A UNILAB — Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Ceará e Bahia) — e o AMANDLA — Grupo de estudo, pesquisa e extensão sobre política pública: raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade da UNILAB publicam a programação do Ciclo de Debates (18 a 20 de julho)do Mandela Day 2023 — Festival Internacional, Multidisciplinar e Multicultural – Educação, Democracia e Antirracismo.
PROGRAMAÇÃO
I. Ciclo Virtual de Debates – Educação, Democracia e Antirracismo
Os eixos da terceira edição do Festival MANDELA DAY 2023 – Educação, Democracia e Antirracismo trazem importantes dimensões para a reconstrução da sociedade brasileira, visando à inclusão, igualdade e justiça. Os cinco debates agregam perspectivas de novos conhecimentos e estratégias de luta conectando diversas temáticas e instituições públicas e privadas. Ao final das exposições serão apresentados dois depoimentos: “a África que eu vi de perto” ilustrando visões de brasileiras/os que visitaram ou moraram em países do Continente Africano; e, “o Brasil que vi de perto” contendo as impressões e visões de africanas/os que vivem no Brasil e estudam na UNILAB.
Primeiro Dia
18/julho/2023
18:45 às 22:00 horas
Exibição de vídeo: “Legados Mandela para construção de vidas sem racismo”, por Flávia Oliveira – Comentarista do programa Estúdio i do canal Globo News e colunista do jornal O Globo
Inspirações deixadas por Nelson Mandela: desafios do século XXI para fortalecimento da luta antirracismo
Ângela Guimarães. Secretária da SEPROMI – Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia
Anielle Franco. Ministra do Ministério da Igualdade Racial do Governo Lula
Claudia Mosqueda Rosero. Professora do Departamento de Trabalho Social da Universidade Nacional da Colômbia (a confirmar)
Irene Vida Gala. Subchefe do ERESP/Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo
Marise Ribeiro Nogueira. Diplomata Chefe dos Setores Cultural e Consular da Embaixada do Brasil no Panamá
Coordenação: Matilde Ribeiro. Professora da área de pedagogia e Coordenadora do Grupo AMANDLA da UNILAB/CE
Segundo dia
19 de julho (quarta-feira)
14:45 às 18:00 horas
Exibição de vídeo alusivo à luta contra o apartheid na África do Sul
Aspectos Políticos e Culturais da África do Sul pós Apartheid
Alfredo Attié. Desembargador no Tribunal Paulista e Presidente da Academia Paulista de Direito
Marcelo Rosa. Professor e coordenador do Laboratório de Sociologia Não-exemplar da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
Natália Cabanillas. Professora argentina da UNILAB e Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos Feministas Africanos
Paulo Neves. Professor da UFABC – Fundação Universidade Federal do ABC
Viviane Barbosa. Professora da UEMA – Universidade Estadual do Maranhão
Depoimentos:
A África que vi de perto: Guilherme Oliveira Lemos. Professor do IFB – Instituto Federal de Brasília
O Brasil que vi de perto: Israel Mbule – estudante angolano da UNILAB Males/Ba
Coordenação: Jacqueline Costa – Professora e coordenadora do Projeto de Pesquisa e Extensão Lélia Gonzáles da UNILAB/CE
18:45 às 22:00 horas
Exposição do Vídeo: Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas sobre os Afrodescendentes sob olhar de sua presidenta Epsy Campbell Barr
Luta e resistência nacional e internacional das Mulheres Negras
Ruth Andrade. Professora cabo-verdiana e Coordenadora do Centro de Estudos África da UNILAB MALES/BA
Sarah Menezes. Integrante da Rede de Mulheres Negras do Ceará
Sonia Dias. Representante da Fundação Itaú para Educação e Cultura
Zuleide Fernandes de Queiroz. Professora da URCA – Universidade Estadual do Cariri e integrante do MNU – Movimento Negro Unificado do Ceará
Depoimentos:
A África que vi de perto: Vera Gasparetto. Professora da UFSC/Universidade Federal de Santa Catarina
