O Depar­ta­men­to de Relações Inter­na­cionais da Uni­ver­si­dade Estad­ual Paulista — UNESP ofer­ece a dis­ci­plina Econo­mia Políti­ca Inter­na­cional: para a Gov­er­nança Repub­li­cana e Justiça Mundi­al­izadas, cujas aulas serão min­istradas todas as quin­tas-feiras, a par­tir do dia 13 de março de 2025, na Fac­ul­dade de Ciên­cias Humanas e Soci­ais, no cam­pus Fran­ca.

Tra­ta-se de cur­so de extrema atu­al­i­dade, que ques­tiona os rumos das relações, do dire­ito e da sociedade inter­na­cional, hoje.

A par­tir de uma abor­dagem trans­dis­ci­pli­nar, a con­strução da reflexão — a ser com­par­til­ha­da e enrique­ci­da com a par­tic­i­pação de alu­nas e alunos dos cur­sos de grad­u­ação da impor­tante Uni­ver­si­dade brasileira — o cur­so parte da con­statação da crise do dire­ito, da econo­mia e da políti­ca atu­al, seguin­do pela críti­ca das ondas antir­re­pub­li­cana e anti­democráti­ca, procu­ran­do encon­trar cam­in­hos de recu­per­ação ou de rein­venção da democ­ra­cia e da repúbli­ca, a par­tir do ambi­ente inter­na­cional e do difí­cil con­cer­to dos Esta­dos e da impre­scindív­el con­tribuição dos povos, em per­spec­ti­va inclu­si­va e ampli­a­da.

A par­tir do exame críti­co de uma bib­li­ografia atu­al, alguns dos obje­tivos da dis­ci­plina são: abor­dar o pen­sa­men­to e a análise econômi­ca con­tem­porânea da EPI na bus­ca pela sua trans­dis­ci­pli­nar­i­dade, à vista das questões mais pre­sentes que se for­mam no ambi­ente inter­na­cional, à luz da questão de sua Gov­ern­abil­i­dade. Bem como, a maneira pela qual está recon­strói seu Obje­to de Con­hec­i­men­to e suas pro­postas de inter­venções, ness­es ter­mos, na for­ma de Políti­cas Inter­na­cionais de natureza estatal e públi­cas; exam­i­nar as con­tribuições daí decor­rentes para a com­preen­são das relações que se esta­b­ele­cem entre Econo­mia Nacionais e Inter­na­cional, Sis­temas Políti­cos e de Justiça, Sociedades e Esta­dos e as con­tradições e os con­fli­tos daí decor­rentes; e estim­u­lar a pro­dução pelos estu­dantes de exer­cí­cios e práti­cas de análise em econo­mia políti­ca inter­na­cional, referenciando‑a a atu­al situ­ação do debate em ciên­cias soci­ais, humanas e ciên­cias políti­cas.

Os Pro­fes­sores serão:

Albe­rio Neves Fil­ho, Dire­tor e Docente do Depar­ta­men­to de Relações Inter­na­cionais da Fac­ul­dade de Ciên­cias Humanas e Soci­ais da UNESP, sociól­o­go pela Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São PauloFESPSP, Mestre em Teo­ria Econômi­ca e Doutor em Ciên­cia Políti­ca e Social pela Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São PauloPUC.SP. Faz pesquisa, ensi­no e exten­são na área de Econo­mia Políti­ca e Econo­mia Políti­ca Inter­na­cional. Nes­sa área explo­ra os temas nuclear­es e asso­ci­a­dos ao desen­volvi­men­to e repro­dução do cap­i­tal­is­mo, em suas diver­sas camadas, que impli­ca des­de as tem­ati­za­ções e inves­ti­gações em teo­rias macro­econômi­cas; em suas for­mas secundárias e per­iféri­c­as de repro­dução cap­i­tal­ista; naqui­lo que se con­ven­cio­nou em estu­dos de repro­dução social dos diver­sos tipos de pro­priedades do perío­do mais recente em que nos encon­tramos na história econômi­ca, con­ju­ga­dos às questões de gênero, raça e class­es soci­ais. Atual­mente, ded­i­ca-se a inves­ti­gações sobre a repro­dução do cap­i­tal às atu­ais for­mas das lutas políti­cas e de class­es; exam­i­na as ino­vações tec­nológ­i­cas sob domínio da socia­bil­i­dade finan­ceira e do cap­i­tal pro­du­tor de juros. . Fez estu­dos em doutora­do no IE.UNICAMP e abor­da questões em dinâmi­cas das Ino­vações tec­nológ­i­cas e das Insti­tu­ições. É um ativista em questões raci­ais, de gêneros e ambi­en­tais, com ações vig­orosas no sen­ti­do da super­ação das diver­sas for­mas de racis­mo, pre­con­ceitos e desigual­dades sócio-econômi­cas e políti­cas. No momen­to prepara tra­bal­hos sobre Gov­ern­abil­i­dade Repub­li­cana; Estu­dos em tra­bal­ho pre­cariza­dos e uma revisão sobre a per­manên­cia do racis­mo na tran­sição para a mod­ernidade;

