma morado­ra do mais con­heci­do casarão da família, que foi der­ruba­do, em janeiro do ano de sua morte, para dar lugar a um esta­ciona­men­to — sob protestos da pop­u­lação paulis­tana, e logo após a ten­ta­ti­va de tomba­men­to, pela então Prefei­ta de São Paulo, Luiza Erun­d­i­na — , mais recen­te­mente, um shop­ping mall. A demolição de vários casarões da aveni­da Paulista, entre mea­d­os da d´cada de 1980 e fim da déca­da de 1990, rep­re­sen­tou o ápice de um proces­so de enorme per­da para o sen­ti­do do patrimônio históri­co brasileiro, além de reafir­mar a opção lamen­táv­el pela mera espec­u­lação imo­bil­iária, tão típi­ca do cresci­men­to da Cap­i­tal de São Paulo.

As casas da Aveni­da Paulista, enfim, viraram edifí­cios.

Em 1977, com pro­je­to de Rober­to Sis­ter, foi con­struí­do o Edifí­cio Barão de Christi­na. Com 19 andares,o pré­dio chamou a atenção por suas pastil­has col­ori­das na facha­da. O nome hom­e­nageia Fran­cis­co Ribeiro Jun­queira, que foi o Barão de Christi­na, primeiro fil­ho de Anto­nio José Ribeiro de Car­val­ho e de Hele­na Nicésia de Andrade Jun­queira, fil­ha dos Barões de Alfe­nas, Gabriel Fran­cis­co Jun­queira e Igná­cia Con­stança de Andrade. A família Jun­queira, ori­un­da de Minas Gerais, teve casa na aveni­da Paulista tam­bém. Clique aqui para con­hecer a his­to­ria do Barão.

Bib­liote­ca Arnol­do Wald (Acadêmi­co Tit­u­lar da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito)

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Alfre­do Attié Jr
Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas
Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito

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