O Brasil que vi de perto: Naentren Sanca. Egressa da UNILAB Malês e Professora em Guiné Bissau
Coordenação: Joana D’Arc Lima. Professora da área de pedagogia e Vice Coordenadora do AMANDLA da UNILAB/CE
Terceiro dia
20 de julho (quinta-feira)
14:45 às 18:00 horas
Vídeo sobre estudos afrocentrados e pretagogia com Sandra Petit, professora da UFCE – Universidade Federal do Ceará
Legado Mandela – Ensino Superior por uma Sociedade Antirracista
Arilson Gomes dos Santos. Professor da UNILAB e Coord. do Fórum de Ações Afirmativas e da Educação Étnico-Racial do Ensino Superior no Ceará
Luiza Reis. Professora da UFPE/Universidade Federal de Pernambuco e Vice-presidente da ABEÁfrica – Associação Brasileira de Estudos Africanos
Lívia Nascimento. Jurista e ativista da GRUNEC – Grupo de Valorização Negra do Cariri
Tatiana Santos da Paz. Professora e coordenadora de Diversidade Étnico-racial da Pró-Reitoria de Extensão do IFCE – Instituto Federal do Ceará
Depoimentos:
A África que vi de perto: Mauricio A. Tavares – Programa de Pós-graduação em Educação, Culturas e Identidades da UFRPE/Universidade Federal Rural de Pernambuco e da Fundação Joaquim Nabuco
O Brasil que vi de perto: Mamado Heidi – estudante guineense da UNILAB Males
Coordenação: Geyse Anne. Estudante de Pedagogia e integrante do DCE/Diretório Central de Estudantes da UNILAB/CE
18:45 às 22:00 horas
Vídeo Vertentes: “Corpos Negros no Brasil e vários cantos do mundo” produzido por Valu Ribeiro
Epistemologia do Sul Global: aspectos políticos, educacionais e culturais nas relações Brasil-África
Acácio Sidinei Almeida Santos. Professor da UFABC/Universidade Federal do ABC e Presidente da ABEÁfrica/Associação Brasileira de Estudos Africanos
João Bosco Montes. Presidente do IBRAF – Instituto Brasil África
João Jorge Rodrigues. Presidente da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura
Luísa Cela. Secretária de Cultura do Governo do Ceará (a confirmar)
Mirian Sumica Carneiro Reis. Professora e Diretora do Campus Malês da UNILAB/Bahia
Depoimentos:
A África que vi de perto. Vinícius Alves Moraes. Coordenador da SECOM — Secretaria de Comunicação Institucional da UNILAB
O Brasil que vi de perto. Wilma João Cande – guineense egressa e integrante do AMANDLA da UNILAB-CE e mestranda da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Coordenação: Sabi Y. M. Bandiri – Coordenador na Pointer – Pró-reitora de Assuntos Institucionais e Internacionais da UNILAB
Realização
AMANDLA — Grupo de estudo, pesquisa e extensão sobre política pública: raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade – UNILAB/CE em conjunto com:
Instituto Feminista CASA LILÁS/CE
UFABC – Universidade Federal do ABC
UFPR – Universidade Federal do Paraná
Parcerias
ABEÁfrica — Associação Brasileira de Estudos Africanos
Associação do Quilombo Conceição das Crioulas/Salgueiro-PE
CEA — Centro de Estudos África/UNILAB-BA
Companhia de Dança de Paracuru/CE
Coordenadoria de Igualdade Racial da Prefeitura de Fortaleza/CE
DCE — Diretório Central das/os Estudantes das UNILAB/CE
Fórum de Ações Afirmativas e da Educação das Relações Étnico-Raciais do Ensino Superior do Estado do Ceará
Instituto Federal de Paracuru
Instituto Federal do Ceará
LÉLIA GONZALEZ – Projeto de Pesquisa e Extensão Lélia Gonzáles da UNILAB/CE
NEAABI/UNILAB — Núcleo de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e Indígenas
NULIM — Núcleo de Línguas e Linguagens do Campus Malês/UNULAB-BA
Rede de Mulheres Negras do Ceará
SEIR — Secretaria de Igualdade Racial do Governo do Estado do Ceará
Apoio
Fundação Itaú para Educação e Cultura
O que é o Mandela Day
Sabem o que é o Mandela Day? Sim, diz respeito ao líder Sul Africano – Nelson Mandela, que nasceu 18 de julho de 1918 e faleceu em 05 de dezembro de 2013.
