A Car­ta em Defe­sa da Democ­ra­cia e da Repúbli­ca, artic­u­la­da pelo INP — Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas, sob a lid­er­ança do jurista Tar­so Gen­ro, que foi Min­istro da Justiça e da Edu­cação, Gov­er­nador do Rio Grande do Sul e Prefeito de Por­to Ale­gre, con­ta com assi­nat­uras de um amp­lo espec­tro políti­co e com o apoio da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito.

A nova pro­pos­ta de movi­men­to, chama­da de Vamos em Frente, aprox­i­ma vearias orga­ni­za­ções e movi­men­tos da sociedade civ­il. Seu eixo cen­tral é estim­u­lar as forças democráti­cas e repub­li­canas do país, a par­tir da sociedade civ­il, dirigin­do-se a lid­er­anças par­tidárias, líderes políti­cos, for­madores de opinião, int­elec­tu­ais e diri­gentes sele­ciona­dos dos movi­men­tos soci­ais, para a for­mação de uma Nova Frente Políti­ca.

Seu sen­ti­do estratégi­co não é um acor­do pro­gramáti­co, mas tem duas direções: procla­mar a neces­si­dade de Frentes Eleitorais que poderão se for­mar, tan­to no 1º como no 2º turno, para reduzir a capaci­dade da ultra-dire­i­ta e da extrema-dire­i­ta; e ampli­ar o diál­o­go social e políti­ca no cam­po democráti­co insti­tu­cional­iza­do no país.
Esta e as demais car­tas con­sti­tuí­das nesse movi­men­to cívi­co têm entre seus obje­tivos reduzir dras­ti­ca­mente as influên­cias dos setores fisi­ológi­cos e oligárquicos no Con­gres­so Nacional; esta­b­ele­cer com­pro­mis­sos políti­cos region­ais e nacionais, em torno da defe­sa das insti­tu­ições legit­i­mas do Esta­do, for­matadas na Con­sti­tu­ição Fed­er­al de 88, bem como estim­u­lar for­mas dire­tas de par­tic­i­pação da cidada­nia na gestão públi­ca.

O prin­ci­pal instru­men­to des­ta artic­u­lação políti­co-eleitoral é a pub­li­cação de car­tas públi­cas region­ais e nacionais, que pro­pon­ham essa uma unidade políti­ca mín­i­ma.

Esta é uma primeira ver­são da primeira Car­ta que dev­erá ser enrique­ci­da por con­tribuições e dis­cussões que con­seguir fomen­tar.

A Car­ta pode ser assi­na­da medi­ante preenchi­men­to de nome e e‑mail, neste link.

O doc­u­men­to ´´assi­na­do por impor­tantes lid­er­anças políti­cas, entre as quais ex-Min­istros dos gov­er­nos democráti­cos de Fer­nan­do Hen­rique Car­doso, Luís Iná­cio Lula da Sil­va e Dil­ma Rouss­eff.

Leia a ínte­gra da Car­ta a seguir:

“Esta car­ta é dirigi­da a todos os que pro­fes­sam a democ­ra­cia e defen­d­em a paz e ordem repub­li­cana do Esta­do Social da Con­sti­tu­ição de 1988. E é um man­i­festo em defe­sa do Brasil, como país sober­a­no, do tra­bal­ho como val­or fun­da­men­tal, da con­strução da nação como comu­nidade de des­ti­no, do empreende­doris­mo ino­vador — em todos os níveis — basea­do na inteligên­cia cien­tifi­ca uni­ver­sal. As guer­ras das grandes potên­cias mil­itares com seus inter­ess­es estratégi­cos estão trans­for­man­do o plan­e­ta inteiro num cat­a­stró­fi­co teatro de ações políti­cas e oper­ações mil­itares, que já ameaçam as condições nat­u­rais mín­i­mas para a sobre­vivên­cia humana e a sobera­nia das nações. As guer­ras, em ger­al, são propa­gado­ras da bar­bárie e ali­men­ta­do­ras do autori­taris­mo e das ditaduras. Esta Car­ta propõe que aqui no Brasil, a par­tir da sociedade civ­il, propague­mos um amp­lo movi­men­to cívi­co descen­tral­iza­do, com ini­cia­ti­vas locais, region­ais, nacional — idên­ti­cas ou análo­gas — para defend­er o futuro da democ­ra­cia no país. A her­ança do gov­er­no ante­ri­or, com um déficit fis­cal de 782 bil­hões, des­man­che de insti­tu­ições e políti­cas públi­cas, negação retrógra­da da inteligên­cia cien­tí­fi­ca uni­ver­sal, propa­gação da vio­lên­cia mili­ciana e o cul­to da morte — erigi­dos como políti­ca de Segu­rança Públi­ca — tam­bém são um lega­do per­ver­so do qual deve­mos defend­er o país. Afir­mamos, primeiro, que a solução é mais democ­ra­cia, não menos; e que isso só será pos­sív­el com o suporte de um cam­po políti­co unifi­ca­do, capaz de mostrar difer­enças: entre democ­ra­cia e ditadu­ra; entre frentes políti­cas eleitorais sem princí­pios e frentes eleitorais baseadas em princí­pios mín­i­mos, tan­to volta­dos para a restau­ração da dig­nidade da políti­ca, como da preser­vação dos Poderes da Repúbli­ca. Esta Car­ta, por­tan­to, propõe que seja pos­sív­el esta­b­ele­cer uma comu­ni­cação entre as múlti­plas visões democráti­cas — nos Esta­dos e na própria União — para bus­car pon­tos de unidade em direção a novas Frentes políti­cas, com suas especi­fi­ci­dades region­ais, já no turno ou, alter­na­ti­va­mente, no 2º turno das eleições de 2026, pau­tan­do-se pelos seguintes objetivos:1. Blo­quear a influên­cia no Con­gres­so Nacional, de ban­cadas oligárquicas e fisi­ológ­i­cas, que se dedicam a extorquir, para proveito próprio, os orça­men­tos públi­cos, assim sub­ver­tendo a relação insti­tu­cional entre os poderes da União;2. Defe­sa dos princí­pios do Esta­do de Dire­ito, da Con­sti­tu­ição de 88 e da preser­vação dos seus poderes constitucionais;3. Defe­sa de uma políti­ca inter­na e exter­na, que unifique o país na tran­sição climáti­ca, para uma potente políti­ca de pre­venção de catástro­fes e de redução das desigual­dades soci­ais e regionais;4. Com­pro­mis­so de não fir­mar alianças com setores de par­tidos ou par­tidos, da dire­i­ta autoritária e da extrema-dire­i­ta, ou de quais­quer orga­ni­za­ções par­tidárias que pro­pon­ham ditaduras de qual­quer natureza nos proces­sos eleitorais em cur­so no ano vin­douro. Estas novas frentes denun­cia­rão ten­ta­ti­vas golpis­tas, defend­erão a iden­ti­dade laica do Esta­do, defend­erão a profis­sion­al­iza­ção das Forças Armadas e seus pro­po­nentes envi­darão esforços des­de ago­ra — autônomos, comuns ou asso­ci­a­dos em rede — para pro­por­cionar múlti­plas man­i­fes­tações e novos man­i­festos pau­ta­dos pelos obje­tivos ora con­cer­ta­dos.