Um Mito Duradouro: entre Objetividade e Ilusionismo

ou

Novas de Celso

Notícias, Informações, Artigos e Ensaios do

Instituto Celso Furtado/APD

 

 

O INSTITUTO CELSO FURTADOInsti­tu­to Inter­na­cional de Dire­ito, Econo­mia, Desen­volvi­men­to, Inte­gração, Políti­cas Públi­cas e Inclusão Cel­so Fur­ta­doICF/APD, cri­a­do pela Dire­ti­va 4/I, da ACADEMIA PAULISTA DE DIREITOAPD, é um dos ACADEMIA PESQUISANúcleos de Pesquisa, Estu­dos e Ativi­dades de Par­tic­i­pação e Exten­são à Sociedade da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito.

Está vin­cu­la­do à CADEIRA SAN TIAGO DANTAS, sendo dirigi­do por seu Acadêmi­co Tit­u­lar, ALFREDO ATTIÉ,[1] e coor­de­na­do por CECI JURUÁ.[2]

Seu obje­ti­vo é, na for­ma con­ce­bi­da por Alfre­do Attié, indo além do impor­tante tra­bal­ho desen­volvi­do por out­ras enti­dades, tam­bém ded­i­cadas (duas delas haven­do par­tic­i­pa­do da Sessão Inau­gur­al do ICF/APD (Partes I e II) ao impor­tante pen­sador brasileiro do sécu­lo XX, “bus­car estru­tu­rar e desen­volver uma rede de relações de pen­sa­men­to e ação, que per­mi­ta refle­tir e atu­ar, em con­stante diál­o­go com a sociedade, seus movi­men­tos e vários mod­os de saber e agir, para situ­ar uma con­cepção atu­al, orig­i­nal e trans­for­mado­ra da real­i­dade con­tem­porânea, não restri­ta aos aspec­tos chama­dos de econômicos.”

A par dis­so, o ICF/APD segue os obje­tivos esta­b­ele­ci­dos não somente para todos os ACADEMIA PESQUISA, mas aque­les que expres­sam a Mis­são e a Nova Expressão de Uni­ver­si­dade da APD.

Para tan­to, o ICF/APD con­ta com grupo de pesquisado­ras e pesquisadores, que farão des­en­cadear a dinâmi­ca dessa rede, em con­jun­to e com a efe­ti­va par­tic­i­pação da sociedade.

Para Ceci Juruá, é pre­ciso “divul­gar a palavra sábia do próprio Cel­so e per­mi­tir a leitu­ra e inter­pre­tação de seus tex­tos.  Além dis­so, divul­gar as anális­es de difer­entes ver­tentes de inter­pre­tação dos tex­tos de Cel­so e dos temas que abor­dou, a começar pelo seu pas­so ini­cial, que foi  a questão do pro­gres­so tec­nológi­co, na obser­vação de Raúl Pre­bisch e da CEPAL, que o lev­ou ao con­ceito de subdesenvolvimento.”

A pre­sente pági­na ofi­cial do ICF/APD está ded­i­ca­da a pub­licar tex­tos sele­tos de CELSO FURTADO e de seus pre­cur­sores, intér­pretes e dos que com ele e sua obra têm dialo­ga­do de modo críti­co e con­stru­ti­vo, a par de autoras e autores que nele se inspi­raram, bem como ensaios e arti­gos orig­i­nais, além de pas­sagens de infor­mação e notí­cias de Cel­so, sua obra e do ICF/APD. As pro­duções mais orig­i­nais serão tam­bém pub­li­cadas na POLIFONIA Revista Inter­na­cional da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito — CAPES/QUALIS A3., seguin­do os rig­orosos critérios acadêmi­cos e cien­tí­fi­cos ado­ta­dos pela Revista.

ICF/APD con­vi­da a todos e todas a par­tic­i­par ati­va­mente de seus tra­bal­hos e do movi­men­to e con­teú­do da pre­sente pági­na, cujas sementes, espera e con­fia, ger­arão as mel­hores e mais vig­orosas árvores da eman­ci­pação e do bem viv­er para nos­so plan­e­ta e para as futuras gerações.

