Além da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia e do Instituto Sulamericano para a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas — Amsur, várias outras entidades, ainda economistas e jornalistas — entre os quais, Luiz Nassif, José Carlos Assis e Adroaldo Quintela —, manifestaram-se em defesa de Márcio Pochmann, que recebe, aqui, igualmente, o desagravo da Academia Paulista de Direito.
Pochmann, economista e pesquisador, foi Presidente da Fundação Perseu Abramo de 2012 a 2020, Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada entre 2007 e 2012 e Secretário Municipal de São Paulo de 2001 a 2004. Doutor em Ciências Econômicas, é Professor Titular da Universidade Estadual de Campinas — Unicamp. foi pesquisador em universidades europeias e consultor. Autor de livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas, recebeu o Prêmio Jabuti, em 2002.
Em abril de 2022, participou de debate organizado pela Cadeira San Tiago Dantas, da Academia Paulista de Direito, e pelo IPEDD — Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia, sobre “Brasil 2022: Economia e Sociedade”, com o Professor Sebastião Guedes, da Unesp, e Alfredo Attié. Assista, aqui.
Leia as Notas, a seguir.
Nota da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia
“Três matérias, ditas jornalísticas, foram publicadas em menos de 24 horas com tentativas de desqualificar o economista, professor e pesquisador Márcio Pochmann. Os textos, de cunho político indiscutível, pretendem disseminar a ideia de que seu percurso profissional e acadêmica não o habilita a ocupar a presidência do IBGE.
Advogam que haveria perfis puramente técnicos para o cargo e que este deveria ser ocupado por um desses perfis. Desde logo, não há perfil puramente técnico entre economistas e, tampouco, entre os jornalistas ou entre profissionais de qualquer outro ramo. O professor Márcio Pochmann tem uma longa carreira acadêmica e profissional e, como é prática dessa carreira, foi ampla e recorrentemente avaliado por seus pares.
O debate, entre atores políticos, como demonstram ser o jornalista e as duas jornalistas que assinaram tais matérias, sobre o futuro do IBGE e a escolha de seu novo presidente é salutar. Nocivo é cobrirem-se do véu de jornalistas neutras para atuarem politicamente. Infame e vil é tentarem disseminar a ideia, atribuída a terceiros não identificados, de que Pochmann poderia manipular índices de inflação.
A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia repudia o ataque orquestrado contra Márcio Pochmann, contra a Unicamp e contra as linhas de pensamento econômico críticas ao neoliberalismo. Repudia, ademais, a ética jornalística, ou a ausência dela, praticada nestes três exemplos.”
Consulte aqui, a Nota, no site dos Economistas pela Democracia.
NOTA DE SOLIDARIEDADE AO PROFESSOR MÁRCIO POCHMANN
“O Instituto Sulamericano para a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas — INSTITUTO AMSUR vem a público para externar sua irrestrita solidariedade a Márcio Pochmann, eminente economista, pesquisador e professor da prestigiada Universidade Estadual de Campinas, em face das tentativas de colunistas da mídia corporativa de desqualificá-lo, por deficiência técnica e profissional, para o exercício da presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, que ora se cogita.
O professor Márcio Pochmann é um dos mais agudos intelectuais brasileiros da atualidade e vem publicando artigos e livros de inegável relevância para a compreensão dos graves e urgentes desafios que se antepõem ao desenvolvimento econômico, social e sustentável do nosso país. Tem larga experiência administrativa, tendo sido titular da Secretaria do Trabalho da Prefeitura de São Paulo e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e, ademais, foi presidente da Fundação Perseu Abramo e hoje dirige o Instituto Lula.
O professor Márcio Pochmann reúne, portanto, todas as credenciais para presidir o IBGE e as tentativas torpes e reducionistas para desqualificá-lo para essa missão devem ser peremptoriamente repelidas.”