O Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas e Dire­tor do Cen­tro Inter­na­cional de Dire­itos Humanos de São Paulo (CIDHSP?APD) man­i­festou, hoje, inten­sa pre­ocu­pação com a notií­cia veic­u­la­da pela impren­sa (O Esta­do de S. Paulo, Por­tal Ter­ra), dan­do con­ta de que o Pres­i­dente da Repúbli­ca estaria incen­ti­van­do as Forças Armadas a cel­e­brarem a data de 31 de março, mar­co do Golpe-Civ­il Mil­i­tar de 1964, que deu iní­cio à ditadu­ra civ­il-mil­i­tar de 1964–1986.

“Cel­e­brar um golpe civ­il-mil­i­tar con­tra a Repúbli­ca e a Democ­ra­cia “- afir­ma, “é inad­mis­sív­el. Cel­e­brar tor­tu­ra, seque­stro e assas­si­natos cometi­dos por agentes do Esta­do, ain­da mais grave.” E expli­ca: ” Seria o mes­mo que comem­o­rar a ascen­são de dita­dores, como Hitler, Salazar, Fran­co, Mus­soli­ni, Stal­in, ao poder e elo­giar seus crimes con­tra a humanidade.”

Attié sub­lin­ha que “qual­quer ato de cel­e­bração do golpe de 1964 deve ser toma­do pelo que é: inci­tação a crime con­tra a humanidade, aten­ta­do con­tra a Con­sti­tu­ição e os Trata­dos Inter­na­cionais. Não se tra­ta ape­nas de provo­cação políti­ca irre­spon­sáv­el, mas  que­bra da ordem jurídi­ca, que sujei­ta infratores a per­se­cução penal.”

“O Pres­i­dente da Repúbli­ca, espe­cial­mente, sujei­ta-se a proces­so por come­ti­men­to de crime de respon­s­abil­i­dade,” con­clui.