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[1] Alfre­do Attié é Doutor em Filosofia da Uni­ver­si­dade de São Paulo, onde estu­dou Dire­ito (FD.USP) e História (FFLCH.USP), é Mestre em Filosofia e Teo­ria do Dire­ito pela FD.USP e Mas­ter of Com­par­a­tive Law pela Cum­ber­land School of Law. É Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, fun­dação cri­a­da na Uni­ver­si­dade de São Paulo, sendo Tit­u­lar da Cát­e­dra San Tia­go Dan­tas, na qual sucede a Gof­fre­do da Sil­va Telles Jr. Mem­bro do Con­sel­ho Supe­ri­or da Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São Paulo. Pro­fes­sor do Metra­do em Dire­ito e Econo­mia do Cen­tro de Estu­dos de Dire­ito Econômi­co e Social – Cedes. Pro­fes­sor-Vis­i­tante da UNICAMP/FCA-IG. Autor dos livros:  Dire­ito e Econo­mia: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­cionais (no pre­lo, São Paulo: Tirant, 2025); África Con­sti­tu­inte (no pre­lo, São Paulo: Tirant, 2025); Dire­ito Con­sti­tu­cional e Dire­itos Con­sti­tu­cionais Com­para­dos (São Paulo: Tirant, 2023); Brasil em Tem­po Acel­er­a­do: Políti­ca e Dire­ito (São Paulo: Tirant, 2021), Towards Inter­na­tion­al Law of Democ­ra­cy (Valên­cia: Tirant Lo Blanch, 2022); A Recon­strução do Dire­ito: Existên­cia. Liber­dade, Diver­si­dade (Por­to Ale­gre: Fab­ris, 2003); e Mon­tesquieu (Lis­boa: Chi­a­do, 2018). Foi Advo­ga­do, Procu­rador do Esta­do de São Paulo e Juiz de Dire­ito, e exerce a função de Desem­bar­gador no Tri­bunal de Justiça paulista. Par­tic­i­pa de enti­dades inter­na­cionais, ded­i­can­do-se ati­va­mente nas pesquisas e nos debates para a defe­sa e con­strução dos dire­itos humanos, a paz, a democ­ra­cia e a pro­teção do meio ambi­ente, e para o apri­mora­men­to do ensi­no jurídi­co, da teo­ria e da práti­ca do dire­ito e da justiça. Pro­fes­sor e Pesquisador da Esco­la Paulista da Mag­i­s­tratu­ra. Foi Pesquisador da Uni­ver­si­dade de São Paulo – Grupo de Tri­bunais Inter­na­cionais. Mem­bro Per­ma­nente do Fórum Mundi­al em Dire­ito, Justiça e Desen­volvi­men­to do World Bank. Foi Mem­bro Obser­vador da UNCITRAL – PPP Work­ing Group. Foi Pro­fes­sor Con­vi­da­do da Dis­ci­plina de Dire­ito Quân­ti­co do Cur­so de Mestrado/Doutorado da Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São Paulo. Foi Pro­fes­sor aux­il­iar vol­un­tário da Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP) e Pro­fes­sor Aux­il­iar e Assis­tente-Mestre da FHDSS da Uni­ver­si­dade Estad­ual Paulista (UNESP), e é Pro­fes­sor Con­vi­da­do da Dis­ci­plina de Econo­mia Inter­na­cional e Pro­je­to Repub­li­cano do Depar­ta­men­to de Relações Inter­na­cionais da FCHS da mes­ma UNESP. Fun­dador do SAOJUS, Cen­tro Inter­dis­ci­pli­nar para Solução de Con­fli­tos Ambi­en­tais. Foi Mem­bro Rep­re­sen­tante da Sociedade Civ­il do Comitê de Bacias Hidro­grá­fi­cas do Médio Tietê. Fun­dador da CBMA, Câmara Brasileira de Medi­ação e Arbi­tragem. Edi­tor-Chefe, Mem­bro do Con­sel­ho Edi­to­r­i­al e Coor­de­nador da Poli­fo­nia Revista Inter­na­cional da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito (Qualis-Capes A3). É Mem­bro do Con­sel­ho Edi­to­r­i­al da Revista BINDI do Insti­tu­to Nor­ber­to Bob­bio. É mem­bro do Con­sel­ho Edi­to­r­i­al da Atas de Saúde Ambi­en­tal ASA, FMU. É mem­bro do Con­sel­ho Cien­tí­fi­co, Revi­sor e Autor da Revista E‑Legis Revista Eletrôni­ca do Pro­gra­ma de Pós-Grad­u­ação do Cen­tro de For­mação da Câmara dos Dep­uta­dos. É Mem­bro Revi­sor da Glob­al Health Action, Umeå Cen­tre for Glob­al Health Research (UCGHR) da Umeå Uni­ver­si­ty, Sué­cia. É Mem­bro do Con­sel­ho Edi­to­r­i­al da Revista Forense e da Núria Fab­ris Edi­to­ra. Árbi­tro Acadêmi­co da Revista Mis­ión Jurídi­ca da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dad Cole­gio May­or de Cun­d­i­na­mar­ca, Colom­bia. Foi Pro­fes­sor em Fac­ul­dade de Dire­ito Anchi­eta da Uni­Anchi­ete, Jun­di­aí; Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­nove; Fac­ul­dade de Dire­ito da Unib.. Cur­ricu­lum Vitae – Platafor­ma Lattes http://lattes.cnpq.br/8117126316669740.

