Enti­dades que con­gregam empre­sas agrí­co­las, com­er­ci­ais, indus­tri­ais e finan­ceiras — inclu­sive o Ban­co do Brasil e a Caixa Econômi­ca Fed­er­al – e de crédi­to, assim como asso­ci­ações e sindi­catos do agronegó­cio, empre­sas de pesquisa de pro­dução sus­ten­táv­el, biotec­nolo­gia e ener­gia,  e rep­re­sen­ta­ti­vas das pro­du­toras de defen­sivos agrí­co­las,  pub­licaram man­i­festo, em 30 de agos­to, em defe­sa do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, sub­lin­han­do a neces­si­dade de har­mo­nia insti­tu­cional para o desen­volvi­men­to das ativi­dades pro­du­ti­vas de modo sus­ten­táv­el.

Leia, a seguir, o teor da pub­li­cação: 

“As enti­dades asso­cia­ti­vas abaixo assi­nadas tor­nam públi­ca sua pre­ocu­pação com os atu­ais desafios à har­mo­nia políti­co-insti­tu­cional e, como con­se­quên­cia, à esta­bil­i­dade econômi­ca e social em nos­so País. Somos respon­sáveis pela ger­ação de mil­hões de empre­gos, por forte par­tic­i­pação na bal­ança com­er­cial e como base arreca­datória expres­si­va de trib­u­tos públi­cos. Assim, em nome de nos­sos setores, cump­ri­mos o dev­er de nos jun­tar a muitas out­ras vozes respon­sáveis, em chama­men­to a que nos­sas lid­er­anças se mostrem à altura do Brasil e de sua história ago­ra prestes a cel­e­brar o bicen­tenário da Inde­pendên­cia.

A Con­sti­tu­ição de 1988 definiu o Esta­do Democráti­co de Dire­ito no âmbito do qual escol­he­mos viv­er e con­stru­ir o Brasil com que son­hamos. Mais de três décadas de tra­jetória democráti­ca, não sem per­calços ou frus­trações, porém tam­bém pela reple­ta de con­quis­tas e avanços dos quais podemos nos orgul­har. Mais de três décadas de liber­dade e plu­ral­is­mo, com alternân­cia de poder em eleições legí­ti­mas e fre­quentes.

O desen­volvi­men­to econômi­co e social do Brasil, para ser efe­ti­vo e sus­ten­táv­el, requer paz e tran­quil­i­dade, condições indis­pen­sáveis para seguir avançan­do na cam­in­ha­da civ­i­liza­tória de uma nacional­i­dade fra­ter­na e solidária, que recon­hece a maio­r­ia sem igno­rar as mino­rias, que acol­he e fomen­ta a diver­si­dade, que vice­ja no con­fron­to respeitoso entre ideias que se antepõem, sem qual­quer tipo de vio­lên­cia entre pes­soas ou gru­pos. Aci­ma de tudo, uma sociedade que não mais tol­ere a mis­éria e a desigual­dade que tan­to nos enver­gonham.

As amplas cadeias pro­du­ti­vas e setores econômi­cos que rep­re­sen­ta­mos pre­cisam de esta­bil­i­dade, de segu­rança jurídi­ca, de har­mo­nia, enfim, para poder tra­bal­har. Em uma palavra, é de liber­dade que pre­cisamos — para empreen­der, ger­ar e com­par­til­har riqueza, para con­tratar e com­er­cializar, no Brasil e no exte­ri­or. É o Esta­do Democráti­co de Dire­ito que nos asse­gu­ra essa liber­dade empreende­do­ra essen­cial numa econo­mia cap­i­tal­ista, o que é o inver­so de aven­turas rad­i­cais, greves e par­al­isações ile­gais, de qual­quer poli­ti­za­ção ou par­tidariza­ção noci­va que, longe de resolver nos­sos prob­le­mas, cer­ta­mente os agravará.

Somos uma das maiores econo­mias do plan­e­ta, um dos país­es mais impor­tantes do mun­do, sob qual­quer aspec­to, e não nos podemos apre­sen­tar à comu­nidade das Nações como uma sociedade per­ma­nen­te­mente ten­sion­a­da em crises inter­mináveis ou em risco de retro­ces­sos e rup­turas insti­tu­cionais. O Brasil é muito maior e mel­hor do que a imagem que temos pro­je­ta­do ao mun­do. Isto está nos cus­tan­do caro e levará tem­po para revert­er.

A mod­er­na agroindús­tria brasileira tem história de suces­so recon­heci­da mun­do afo­ra, como resul­ta­do da ino­vação e da sus­tentabil­i­dade que nos tornaram potên­cia agroam­bi­en­tal glob­al. Somos força do pro­gres­so, do avanço, da esta­bil­i­dade indis­pen­sáv­el e não de crises evitáveis. Seguire­mos con­tribuin­do para a con­strução de um futuro de pros­peri­dade e dinamis­mo para o Brasil, como temos feito ao lon­go dos últi­mos anos. O Brasil pode con­tar com nos­so tra­bal­ho sério e com­pro­vada­mente frutífero.”

Fir­mam o doc­u­men­to as seguintes enti­dades:

Abag – Asso­ci­ação Brasileira do Agronegó­cio
Abiove — Asso­ci­ação Brasileira das Indús­trias de Óleos Veg­e­tais
Abiso­lo – Asso­ci­ação Brasileira das Indús­trias de Tec­nolo­gia em Nutrição Veg­e­tal
Abra­pal­ma ‑Asso­ci­ação Brasileira de Pro­du­tores de Óleo de Pal­ma
CropLife Brasil — CNB
Ibá – Indús­tria Brasileira de Árvores
Sin­di­veg – Sindi­ca­to Nacional da Indús­tria de Pro­du­tos para a Defe­sa Veg­e­tal