No dia Onze de Agosto, o Brasil viu ocupadas suas praças, ruas e universidades, em centenas de manifestações em defesa da democracia e da ordem jurídica constitucional.
Tendo como símbolo e inspiração a histórica Carta aos Brasileiros, redigida e lida por Goffredo da Silva Telles Jr, há quarenta e cinco anos, Novas Cartas foram redigidas, em trabalho coletivo da sociedade civil e dos movimentos sociais, expressando a firme disposição de brasileiras e brasileiros de resistir contra qualquer tentativa de por em xeque o Estado Democrático de Direito, bem como de avançar no processo de construção da democracia inclusiva e participativa.
Lá estivemos, a Academia Paulista de Direito, a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, o Instituto Novos Paradigmas, o Movimento BR Cidades, o Instituto Amsur, a Engenharia pela Democracia, o Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia, o Movimento Brasil 2022, o Instituto Rio Negro, o Instituto Civito, a Confederação Nacional dos Profissionais Liberais Universitários, o Núcleo Educomunicação, o Movimento Mulheres Educadoras, a Revista Imprensa Jovem, os membros do Grupo UNESP da Boa Lira, do Boteco Político, professores e professoras da São Paulo Escola de Teatro, o Fórum Social Mundial Democracia e Justiça, membros do Grupo Construir Resistência, do Movimento Musicada História, o Instituto Defesa da Classe Trabalhadora, o Museu da Lava Jato, o Tribunal Popular, a organização Levanta Amotara Zabelê, o Núcleo de Estudos e Pesquisas para a Paz e os Direitos Humanos e o Grupo de Pesquisa O Direito Achado na Rua da UnB — Universidade de Brasília, Acreter — Fórum de Associações Científicas de Ciências da Religião, Teologia e Ensino Religioso, o Instituto Latino-Americano de Defesa e Desenvolvimento Empresarial, a Comunidade dos Juristas de Língua Portuguesa, ao lado de outras lideranças membros do Movimento Negro, do Movimento Indígena, do Movimento Feminista, do Movimento LGBTQIA+, de Estudantes, de lideranças políticas comprometidas com o fortalecimento democrático, de lideranças sindicais e empresariais, de representantes de Movimentos pela Educação e pela Cultura, de Professoras e Professores, representando as mais importantes Universidades brasileiras, além de várias Escolas e Colégios, Trabalhadoras e Trabalhadores, Instituições Públicas e Privadas, Organizações Não-Governamentais, bradando, em um só coro, festejando e defendendo, com o povo brasileiro, a democracia.
Esses coletivos e organizações, desde o início de seu engajamento no movimento de defesa das instituições, da Constituição e da Democracia brasileira, manifestaram a importância de criação de um Fórum Permanente de Defesa, Ampliação e e Aprofundamento da Democracia, urgente, neste momento, em primeiro lugar para defender a eleição e o voto eletrônico e assegurar o respeito a seu resultado, bem como a posse dos eleitos, assim como o caráter civil da política, recusando a tentativas de interferência militar.
Fazemos esse convite a todas as entidades e à sociedade civil, as instituições, sobretudo as universidades, os movimentos e coletivos políticos e sociais a se engajarem, horizontalmente, nesse processo.