[2] Ceci Juruá é Econ­o­mista, for­ma­da pela Uni­ver­si­dade Cân­di­do Mendes, Mestre em Plane­ja­men­to e Desen­volvi­men­to Econômi­co pela Uni­ver­sité Mont­pel­li­er I, e Douto­ra em Políti­cas Públi­cas e For­mação Humana pela Uni­ver­si­dade do Esta­do do Rio de Janeiro. Pos­sui mais de 40 anos de exper­iên­cia em coor­de­nação de políti­cas públi­cas, finanças gov­er­na­men­tais e plane­ja­men­to de trans­portes. Foi pro­fes­so­ra uni­ver­sitária em diver­sas insti­tu­ições do Brasil, con­sul­to­ra de enti­dades nacionais e estrangeiras, e exerceu diver­sos car­gos de direção em insti­tu­ições gov­er­na­men­tais. Foi vice-pres­i­dente da Fed­er­ação Nacional dos Econ­o­mis­tas e Con­sel­heira do Con­sel­ho Region­al de Econo­mia do Rio de Janeiro por dois triênios. Tem arti­gos e doc­u­men­tos téc­ni­cos pub­li­ca­dos em revis­tas téc­ni­cas e jor­nais. Real­iza peri­odica­mente palestras e con­fer­ên­cias sobre a con­jun­tu­ra econômi­ca, e políti­ca brasileira e out­ros temas de sua espe­cial­i­dade. Des­de 2011 é mem­bro do Con­sel­ho Con­sul­ti­vo da Con­fed­er­ação Nacional dos Tra­bal­hadores Lib­erais Uni­ver­sitários Unifi­ca­dos (CNTU). Áreas de inter­esse: Esta­do Nacional e Desen­volvi­men­to, Finanças e Políti­cas Públi­cas, Transportes.

 

 

 

 

Breve Biografia de Censo Furtado

Dilva Frazão [1] 

Cel­so Fur­ta­do (1920–2004) foi um econ­o­mista brasileiro. Foi Min­istro do Plane­ja­men­to no gov­er­no João Goulart e Min­istro da Cul­tura no Gov­er­no José Sar­ney. Foi super­in­ten­dente da SUDENE (Super­in­tendên­cia do Desen­volvi­men­to do Nordeste), cri­a­da no gov­er­no de Jusceli­no Kubitschek.

Cel­so Fur­ta­do nasceu em Pom­bal, na Paraí­ba, em 26 de jul­ho. Aos sete anos, mudou-se com a família para a cap­i­tal do esta­do, João Pes­soa. Estu­dou no Liceu Paraibano. Com­ple­tou os estu­dos no Giná­sio Per­nam­bu­cano no Recife. Em 1939 foi para o Rio de Janeiro, estu­dou Dire­ito na Fac­ul­dade Nacional de Dire­ito da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro, con­cluin­do o cur­so em 1944.

