Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, pro­feriu con­fer­ên­cia, na Uni­ver­si­dad Nacional Autóno­ma de Méx­i­coUNAM, a con­vite da Pro­fes­so­ra Liz­beth Xóchtil Padil­la Sanabria.

O even­to teve lugar no auditório da Fac­ul­dad de Estu­dios Supe­ri­ores Acatlán da UNAM, con­tan­do com a pre­sença de pro­fes­so­ras e pro­fes­sores, alunos e alu­nas pesquisadores de pós-grad­u­ação daque­la Uni­ver­si­dade — UNAM-Pos­gra­do eSec­re­taria de Pos­gra­do e Inves­ti­gación.

Attié dis­cor­reu sobre a vin­cu­lação entre democ­ra­cia, dire­itos humanos e con­sti­tu­ição, a par­tir da per­spec­ti­va da igual­dade sub­stan­cial, do recon­hec­i­men­to, para encam­in­har uma reflexão sobre o fluxo do poder, recu­peran­do seu caráter con­sti­tu­cional. Para tan­to, segun­do Attié, have­ria neces­si­dade de criticar e aban­donar o par­a­dig­ma admin­is­tra­ti­vo do dire­ito, que o leva a atu­ar mais na instru­men­tação das chamadas gov­er­nação e gestão do que efe­ti­va­mente na fun­dação e con­strução de uma sociedade ver­dadeira­mente políti­ca, no sen­ti­do de ser democráti­ca e, em decor­rên­cia, par­tic­i­pa­ti­va. Attié ain­da abor­dou a neces­si­dade de uma nova con­cepção do poder de jul­gar. Respon­den­do às questões dos pre­sentes, falou sobre a plas­ti­ci­dade insti­tu­cional históri­ca da políti­ca, no sen­ti­do de provo­car o esforço imag­i­na­ti­vo e cria­ti­vo para a con­sti­tu­ição de novas exper­iên­cias e insti­tu­ições. Ao final, disse que o par­a­dig­ma do garan­tismo é impor­tante, mas não sufi­ciente, ten­do em vista a neces­si­dade de super­ar a situ­ação colo­nial ain­da imper­ante.

Par­tic­i­param, ain­da dos debates, a Pro­fes­so­ra Liz­beth, que referiu questões rel­a­ti­vas ao proces­so eleitoral mex­i­cano, o Pro­fes­sor Lean­dro Eduar­do Astrain Bañue­los  e a Pro­fes­so­ra, Susana Martínez Nava, ambos da (Uni­ver­si­dad de Gua­na­ju­a­to, e  o Pro­fes­sor Mario Enríques Car­ba­jal, da UNAM. O Pro­fes­sor Lean­dro, acen­tu­ou a importân­cia dos pres­su­pos­tos do garan­tismo, sobre­tu­do na área do dire­ito penal con­sti­tu­cional. A pro­fes­so­ra Suzana teceu comen­tários à exposição de Attié, referindo o pen­sa­men­to de John Rawls, em diál­o­go com as pro­postas feitas pelo Pro­fes­sor brasileiro. O Pro­fes­sor Car­ba­jal falou sobre o caráter cícli­co da democ­ra­cia.

Com inten­sa par­tic­i­pação do lota­do auditório da Uni­ver­si­dade, o encon­tro se encer­rou com agradáv­el recepção, no cam­pus, com a preparação de comi­das típi­cas mex­i­canas, em momen­to que per­mi­tiu inten­sa inter­ação com estu­dantes e docentes.

Para o segun­do semes­tre, ficou acer­ta­da a vin­da dos Pro­fes­sores Mex­i­canos ao Brasil, para nova roda­da de coop­er­ação, que se vai con­stru­in­do e se tor­nan­do fun­da­men­tal para a agen­da jurídi­ca dos dois País­es.

Attié ain­da foi lev­a­do a con­hecer o cam­pus cen­tral da UNAM, uni­ver­si­dade cen­tenária, que desen­volve, para além do ensi­no a seus mais de meio mil­hão de estu­dantes, ativi­dades edu­ca­cionais e cul­tur­ais em bene­fí­cio do Méx­i­co e da sociedade inter­na­cional.

Assista a parte das exposições e dos debates, a seguir, ou por meio do aces­so a este link.