Alfredo Attié fala em Segurança em Foco, evento do INP e do IREE

Alfredo Attié fala em Segurança em Foco, evento do INP e do IREE

Em Por­to Ale­gre, sob a coor­de­nação do Min­istro e ex-Gov­er­nador Tar­so Gen­ro e a orga­ni­za­ção do Cien­tista Social e Pro­fes­sor Jorge Bran­co, no dia 14 de abri de 2023l, próx­i­ma sex­ta-feira,  o Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas e o IREE, com o apoio da AJURIS e da AMP.RS, realizarão o sem­i­nário Garan­tismo e Segu­rança em Época Dis­tópi­ca, em for­ma híbri­da, pres­en­cial e vir­tu­al.

Além de Alfre­do Attié, doutor em Filosofia da USP e Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, que falará sobre as ten­sões entre garan­ti­do e anti­colo­nial­is­mo, na restau­ração da Con­sti­tu­ição e recu­per­ação do con­sti­tu­cional­is­mo para a pau­ta fun­da­men­tal da Segu­rança Públi­ca e Cidadã e sua relação com o poder judi­cial, estarão pre­sentes o Desem­bar­gador Sér­gio Blattes e a Advo­ga­da Cristi­na Vil­lano­va.

Tra­ta-se de even­to no âmbito da temáti­ca Segu­rança Públi­ca em Foco, cujo grupo de tra­bal­ho apre­sen­tou pro­pos­ta impor­tante para a trans­for­mação da práti­ca e da con­cepção da segu­rança, para que se per­faça como democráti­ca, cidadã e antir­racista, sob a lid­er­ança e coor­de­nação de Tar­so Gen­ro e Bened­i­to Mar­i­ano.

Sai a Programação de “Constitucionalismo Global e Latino-Americano: Democracia e Direito Eleitoral”

Sai a Programação de “Constitucionalismo Global e Latino-Americano: Democracia e Direito Eleitoral”

 

SEMINÁRIO INTERNACIONAL

DEMOCRACIA, CONSTITUCIONALISMO GLOBAL E LATINO AMERICANO E DIREITO ELEITORAL

10 e 13 DE ABRIL DE 2023

SÃO PAULO E PORTO ALEGRE

A

ACADEMIA PAULISTA DE DIREITO (APD),

CÁTEDRA SAN TIAGO DANTAS,

em parce­ria com a

ASSOCIACIÓN DE TRIBUNALES ELECTORALES DE LA REPÚBLICA MEXICANA A.C. — ATERM,

A ESCUELA JUDICIAL ELECTORAL E MEXICO — EJE,

e a

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE VALE DOS SINOS — UNISINOS,

com o apoio do CENTRO DE ESTUDOS DE DIREITO ECONOMICO E SOCIAL – CEDES, da COMUNIDADE DOS JURISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA — CJLP, do MESTRADO EM DIREITO DA FACULDADE DE CAMPINAS – FACAMP,

fazem realizar em São Paulo e Por­to Ale­gre, o

SEMINÁRIO INTERNACIONAL

“DEMOCRACIA, CONSTITUCIONALISMO GLOBAL E LATINO AMERICANO E DIREITO ELEITORAL”

e

“DEMOCRACIA, DIREITOS HUMANOS E CRISES SETORIAIS.”

 

DATA: 10 de ABRIL de 2023

HORÁRIO: DAS 17:30h às 21h

LOCAL: CEDES — Av. Nove de Jul­ho, 4559 —  São Paulo — São Paulo

 

PROGRAMAÇÃO:

 

17:30h –  ABERTURA E COMPOSIÇÃO DA MESA

18h – ALFREDO ATTIÉ JR – Desem­bar­gador no Tri­bunal de Justiça de São Paulo e Pres­i­dente Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas: “DEMOCRACIA INTERNACIONAL E CONSTITUCIONALISMO GLOBAL” ; e

18:20h — IRINA GRACIELA CERVANTES BRAVO – Mag­istra­da Pres­i­den­ta de la Aso­ciación de Tri­bunales Elec­torales de la Repúbli­ca Mex­i­cana A.C.