Logo após a for­matu­ra, foi con­vo­ca­do para inte­grar a FEB (Força Expe­di­cionária Brasileira) e servir na Itália, durante a II Guer­ra Mundi­al. Ingres­sou no cur­so de doutora­do em Econo­mia na Uni­ver­si­dade de Sor­bonne, em Paris, no ano de 1946. Defend­eu a tese “A Econo­mia Brasileira no Perío­do Colo­nial”. De vol­ta ao Brasil tra­bal­hou na Fun­dação Getúlio Var­gas (FGV). Casou-se com a quími­ca argenti­na Lúcia Tosi, com quem teve dois fil­hos, Mário e André.

Em 1949 pas­sou a faz­er parte da Comis­são Econômi­ca para a Améri­ca Lati­na (CEPAL). Foi nomea­do Dire­tor de Desen­volvi­men­to e via­jou por vários país­es. Par­ticipou do con­vênio entre o CEPAL e o BNDE, cujo Grupo Mis­to elaborou um tra­bal­ho que serviria de base para o Plano de Metas, esta­b­ele­ci­do pelo gov­er­no de Jusceli­no Kubitschek.

Cel­so Fur­ta­do foi nomea­do, em 1960, super­in­ten­dente da Super­in­tendên­cia do Desen­volvi­men­to do Nordeste (SUDENE), órgão cri­a­do no Gov­er­no de Jusceli­no Kubitschek. Em 1962 assum­iu o Min­istério do Plane­ja­men­to, no gov­er­no de João Goulart.

Com o golpe de 1964, foi exi­la­do e perdeu os dire­itos políti­cos por dez anos. Foi para o Chile, onde per­manece até setem­bro, indo em segui­da para os Esta­dos Unidos, como pesquisador grad­u­a­do do Cen­tro de Estu­dos do Desen­volvi­men­to da Uni­ver­si­dade de Yale.

Em 1965 foi para Paris, onde assum­iu a cát­e­dra de pro­fes­sor na Sor­bonne, e lá per­maneceu durante vinte anos. Real­i­zou via­gens por diver­sos país­es, como pro­fes­sor vis­i­tante em uni­ver­si­dades. Par­ticipou de sem­i­nários e inte­grou o Con­sel­ho Acadêmi­co da Uni­ver­si­dade das Nações Unidas, em Tóquio, em 1978.

Depois da anis­tia, Cel­so Fur­ta­do voltou várias vezes ao Brasil. Casou-se com Rosa Freire. Em 1986, foi nomea­do Min­istro da Cul­tura no gov­er­no José Sar­ney, crian­do a primeira leg­is­lação de incen­ti­vo à cul­tura. Em 1999 seu livro “O Cap­i­tal­is­mo Glob­al” gan­hou o Prêmio Jabu­ti, na Cat­e­go­ria Ensaio.

Em 2000, em comem­o­ração de seus 80 anos, a Acad­e­mia Brasileira de Letras do Rio de Janeiro real­i­zou a exposição “Cel­so Fur­ta­do: Vocação Brasil”.

Cel­so Fur­ta­do fale­ceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de novem­bro de 2004.

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[1]  Dil­va Frazão é Boib­liote­con­o­mista e Pro­fes­so­ra.

 

 

 

 

Meios e fins do desenvolvimento para Celso Furtado

Fábio Antonio de Campos [1]

 

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[1]Fábio Anto­nio de Cam­pos é pro­fes­sor do Insti­tu­to de Econo­mia da Unicamp

 

 

 

 

A Constituição de 1988 e a Lei sobre Aquisição de Imóveis Rurais por Estrangeiros (Lei 5.709/1971)

Gilber­to Bercovi­ci [1]  

 

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[1]  Pro­fes­sor Tit­u­lar de Dire­ito Econômi­co e Econo­mia Políti­ca da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP). Doutor em Dire­ito do Esta­do e Livre-Docente em Dire­ito Econômi­co pela USP. Pro­fes­sor do Pro­gra­ma de Pós-Grad­u­ação em Dire­ito da Uni­ver­si­dade Nove de Jul­ho..