Renan Rosolem Macha­do, Advo­ga­do for­ma­do pela Fac­ul­dade de Ciên­cias Humanas e Soci­ais da UNESP, Assis­tente de Pesquisa I na Fun­dação José Luiz Egy­dio Setubal, Pesquisador da Rede All 4 FoodA4F. Mes­tran­do em Gestão e Ino­vação na Indús­tria Ani­mal pela Fac­ul­dade de Zootec­nia e Engen­haria de Ali­men­tos da Uni­ver­si­dade de São PauloFZEA.USP.

 

 

 

 

 

 

Alfre­do Attié, jurista, filó­so­fo e escritor, Doutor em Filosofia da Uni­ver­si­dade de São Paulo, onde estu­dou Dire­ito (FD.USP) e História (FFLCH.USP). É Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cát­e­dra San Tia­go Dan­tas, na qual sucede a Gof­fre­do da Sil­va Telles Jr. Con­sel­heiro da Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São Paulo. Autor dos livros: Dire­ito e Econo­mia: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­cionais (no pre­lo, São Paulo: Tirant, 2025); África Con­sti­tu­inte (no pre­lo, São Paulo: Tirant, 2025); Dire­ito Con­sti­tu­cional e Dire­itos Con­sti­tu­cionais Com­para­dos (São Paulo: Tirant, 2023); O Brasil em Tem­po Acel­er­a­do: Políti­ca e Dire­ito (São Paulo: Tirant, 2021), Towards Inter­na­tion­al Law of Democ­ra­cy (Valên­cia: Tirant Lo Blanch, 2022); A Recon­strução do Dire­ito: Existên­cia. Liber­dade, Diver­si­dade (Por­to Ale­gre: Fab­ris, 2003) — pub­li­cação de estu­do pio­neiro (Sobre a Alteri­dade: Para uma Críti­ca da Antropolo­gia do Dire­ito, São Paulo: USP, 1987), a respeito do tema da alteri­dade e de críti­ca à antropolo­gia do dire­ito e sobre a con­strução e a per­manên­cia do colo­nial­is­mo, da dis­crim­i­nação e do pre­con­ceito; e Mon­tesquieu (Lis­boa: Chi­a­do, 2018) — estu­do tam­bém pio­neiro (Tópi­ca das Paixões e Esti­lo Moral­iste, São Paulo: USP, 2000) sobre a vin­cu­lação de esti­lo e pro­je­to políti­co, no sécu­lo das Rev­oluções e do nasci­men­to e críti­ca do Con­sti­tu­cional­is­mo, tam­bém é mestre em Filosofia e Teo­ria do Dire­ito pela FD.USP e em Dire­ito Com­para­do pela Cum­ber­land School of Law, foi Procu­rador do Esta­do de São Paulo e Advo­ga­do, e Juiz de Dire­ito, exerce a função de desem­bar­gador no tri­bunal de justiça paulista e é mem­bro de insti­tu­ições inter­na­cionais voltadas ao aper­feiçoa­men­to do dire­ito e da justiça e da real­iza­ção dos dire­itos humanos e da defe­sa da natureza e das águas, do patrimônio mate­r­i­al e ima­te­r­i­al históri­co, social, ambi­en­tal e cul­tur­al, e dos povos.