RESUMO: Segun­do dados da ACNUR, o Brasil recon­heceu até janeiro de 2020 mais de 37 mil refu­gia­dos venezue­lanos, tal quan­ti­dade se deve ao pro­ced­i­men­to facil­i­ta­do para o recon­hec­i­men­to do sta­tus de refu­gia­do que vem sendo empre­ga­do no país. Com a quan­ti­dade de refu­gia­dos aumen­tan­do no ter­ritório nacional, uma medi­da ado­ta­da pelo gov­er­no foi o de inte­ri­orizar ess­es refu­gia­dos, assim, ao todo, 16.000 refu­gia­dos e migrantes venezue­lanos par­tic­i­param do pro­je­to de inte­ri­or­iza­ção e foram deslo­ca­dos para São Paulo, João Pes­soa, Rio de Janeiro, Ceará entre out­ras 300 cidades par­tic­i­pantes. Con­tu­do, a inte­ri­or­iza­ção não está alcançan­do seu obje­ti­vo, o de ofer­e­cer um recomeço as pes­soas em situ­ação de refú­gio. Envi­a­dos para os mais dis­tin­tos esta­dos, os refu­gia­dos encon­tram em muitas das cidades, prin­ci­pal­mente nas metrópoles, fortes bar­reiras ao seu dire­ito de cidade. Os sun­tu­osos pré­dios min­u­ciosa­mente pro­je­ta­dos para afas­tar os que não se enquadrem em padrões estéti­cos afas­tam-nos de qual­quer pos­si­bil­i­dade de pedir aju­da, são mar­gin­al­iza­dos, esque­ci­dos e bus­cam abri­go nos nichos mais humildes das cidades. Descon­hecem a lín­gua, seus dire­itos e o local que estão inseri­dos. Nesse sen­ti­do, a pre­sente pesquisa obje­ti­va demon­strar como a dis­posição arquitetôni­ca e urbanís­ti­ca das grandes cidades influ­en­cia dire­ta­mente na exclusão e mar­gin­al­iza­ção de gru­pos vul­neráveis, uti­lizan­do para isso, a metodolo­gia de pesquisa empre­ga­da é a des­criti­va-dedu­ti­va, ali­a­da à pesquisa bib­li­ográ­fi­ca. 

PALAVRAS-CHAVE: Refu­gia­dos. Metrópoles. Dire­ito de Cidade.

ABSTRACT: Accord­ing to UNHCR data, Brazil rec­og­nized more than 37,000 Venezue­lan refugees by Jan­u­ary 2020, this amount is due to the pro­ce­dure facil­i­tat­ed for the recog­ni­tion of refugee sta­tus that has been employed in the coun­try. With the num­ber of refugees increas­ing in the nation­al ter­ri­to­ry, a mea­sure adopt­ed by the gov­ern­ment was to inter­nal­ize these refugees, thus, in all, 16,000 Venezue­lan refugees and migrants par­tic­i­pat­ed in the inte­ri­or­iza­tion project and were dis­placed to São Paulo, João Pes­soa, Rio de Janeiro, Ceará among oth­er 300 par­tic­i­pat­ing cities. How­ev­er, inte­ri­or­iza­tion is not achiev­ing its objec­tive, that of offer­ing peo­ple in refuge a new start. Sent to the most dif­fer­ent states, refugees find in many of the cities, espe­cial­ly in the metrop­o­lis­es, strong bar­ri­ers to their right to the city. The sump­tu­ous build­ings metic­u­lous­ly designed to keep out those who do not fit in with aes­thet­ic stan­dards keep us from any pos­si­bil­i­ty of ask­ing for help, are mar­gin­al­ized, for­got­ten and seek shel­ter in the hum­blest nich­es of cities. They do not know the lan­guage, their rights and the place they are insert­ed in. In this sense, this research aims to demon­strate how the archi­tec­tur­al and urban lay­out of large cities direct­ly influ­ences the exclu­sion and mar­gin­al­iza­tion of vul­ner­a­ble groups, using the descrip­tive-deduc­tive research method­ol­o­gy, com­bined with bib­li­o­graph­ic research, for this pur­pose. 

KEYWORDS: Refugees. Metrop­o­lis. City Law.

Orcid: https://orcid.org/ 0000–0002-0821–6928 

Orcid: https://orcid.org/0000–0003-1305–8212 

Sub­mis­são: 20/02/2020 | Aprovação: 07/03/2020 

 

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