Sob a coor­de­nação do pro­fes­sor Loren­zo Chi­ef­fi, foi lança­do, pelas Edi­zioni Mime­sis, em Milão, Italia,  o segun­do vol­ume da obra L’Emergenza Pan­dem­i­ca da COVID-19 nel Dibat­ti­to Bioeti­co.

Coube ao Pro­fes­sor Rogério Don­ni­ni, Livre-Docente da Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São Paulo e Acadêmi­co Tit­u­lar da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito,  escr­ev­er o capí­tu­lo des­ti­na­do à análise das relações con­trat­u­ais e seus reflex­os na pan­demia, “Rap­por­ti Con­trat­tuali e Pan­demia”, sob a óti­ca do dire­ito ital­iano e brasileiro, ao tratar dos temas de equi­líbrio con­trat­u­al e tem­po­ral­i­dade, caso for­tu­ito e força maior — neces­si­dade e inevitabil­i­dade, revisão das cláusu­las con­trat­u­ais, res­olução con­trat­u­al, função social do con­tra­to e boa-fé obje­ti­va, e razoa­bil­i­dade e equidade na decisão rel­a­ti­va à revisão do val­or do con­tra­to, con­cluin­do que  a pan­demia provo­ca­da pelo coro­n­avírus tan­to pode levar à extinção (res­olução ou des­cumpri­men­to invol­un­tário da obri­gação) como à revisão dos con­tratos, mas, antes de tudo, há um dev­er de rene­go­ci­ação impos­to às partes., sem­pre depen­den­do da análise do caso con­cre­to. Se a par­al­isação da ativi­dade com­er­cial ou indus­tri­al resul­ta na impos­si­bil­i­dade no cumpri­men­to obri­ga­cional, fato esse inevitáv­el (for­tu­ito exter­no) como, por exem­p­lo, a ces­sação na entre­ga de insumos ou matéria pri­ma, o incumpri­men­to obri­ga­cional é jus­ti­ficáv­el. De out­ro lado, porém, caso o val­or do pro­du­to ou serviço ten­ha se tor­na­do exces­si­va­mente oneroso, cabe a res­olução ou revisão judi­cial.

​Don­ni­ni é, ain­da,  advo­ga­do, pare­cerista,  lecio­nan­do nos cur­sos de Doutora­do e Mestra­do da PUC-SP, da Facoltà di Giurispru­den­za dell’Università degli Stu­di del­la Cam­pa­nia Lui­gi Van­vitel­li, e da Esco­la Paulista da Mag­i­s­tratu­ra.