18:40h — ARACELI YHALÍ CRUZ VALLE – Mag­istra­da del Tri­bunal Supe­ri­or de Jus­ti­cia Elec­toral: “ACCIONES AFIRMATIVAS EN DERECHO ELECTORAL

19h — CÉSAR LORENZO WONG MERAZ – Coor­di­nador de Capac­itación y de Inves­ti­gación de la Escuela Judi­cial Elec­toral del TEPJF, para Autori­dades Elec­torales Locales

19:20H – FAUZI HASSAN CHOUKR – Pro­mo­tor de Justiça do Esta­do de Sao Paulo e Tit­u­lar da Cadeira Nel­son Hun­gria da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito. Pro­fes­sor do PPGDi­re­ito da FACAMP

19:40h — LEANDRO EDUARDO ASTRAIN BAÑUELOS — Inves­ti­gador de la Uni­ver­si­dad de Gua­na­ju­a­to

20h — JOSÉ LUIZ BOLZAN DE MORAIS -  Procu­rador do Esta­do do Esta­do do Rio Grande do Sul jun­to aos Tri­bunais Supe­ri­ores (STF/STJ]TST). Pro­fes­sor do PPGDi­re­ito da Fac­ul­dade de Dire­ito de Vitória- FDV: “DEMOCRACIA, DESINFORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA BRASILEIRA EM 2022 (TSE/MOE/FDV)”

20:20h — NORMA ANGÉLICA SANDOVAL SÁNCHEZ – Mag­istra­da del Tri­bunal Elec­toral del Esta­do de Puebla

20:40h – LIZBETH XÓCHITL PADILLA SANABRIA — Inves­ti­gado­ra de UNAM

Medi­ado­ra: GABRIELA NIETO CASTILLO – Mag­istra­da del Tri­bunal Supe­ri­or de Jus­ti­cia del Esta­do de Queré­taro

21h – ENCERRAMENTO/ COQUETEL ofer­e­ci­do pelo ACADEMIA PAULISTA DE DIREITO/CEDES

 

 

DATA: 13 DE ABRIL DE 2023

HORÁRIO: DAS 09:30h ÀS 15h

LOCAL: UNISINOS, Auditório Mau­rí­cio Berni e Sala E 11 — 424, São Leopol­do, Rio Grande do Sul

 

PROGRAMAÇÃO:

 

09h –  ABERTURA : Qual o Futuro doa Democracia e dos Direitos Humanos diante das Crises Setoriais

Medi­ador: Prof. Dr. Ander­son Vichinskes­ki Teix­eira

Palestrantes:
Prof. Dr. Alfre­do Attié
Pro­fa. Dra. Edi­lene Lobo
Pro­fa. Dra. Elaine Harzheim Mace­do
Prof. Me. Marce­lo Veiga Beck­hausen

10h — Mesa 1 – Tema: DERECHOS HUMANOS CON ESPECIAL ÉNFASIS EN DERECHOS POLÍTICOS ELECTORALES

Mod­er­adores: Pro­fa. Dra. Jânia Maria Lopes Sal­dan­ha, Prof. Dr. Bernar­do Pen­na e Mtra. Nor­ma Angéli­ca San­doval Sánchez

La Pro­tec­ción de los Dere­chos Políti­co Elec­torales
Dr. Cesar Loren­zo Wong Meráz
(Coor­di­nador de Capac­itación y de Inves­ti­gación de la Escuela Judi­cial Elec­toral del TEPJF, para Autori­dades Elec­torales Locales)

Acciones Afir­ma­ti­vas en Dere­cho Elec­toral
Mtra. Araceli Yhalí Cruz Valle
(Mag­istra­do Sec­re­taria de Estu­dio y Cuen­ta del Tri­bunal Elec­toral del Poder Judi­cial de la Fed­eración de la Sala Supe­ri­or del Tri­bunal Elec­toral del Poder Judi­cial de la Fed­eración)

11h — Mesa 2 — Tema: TUTELA JUDICIAL EFECTIVA ELECTORAL EN TIEMPOS DE CRISIS
Mod­er­adores: Pro­fa. Dra. Claris­sa Tassi­nari, Prof. Dr. Rafael Bar­bosa e Mtro. Leopol­do González Allard

Diál­o­gos Judi­ciales para una tutela judi­cial efec­ti­va
Dra. Iri­na Gra­ciela Cer­vantes Bra­vo
(Pres­i­den­ta de la Aso­ciación de Tri­bunales Elec­torales de la Repúbli­ca Mex­i­cana A.C.)

