“Os doc­u­men­tos pub­li­ca­dos pelo The Inter­cept não são ilíc­i­tos. Con­ver­sas entre juízes e as partes de um proces­so, quan­do reme­tem ao proces­so em si, são de inter­esse públi­co e, por­tan­to, não podem ser pri­vadas”, afir­ma o Pres­i­dente da APD, em entre­vista à Radio Guai­ba sobre a crise instau­ra­da a par­tir das men­sagens tro­cadas entre o atu­al Min­istro da Justiça e o Procu­rador do MP.

O órgão de acusação rece­bia do juiz impressões e sug­estões fora dos autos do proces­so, em con­ver­sas pri­vadas, sem o con­t­role da sociedade e sem que as out­ras partes, os réus e inves­ti­ga­dos, soubessem e pudessem se defend­er e mes­mo apre­sen­tar rep­re­sen­tação pelo afas­ta­men­to do juiz, que se tor­na­va sus­peito… Segun­do o que se lê da pub­li­cação, não nega­da pelas pes­soas envolvi­das, o juiz do caso tro­ca­va ideias com o órgão de acusação, sug­erindo cam­in­hos e usan­do, inclu­sive, o pronome “nós” […]. É esse o entendi­men­to do Pres­i­dente da APD, que pode ser ouvi­do na entre­vista con­ce­di­da às sem­pre tal­en­tosas Ju Wal­lauer e Cris Bar­tis, no pod­cast Mami­los.