Academia (Ακαδήμεια, derivado de Ακάδημος) é termo que designa uma instituição devotada à construção, à busca, aos experimentos, provas e experiências, ao desenvolvimento, à pesquisa, ao ensino, à difusão e à extensão do conhecimento e de sua reflexão crítica e criativa, e à reunião de amigos e amigas dos saberes e dos sabores da existência, das artes, das ciências, das filosofias.
O nome originou-se da escola fundada por Platão, por volta de 387 AC, em Atenas, em um antigo campo ou jardim de oliveiras, considerado território sagrado, dedicado à deusa da sabedoria e padroeira da cidade.
Difundiu-se pela Antiguidade e pela Idade Média, sendo acolhida no Renascimento, como modo de referir instituições de estudos avançados e de agremiação de importantes figuras do pensamento, sendo o nome adotado, a partir do século XVII, na Europa para referir instituições de ensino superior, como as Universidades.
Não foi fenômeno apenas ocidental — malgrado a ambiguidade e imprecisão do termo -, mas experiência multifacetada, experimentada no mundo islâmico, na Ásia, assim na índia e na Pérsia, na África, assim no Egito, na Europa, assim desde as cidades italianas da Renascença, nas Américas.
Como modo de referir essa polifonia de experiências e influências, a Academia Paulista de Direito apresenta, na página inicial de seu website, imagens do feminino e do sagrado, da conjugação da beleza e da sabedoria, imanentes e transcendentes, segundo as multifacetadas complexidades culturais, consoante concebidas e retratadas por artistas de vários espaços e tempos.
A justiça, com efeito, diz-se “acolhimento das diferenças, expressando-se na alteridade dos modos de existência, de convivência, de criação.”(*)
Essa mudança é um convite à participação crescente e inclusiva da sociedade nos planos e projetos da Academia Paulista de Direito.
((*) Alfredo Attié. A Reconstrução do Direito: Existência, Liberdade, Diversidade. Porto Alegre: Sergio Fabris, 2003, p. 313 e ss.)