Desde a juventude Mandela integrou o CNA (Congresso Nacional Africano), tornando-se ícone na luta contra o APARTHEID. Por isso, foi condenado como terrorista, passando 27 anos preso. Porém, mesmo na condição de prisioneiro, Mandela manteve liderança como personagem político de grande relevância para os negros sul-africanos e para as pessoas discriminadas pelo racismo em todo o mundo. A libertação da prisão deu-se em 11 de fevereiro de 1990, e, logo após elegeu-se presidente da África do Sul, o primeiro negro da história do país.
Esta gloriosa história pertence à humanidade! Por isso, o dia 18 de julho, foi instituído em 2009 pela Organização das Nações Unidas – ONU, como o – Dia de Nelson Mandela (Mandela’s Day). Com o apoio de instituições que mundo afora, além da luta antiapartheid, atuam para a construção de direitos, justiça e equidade. Com isso reforça-se a proteção aos direitos humanos, a igualdade entre as raças, etnias e os gêneros, e, também, a resolução dos conflitos entre povos e a integridade da humanidade.
Com o intuito de fortalecer as manifestações sociais, políticas e culturais, rumo à democracia e a luta contra o racismo, entre 18 e 30 de julho será realizado a partir do Ceará e da Bahia, o MANDELA DAY 2023: Festival Internacional, Multidisciplinar e Multicultural – Educação, Democracia e Antirracismo o protagonismo é do AMANDLA — Grupo de estudo, pesquisa e extensão sobre política pública: raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade da UNILAB – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Ceará e Bahia). O Grupo AMANDLA é coordenado pelas professoras Matilde Ribeiro e Joana D’Arc Lima (da área de pedagogia) e vinculado a UNILAB – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. É, também, certificado pelo CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Este projeto teve início em 2014, na UNILAB campus Malês (em São Francisco do Conde/BA). A partir dessa experiência, a atividade passou a ser realizada nos dois campis da UNILAB – Males na Bahia e Liberdade em Redenção/CE.
Em 2023, o Grupo AMANDLA/UNILAB com o Apoio da Fundação Itaú para Educação e Cultura para a realização Festival Mandela Day, conta com parcerias de
grupos de estudos, pesquisa e extensão de universidades públicas e privadas; organizações não governamentais; instituições políticas e culturais; destacando-se: o Instituto Feminista Casa Lilás; a UFABC – Universidade Federal do ABC; e, a UFPR – Universidade Federal do Paraná.
Este Festival anual visa contribuir com a sociedade brasileira, mas, em especial com a UNILAB, no que diz respeito ao tratamento da diversidade étnico-racial, cultural, religiosa, de gênero e de orientação sexual. Esta universidade proporciona a interiorização e a internacionalização do ensino, tendo predominância de estudantes do interior da Bahia e Ceará, e dos internacionais da CPLP — Comunidade dos Países de Língua Portuguesa especialmente os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), fortalecendo a cooperação Sul-Sul.
Ressalta-se que este Festival, também, se referencia nas Políticas de Ações Afirmativas e nas Leis 10.639/03 a Lei 11.645/08 (que focam o ensino da cultura e história negra e indígena), como importantes instrumentos para a promoção da igualdade racial no Brasil. Assim, o evento contribui para o reencontro com a história e cultura da Bahia e do Ceará, podendo ter irradiação para outras localidades do Brasil e outros lugares do mundo, uma vez que terá um Ciclo Virtual de Debates contando em sua programação com pessoas de diversos países. Possibilitará, em particular, encontros das/os estudantes de diversas localidades brasileiras com as/os estudantes africanas/os da UNILAB, e das/dos estudantes com lideranças de movimentos sociais, políticos e culturais, e, públicos em geral.
A programação de 2023 é estruturada a partir de dois formatos: 1) CICLO VIRTUAL de DEBATES com cinco sessões, e, 2) CÍRCULO BRASILEIRO que ocorrerá virtual e presencialmente em 15 cidades de sete Estados – Bahia, Brasília, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e São Paulo.
Por todas as características apresentadas, considerando-se a difusão e intercâmbio entre a produção acadêmica, cultural, política e social, o Festival Mandela Day, não é apenas um evento, abre uma avenida de possibilidades. Os ecos dessas ações contribuem com a visão de que “Não existe democracia com racismo”. Assim, o legado inspirador de Nelson Mandela deve servir referência para a juventude, assim como de orientação para os lideres mundiais para a superação da pobreza, do racismo, do machismo, da degradação ambiental, entre tantas frentes de luta pelo o bem da humanidade.