O Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas real­iza, no Rio de Janeiro, no próx­i­mo dia 15 de novem­bro de 2024, em prossegui­men­to ao ciclo de dis­cussões e pro­je­tos que coor­de­na, o even­to Democ­ra­cia, Equidade e Enfrenta­men­to do Autori­taris­mo, em parce­ria com várias enti­dades, no âmbito do G 20 Social.

O tema da democ­ra­cia se trans­for­mou em agen­da pri­or­itária em todo o plan­e­ta, sendo obje­to de um pro­je­to de cic­los de debates entre a sociedade civ­il, movi­men­tos soci­ais e o gov­er­no brasileiro, cujos obje­tivos cen­trais são: dar vis­i­bil­i­dade e revi­talizar as ini­cia­ti­vas, exper­iên­cias e lega­dos democráti­cos e par­tic­i­pa­tivos que agem no Sul Glob­al; e, reunir sobre a mes­ma agen­da uma ampla gama de atores e pro­tag­o­nistas da defe­sa da equidade e plu­ral­i­dade.

O primeiro ciclo deu-se em fevereiro de 2024, em Brasília. O segun­do ciclo ocor­rerá durante o G20 Social.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito par­tic­i­pa do even­to, a con­vite do IDP.

Assista, neste link ou a seguir, a man­i­fes­tação breve de Alfre­do Attié, em vídeo de preparação e divul­gação do Painel coor­de­na­do pelo Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas.

Attié, que é Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, fala sobre a crise do sis­tema glob­al e da emergên­cia de novas pro­postas e cam­in­hos, a par­tir da par­tic­i­pação do Sul Glob­al e dos povos per­iféri­cos e orig­inários, entre out­ros temas.

Segun­do Attié, em seu depoi­men­to,

Seten­ta e seis anos se pas­saram des­de a cri­ação de uma nova ordem inter­na­cional, fun­da­da na ideia de paz inter­na­cional e de con­strução de mecan­is­mos para a efe­ti­vação de suces­si­vas declar­ações inter­na­cionais e region­ais de dire­itos.

Não ten­do alter­ado, con­tu­do, estru­turas de poder inter­na­cional e nacionais desiguais e racis­tas, her­dadas da lon­ga exper­iên­cia colo­nial, ain­da em cur­so, por­tan­to, e de explo­ração dos povos, ali­men­tan­do um sis­tema econômi­co cada vez mais pre­datório da natureza e da humanidade, essa ordem deu margem, em sua orga­ni­za­ção insti­tu­cional e gov­er­na­ti­va, à atu­al con­jun­tu­ra de ameaça efe­ti­va de dete­ri­o­ração de con­quis­tas democráti­cas e de pro­teção jus­ta e equi­tati­va da con­vivên­cia, nos planos políti­co, jurídi­co, social, cul­tur­al, ambi­en­tal e econômi­co.

Uma nova ordem, dese­jáv­el e necessária, é pos­sív­el ape­nas se pen­sa­da, de modo inclu­si­vo e afir­ma­ti­vo da diver­si­dade, pela plu­ral­i­dade dos povos, com rep­re­sen­ta­tivi­dade for­t­ale­ci­da do Sul Glob­al, dos povos orig­inários, per­iféri­cos e dos que têm sido víti­mas de proces­sos de dis­crim­i­nação e pre­con­ceito arraiga­dos, com suas pro­postas de novas estru­turas de gov­er­nação, de preser­vação da natureza, e pos­i­ti­vas de desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el, afir­mação de dire­itos, con­strução de políti­cas públi­cas integradas e ren­o­vação.

A lid­er­ança do Brasil do G‑20 é uma opor­tu­nidade rica de exposição e expressão dessas novas pro­postas, que poderão ser encam­in­hadas à super­ação da crise democráti­ca e ao afas­ta­men­to da ameaça e dos atos de vio­lên­cia, agressão e guer­ra inter­na­cional e dos novos regimes autoritários e oligárquicos, que têm logra­do sub­me­ter o regime democráti­co para alcançar obje­tivos egoís­tas e mesquin­hos de gan­ho econômi­co incom­patív­el com a sobre­vivên­cia da humanidade, de seus dire­itos e deveres, na despro­porção minoritária de poder.

É pre­ciso ter esper­ança em nos­sa capaci­dade de fun­dar essa nova ordem, super­ado­ra dos impass­es, for­jar em todos os espaços e tem­pos a con­fi­ança no poder de nós, todos os povos, tril­har­mos o cam­in­ho da con­vivên­cia democráti­ca, pací­fi­ca e aber­ta à expressão e ao bem viv­er comum.

Par­ticipe dessa ini­cia­ti­va, que con­cerne à cidada­nia.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito parab­eniza o Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas, na pes­soa de Tar­so Gen­ro, Jorge Bran­co, San­dra Biten­court e Juliana Botel­ho Foernges, pelo seu impor­tante tra­bal­ho em prol da democ­ra­cia e de uma ordem inter­na­cional jus­ta e solidária, agrade­cen­do o con­vite à par­tic­i­pação e colab­o­ração.