A Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro — UFRJ con­fir­mou (leia, aqui), a par­tir da análise da mes­ma imagem ger­a­da pelo satélite Sen­tinel 1A, a hipótese lev­an­ta­da pelo LAPIS — Lab­o­ratório de Análise e Proces­sa­men­to de Ima­gens de Satélites, da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de Alagoas — UFAL, segun­do a qual (veja, aqui) “a poluição pode ter sido cau­sa­da por um grande vaza­men­to em minas de petróleo ou, pela sua local­iza­ção, pode ter ocor­ri­do até mes­mo na região do Pré-Sal.

A hipótese, porém, é nega­da pela Mar­in­ha brasileira, para a qual não foi encon­tra­do vaza­men­to de óleo sub­aquáti­co, sendo a causa mais prováv­el do desas­tre ambi­en­tal “um der­rame de óleo por algu­ma embar­cação que nave­g­a­va pela cos­ta do País,” como afir­mou o seu Coman­dante, o Almi­rante de Esquadra Ilques Bar­bosa Jr.

Um estu­do ante­ri­or, feito a pedi­do da Mar­in­ha, empre­gan­do o méto­do da mod­e­lagem numéri­ca, basea­do em infor­mações rel­a­ti­vas ao cur­so do óleo cote­jadas com a análise de cor­rentes mar­in­has e ven­tos, do Lab­o­ratório de Méto­dos Com­puta­cionais em Engen­haria — LAMCE, do Insti­tu­to Alber­to Luiz Coim­bra de Pós-Grad­u­ação e Pesquisa de Engen­hari­a­da — COOPE/UFRJ, fun­da­men­ta a hipótese da Mar­in­ha. Em tal estu­do, con­clui-se, de for­ma pre­lim­i­nar, que a área prováv­el de onde se orig­i­nou o vaza­men­to que polui a cos­ta brasileira estaria local­iza­da em área à dis­tân­cia de 600 a 700 km da pro­jeção da divisa entre os Esta­dos de Alagoas e Sergipe, em águas inter­na­cionais.

Na época da divul­gação desse estu­do, porém, o pro­fes­sor Luiz Assad, do Depar­ta­men­to de Mete­o­rolo­gia da uni­ver­si­dade car­i­o­ca, adver­tia: “não temos um pon­to de vaza­men­to, temos uma área grande no meio do Oceano que é uma área de prováv­el origem do óleo,” ou seja, eram indi­cações ain­da muito gerais, sem nen­hum caráter con­clu­si­vo, “é uma análise ain­da pre­lim­i­nar. A gente ain­da não tem como afir­mar isso” (veja, aqui).

Em entre­vista lon­ga, con­ce­di­da à Globo News, na noite de ontem, o Min­istro do Meio Ambi­ente, o advo­ga­do Ricar­do Salles, afir­mou que a hipótese com a qual o Gov­er­no brasileiro tra­bal­ha é a de o vaza­men­to ter sido cau­sa­do por navio, seno impor­tante a detecção da natureza do óleo, para saber “quais navios que pas­saram pela cos­ta brasileira teri­am sido abaste­ci­dos na Venezuela” (sic).

Enquan­to se procu­ra a origem do vaza­men­to, e os danos ambi­en­tais crescem em pro­porção, vol­un­tários prosseguem cora­josa­mente em seu tra­bal­ho difí­cil de limpeza das pra­ias e águas litorâneas. A ess­es home­ns e mul­heres, e aos pesquisadores e pesquisado­ras, a Acad­e­mia Paulista de Dire­to pres­ta nova­mente apoio e hom­e­nagem.