Aporta­ciones de los órganos juris­dic­cionales elec­torales en Méx­i­co sobre el dere­cho de acce­so a la jus­ti­cia y tutela judi­cial efec­ti­va
Dra. Gabriela Nieto Castil­lo
(Mag­istra­da del Tri­bunal Supe­ri­or de Jus­ti­cia del Esta­do de Queré­taro)

Afectación en el avance de los dere­chos políti­cos elec­torales de las mujeres ante la cri­sis
Mtra. Nor­ma Angéli­ca San­doval Sánchez
(Mag­istra­da del Tri­bunal Elec­toral del Esta­do de Puebla)

13:30 — 15h Mesa de debates 3: Democracia, populismo y sus crisis

Moderadores: Prof. Dr. Marciano Buffon e Dra. Gabriela Nieto Castillo

El papel de los tri­bunales en los tiem­pos de cri­sis democráti­cas
Mtro. Leopol­do González Allard
(Mag­istra­do del Tri­bunal Estatal Elec­toral de Sono­ra)

Los Pop­ulis­mos. Un primer acer­camien­to a su entendimien­to con­cep­tu­al.
Dr. Cres­cen­cio Valen­cia Juárez
(Inte­grante de la Aso­ciación de Tri­bunales Elec­torales de la Repúbli­ca Mex­i­cana)

Democ­ra­cia y cri­sis de salud
Dra. Martha Patri­cia Tovar Pescador
(Mag­istra­da del Tri­bunal Elec­toral del Esta­do de Méx­i­co)

Breves Artigos Caderno Especial Dia Internacional da Mulher 2023

Breves Artigos Caderno Especial Dia Internacional da Mulher 2023

No Mês Inter­na­cional da Mul­her, a Acad­e­mia Paulista de Dire­ito pub­li­ca Cader­no Espe­cial de seus Breves Arti­gos, ded­i­ca­do ao tema, com­pos­to de reflexões de autoras espe­cial­mente con­vi­dadas.

Leia, a seguir, tre­cho do arti­go de apre­sen­tação do vol­ume, “Mun­do Mel­hor, Mun­do Mul­her”,  de auto­ria de seu orga­ni­zador e coor­de­nador, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, Alfre­do Attié, leia o Caderno e veja o Sumário da obra, com a rica con­tribuição de suas autoras.

“Mundo Melhor, Mundo Mulher: Apresentação

Alfredo Attié

Em todo dia Oito de Março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher, dedicando-se o mês de março a atividades e eventos desenhados a chamar a atenção da sociedade internacional para a condição das mulheres e despertar em cada comunidade e em cada pessoa a consciência crítica que permita o engajamento ou o apoio a um processo de mudanças em direção à construção da igualdade efetiva de gêneros.

[…]

A celebração, portanto, faz-se não somente a partir de uma postura crítica, mas sobretudo da afirmação de que a desejável transformação e a superação dos difíceis problemas de violência e desigualdade de gênero decorrem de um processo, que não se resume aos atos e às datas de celebração, mas encontram neles uma oportunidade de balanço e de incentivo para o seguimento do caminho, a partir do que se refletiu e fez e do que precisa ser novamente pensado e realizado.

Foi com o intuito de provocar esse balanço da experiência, que propus às autoras do presente Caderno Especial de Breves Artigos – uma das seções editoriais da Academia Paulista de Direito, que inaugurei, em 2017 -– que, com absoluta liberdade de escolha de tema e de abordagem, escrevessem breves artigos sobre a atualidade do Dia e do Mês Internacional da Mulher.

A leitora e o leitor observarão, portanto, reflexões extremamente ricas e interessantes, que partem de experiências originais, referindo o percurso de cada uma das autoras, no sentido da afirmação de um mundo diferente, que se transmuda a cada dia, em decorrência da atuação e das ideias de cada uma delas, refletidas em seus afazeres, considerados no sentido mais amplo possível.

[…]

 

Breves Arti­gos Cader­no Espe­cial Dia Inter­na­cional da Mul­her

São Paulo Acad­e­mia Paulista de Dire­ito

1ª edição Março de 2023

Alfre­do Attié (org, e coord.)

