Local­iza­do na Ilha de San­to Amaro, e abrangen­do, ain­da, o dis­tri­to de Vicente de Car­val­ho„ o municí­pio de Guaru­já é o ter­ceiro mais pop­u­loso da região met­ro­pol­i­tana da Baix­a­da San­tista, logo atrás de São Vicente e de San­tos. Dota­do de belezas nat­u­rais, entre a Ser­ra do Mar e famosas pra­ias, a estân­cia bal­n­earia  é toma­da por um con­tin­gente notáv­el de tur­is­tas, sobre­tu­do vin­dos da Cap­i­tal  e de todo o Esta­do paulista. Esse inter­esse em des­fru­tar do bom cli­ma e da natureza litorânea lev­ou a uma expan­são imo­bil­iária e hoteleira excep­cional, de tal sorte que é comum tan­to o con­hec­i­men­to quan­to a pre­ocu­pação a respeito da situ­ação políti­ca e das questões econômi­cas e soci­ais da cidade.

A região e a cidade estão vin­cu­ladas à história do proces­so de col­o­niza­ção brasileiro, sendo cer­to que Guaru­já teve um cresci­men­to impor­tante, sobre­tu­do no cur­so do sécu­lo XX, graças a obras viárias e de infraestru­tu­ra que facil­i­taram o aces­so de moradores e vis­i­tantes.

Recen­te­mente, porém, a políti­ca munic­i­pal tornou-se foco da atenção nacional, ten­do em vista o proces­so e impeach­ment, em cur­so, lev­a­do a cabo pela Câmara dos Vereadores, em face de atos con­sid­er­a­dos como crime de respon­s­abil­i­dade, que são inves­ti­ga­dos tan­to pelo Poder Leg­isla­ti­vo munic­i­pal quan­to pela polí­cia judi­ciária.

Segun­do infor­ma a impren­sa e o site da Câmara Munic­i­pal (veja, aqui), hou­ve “aprovação por una­n­im­i­dade de instau­ração de Comis­são Proces­sante” em Sessão Ordinária “após denún­cia for­mu­la­da pelo Par­tido Democráti­co Tra­bal­hista — PDT, por inter­mé­dio de seu Pres­i­dente,  para apu­rar even­tu­ais irreg­u­lar­i­dades rela­cionadas à Orga­ni­za­ção Pró-vida, à empre­sa AM da Sil­va Serviços Admin­is­tra­tivos Ltda., à  ACENI — Insti­tu­to de Atenção à Saúde e Edu­cação e pos­sív­el envolvi­men­to do Prefeito Munic­i­pal.” A comis­são proces­sante ain­da anal­is­aria a defe­sa do Prefeito, a par de tomar o depoi­men­to de teste­munhas e rep­re­sen­tante.

Na véspera da cel­e­bração dos duzen­tos anos da Inde­pendên­cia brasileira, cujos atos deci­sivos, rel­a­ti­va­mente ao rompi­men­to dos laços com a Metró­pole por­tugue­sa, envolver­am a pas­sagem do estão Príncipe pela Baix­a­da San­tista,  a par da lig­ação com as per­son­agens envolvi­das no proces­so de for­mação do novo País, é nat­ur­al que os olhos da nação este­jam volta­dos para o espaço geográ­fi­co e para as vicis­si­tudes históri­c­as de tão impor­tante região.

É com pre­ocu­pação, por­tan­to, que a Presidên­cia  da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito obser­va ess­es even­tos recentes, bem como a situ­ação sócio-econômi­ca da Baix­a­da, um dos mais impor­tante ter­ritório do País, vis­to sob todos pon­tos de vista.

Bem por essa razão, acom­pan­hará o des­fe­cho da situ­ação, pon­deran­do sobre a neces­si­dade de  atenção e atu­ação con­stante dos princí­pios con­sti­tu­cionais con­for­madores do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, assim, a rule of law, a democ­ra­cia e os dire­itos fun­da­men­tais, den­tre os quais se elen­cam os ati­nentes à Admin­is­tração públi­ca, pos­tos no arti­go 37 e pas­sim da Con­sti­tu­ição Fed­er­al.