No próx­i­mo dia 26 de jul­ho de 2024, sex­ta-feira, às 17:30 horas, Alí­pio de Sousa Fil­ho lança seu novo livro O Menospre­zo ao Brasil Mestiço e Pop­u­lar: Genealo­gia do Elit­ismo racista da Sociedade Brasileira, pela Edi­to­ra Inter­meios.

O even­to ocor­rerá no cam­pus cen­tral da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio Grande do Norte — UFRN, no auditório BCZM.

Alí­pio de Sousa Fil­ho é Pro­fes­sor Tit­u­lar de Teo­ria Social do Insti­tu­to Human­i­tas, da UFRN e pro­fes­sor de Éti­ca e Filosofia Políti­ca do Pro­gra­ma de Pós-Grad­u­ação em Filosofia da mes­ma Uni­ver­si­dade. Doutor em Soci­olo­gia pela Uni­ver­si­dade de Paris-Sor­bonne. É Dire­tor do Human­i­tas — Insti­tu­to de Estu­dos Inte­gra­dos da UFRN, e foi cri­ador da revista Bagoas: estu­dos gays, edi­ta­da pela Edi­to­ra da UFRN, ten­do sido seu edi­tor até 2019. É autor dos livros Medos, mitos e cas­ti­gos, Cortez Edi­to­ra, 1995 e 2001; Respon­s­abil­i­dade int­elec­tu­al e ensi­no uni­ver­sitário, Edi­to­ra da UFRN, 2000;  Les métis­sages brésiliens, Stras­bourg, Press­es Uni­ver­si­taires de Stras­bourg, 2003; Brésil: Terre des métis­sages, Saar­brück­en, Press­es Uni­ver­si­taires Européennes, 2011; Tudo é con­struí­do! Tudo é revogáv­el! A teo­ria con­stru­cionista críti­ca nas ciên­cias humanas, Cortez Edi­to­ra, 2017, com tradução para o inglês, pub­li­ca­da pela edi­to­ra Peter Lang, de Oxford, em 2019. Foi coor­ga­ni­zador e autor de capí­tu­lo do livro Car­tografias de Fou­cault, pub­li­ca­do pela edi­to­ra Autên­ti­ca, em 2008, e coau­tor do livro Que é ide­olo­gia? edi­ta­do em Lis­boa, pela Esco­lar Edi­to­ra, em 2016. É, ain­da, autor de arti­gos e ensaios pub­li­ca­dos em per­iódi­cos ou como capí­tu­los de livros, resul­ta­dos de estu­dos e par­tic­i­pações em con­gres­sos nacionais e inter­na­cionais.

O even­to, orga­ni­za­do pela edi­to­ra, pelo Insti­tu­to Human­i­tas e pela Livraria Coop­er­a­ti­va Cul­tur­al, con­tará com a par­tic­i­pação do Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, autor do Pre­fá­cio do livro. Attié é Jurista, filó­so­fo e escritor, Doutor em Filosofia da Uni­ver­si­dade de São Paulo, onde estu­dou dire­ito e história. Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, na qual sucede a Gof­fre­do da Sil­va Telles Jr, é autor dos livros Dire­ito Con­sti­tu­cional e Dire­itos Con­sti­tu­cionais Com­para­dos(São Paulo: Tirant, 2023), críti­ca dos temas e con­ceitos pre­coniza­dos pela tradição do con­sti­tu­cional­is­mo e do dire­ito con­sti­tu­cional, numa ten­ta­ti­va de fun­dar novas bases para a análise con­sti­tu­cional, diante do dire­ito inter­na­cional e do dire­ito com­para­do, a par­tir da val­oriza­ção de difer­entes tradições e con­ceitos; Brasil em Tem­po Acel­er­a­do: Políti­ca e Dire­ito (São Paulo: Tirant Brasil, 2021), e Towards Inter­na­tion­al Law of Democ­ra­cy (Valen­cia: Tirant Lo Blanch, 2022). Escreveu, ain­da, A Recon­strução do Dire­ito: Existên­cia. Liber­dade, Diver­si­dade (Por­to Ale­gre: Fab­ris, 2003), pub­li­cação de estu­do pio­neiro (Sobre a Alteri­dade: Para uma Críti­ca da Antropolo­gia do Dire­ito, São Paulo: USP, 1987), a respeito do tema da alteri­dade e de críti­ca à antropolo­gia do dire­ito e à per­manên­cia do colo­nial­is­mo, e Mon­tesquieu (Lis­boa: Chi­a­do, 2018), estu­do tam­bém pio­neiro (Tópi­ca das Paixões e Esti­lo Moral­iste, São Paulo: USP, 2000) sobre a vin­cu­lação de esti­lo e pro­je­to políti­co, no sécu­lo das Rev­oluções e do nasci­men­to do Con­sti­tu­cional­is­mo. Tam­bém é Mestre em Filosofia e Teo­ria do Dire­ito pela FD.USP, e em Dire­ito Com­para­do pela Cum­ber­land School of Law, foi Procu­rador do Esta­do de São Paulo e Advo­ga­do, exerce a função de desem­bar­gador na Justiça paulista e é mem­bro de insti­tu­ições inter­na­cionais. No pre­lo estão seus livros Econo­mia e Dire­ito: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­tórios, e Con­sti­tu­ições Africanas, tam­bém a serem edi­ta­dos pela Edi­to­ra Tirant, em São Paulo, em 2024.

Em seu Pre­fá­cio, que sub­lin­ha a importân­cia da pub­li­cação, Attié ref­ere a afeição de Alí­pio pelos “ven­ci­dos da história brasileira,” rev­e­la­dos “no per­fil mestiço de sua impressão e expressão, e de dig­nidade, na críti­ca ao menospre­zo daque­les que acabaram por moldar os perímet­ros de nos­sa autoim­agem. Rep­re­sen­tação que ora se esfacela, diante de uma insur­gente con­sciên­cia de uma difer­ença que pode indicar um novo per­cur­so cul­tur­al. Vale a pena per­cor­rer cada uma das pági­nas que seguem, respon­den­do às inda­gações do autor, na bus­ca orig­i­nal de recu­per­ar um aspec­to invis­i­bi­liza­do de nos­sos impul­sos de con­strução cidadã.”

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, hom­e­nage­an­do o autor e par­tic­i­pan­do desse impor­tante debate cul­tur­al, faz votos de que o livro de Alí­pio de Sousa Fil­ho rece­ba uma leitu­ra aten­ta e uma inter­pre­tação com seu espíri­to de des­per­tar democráti­co.