Sumário

 Mundo Melhor, Mundo Mulher: apresentação — Alfredo Attié 8
MyNews, um canal dirigido e feito por muitas mulheres — Myriam Clark 10
Caminhos, Olhares e Percepções sobre Agrofloresta Urbana Autonomia ZN — Marina Salles Leme de Barros 12
No dia da mulher não quero flores, quero sua atenção — Ju Wallauer 19
Representação Política das Mulheres no Parlamento — Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha 20
Necessidade de educação da sociedade para efetivo exercício da cidadania pelas mulheres — Sabrina Rodrigues Santos 39
Por um Brasil cada vez mais feminista e antirracist — Letícia Lé 42
Lute como uma garota” — Simone Alcantara Freitas 43
Desigualdade de gênero, Constituição e a cruel realidade — Edna Dantas 44
Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero — Valeria Calente 46
O Dia Internacional da Mulher tomado a sério no Direito Internacional — Elaini Cristina Gonzaga da Silva 48
Mulheres Silenciadas — Yakuy Tuoinambá 50
Dia Internacional da Mulher — Cristina Sampaio 51
Razões e Desrazões da Violência contra as Mulheres — Fabíola Araújo, a Cabocla 52
Dia Internacional das Mulheres: o que há para comemorar? — Andrea Moraes 54
Dia Internacional da Mulher: há cura para o vírus da violência? — Daniela Bucci 55
Uma mulher chamada Esperança — Gheysa Mariela Espindola 57
Mais um Março – Comemorar (re)conquistas e seguir Lutando — Angelita da Rosa 59
Mês da Mulher: Momento de Reflexão — Marilena Matiuzzi 62
As mulheres, a natureza e a fé — Erika Gartner Hopfgartner 63
Mulheres estão à mesa. E isso é histórico — Juliana Torres 65
Mulher Negra: uma Conquista de Luta por Direitos, ocupando espaço na sociedade — Lucia de Fatima da Silva Parente 66
É preciso celebrar a mulher que me tornei. — Nasci mulher? Escolhi ser — Adriana C A do Amaral 71
Da licença-maternidade à licença poética para falar sobre sonhos, mulheres e o direito, em 8 de março — Maria Teresa Casadei 73
8 de Março — Rumo a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras 2025, por reparação e justiça racial! — Articulação de Mulheres Negras Brasileiras 75
Turismo, mercado laboral y género: una reflexión en torno a la realidad cubana — Jané Manso Lache 76
Salve a Mulher na Nova Era — Maria Rosa Ravelli Abreu 81
Jornalismo Social e Condição Feminina — Ana Cláudia Guimarães 83
Mulheres na Longa Luta por Reconhecimento de seus Direitos — Sylvia Helena Steiner 85
No mês Dedicado às Mulheres, a Lembrança das Invisíveis — Irene Vida Gala 88
Março e a celebração do Dia Internacional das Mulheres — Ana Luisa Howard de Castilho 90
Manifesto por Juristas Negras no Supremo Tribunal Federal — Firmado por cem entidades da sociedade civil, de movimentos e de  coletivos sociais 92
Às Mulheres — Sonia Chamon 97

 

 

Seminário Internacional “Democracia, Constitucionalismo Global e Latino Americano e Direito Eleitoral”

Seminário Internacional “Democracia, Constitucionalismo Global e Latino Americano e Direito Eleitoral”

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito (APD), Cát­e­dra San Tia­go Dan­tas, em parce­ria com a Asso­ciación de Tri­bunales Elec­torales de la Repúbli­ca Mex­i­cana A.C., a Escuela Judi­cial Elec­toral e a UNISINOS, tor­nam públi­co e con­vo­cam professores/as, pesquisadores/as, estu­dantes, profis­sion­ais da área do Dire­ito, de Econo­mia, Políti­ca, Jor­nal­is­mo, Serviço Social, Ciên­cias Humanas, Ciên­cias Soci­ais, Humanidades, Filosofia e de out­ras áreas de con­hec­i­men­to inter­es­sadas no tema “DEMOCRACIA, CONSTITUCIONALISMO GLOBAL E LATINO AMERICANO E DIREITO ELEITORAL”, para par­tic­i­par do Sem­i­nário Inter­na­cional e do proces­so sele­ti­vo de arti­gos para pub­li­cação em obra espe­cial orga­ni­za­da pela POLIFONIA – REVISTA INTERNACIONAL DA ACADEMIA PAULISTA DE DIREITO – CAPES/QUALIS A3.

O even­to será real­iza­do na cidade de São Paulo, Cap­i­tal, e na cidade de Por­to Ale­gre, nos dias 10 a 14 de Abril de 2023.

O Edi­tal pode ser encon­tra­do em: https://apd.org.br/seminario-internacional-democracia-constitucionalismo-global-e-latino-americano-e-direito-eleitoral-edital/.

Inscrições pelo link: https://www.sympla.com.br/evento-online/seminario-internacional-democracia-constitucionalismo-global-e-latino-americano-e-direito-eleitoral/1920027.

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

Espe­cial­mente escrito para a Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, no Dia Inter­na­cional para a Elim­i­nação da Dis­crim­i­nação Racial, o arti­go de Matilde Ribeiro, que foi Min­is­tra da Igual­dade Racial, durante o Gov­er­no Lula, e é Pro­fes­so­ra da Uni­ver­si­dade da Inte­gração Inter­na­cional da Luso­fo­nia Afro-Brasileira — Uni­lab, ref­ere a neces­si­dade de realizar a inter­seção entre raça/etnia, gênero e classe social, a par­tir das per­spec­ti­vas integradas da teo­ria, dos sen­ti­men­tos e das sub­je­tivi­dades, no cam­in­ho de luta e nego­ci­ação para garan­tir justiça e dire­itos raci­ais, para ampli­ar e con­quis­tar a cidada­nia.

O dia 21 de mraço foi escol­hi­do para mar­car o ativis­mo e cor­agem do movi­men­to pelo fim da dis­crim­i­nação, em 1966, pela ONU — Res­olução 2142 (XXI) —, três anos após a Declar­ação sobre a Elim­i­nação de Todas as For­mas de Dis­crim­i­nação Racial de sua Assem­bleia Ger­al, e seis anos após o Mas­sacre do bair­ro de Sharpeville, em Johanes­bur­go, África do Sul, em que o regime do apartheid reprim­iu man­i­fes­tação legí­ti­ma do povo con­tra o con­t­role de sua liber­dade e de seu dire­ito de ir e vir.

 

Leia a seguir o impor­tante arti­go.

 

É preciso ser contra todas as formas de discriminação e construir a eqüidade

 

Matilde Ribeiro

 

 

Ao tratar da inter­seção entre raça/etnia, gênero e classe social, é impor­tante avançar­mos nas anális­es teóri­c­as e políti­cas, mas tam­bém não deixar de fora os sen­ti­men­tos e sub­je­tivi­dades. Nesse caso, apre­sen­to a poe­sia que escrevi em 2021 — DONA DE SI E DO MUNDO:

 

Mul­her negra é dona de si,

mas não nasce com esse saber.

O mun­do lhe diz não,

parece que seu des­ti­no é sofreguidão

Sim… mul­her negra é dona de si,

e se não nasceu saben­do,

se a mesquin­hez humana lhe escon­deu esse seg­re­do,

deve ficar aten­ta aos acenos do ven­to,

que a levarão ao lugar de si própria.

 

Ser DONA DE SI E DO MUNDO, é uma con­strução nada fácil, seja indi­vid­ual ou cole­ti­va­mente. Por isso é impor­tante a atenção nos acon­tec­i­men­tos cotid­i­anos – no mês de março são comem­o­radas duas datas que pos­i­ti­vam situ­ações extrema­mente emblemáti­cas para a humanidade, emb­o­ra ela insista não se impor­tar. As situ­ações são as dis­crim­i­nações históri­c­as das mul­heres, dos negros, dos indí­ge­nas e tan­tos out­ros gru­pos. As datas são: 8 de março (Dia Inter­na­cional da Mul­her) e 21 de março (Dia Inter­na­cional Con­tra Todas as For­mas de Dis­crim­i­nação Racial), ambas insti­tuí­das pela ONU – Orga­ni­za­ção das Nações Uni­das! Mas não bas­ta ape­nas comem­o­rar, é necessário dar impul­sos con­cre­tos visan­do à igual­dade e justiça social e racial.

Infe­liz­mente, a rev­elia de for­mu­lações anun­ci­ado­ras de igual­dade e justiça, a sociedade repete suas fac­etas dis­crim­i­natórias, sendo impor­tante reforçar refer­ên­cias para impul­sos democráti­cos no Brasil e no mun­do. Nesse sen­ti­do, desta­ca-se em 21 de março de 1960, o mas­sacre em Joanes­bur­go, na África do Sul. Nes­sa ocasião, 20.000 pes­soas fazi­am um protesto con­tra a “Lei do Passe”, no perío­do do apartheid. Mes­mo tratan­do-se de uma man­i­fes­tação pací­fi­ca, a polí­cia abriu fogo sobre a mul­ti­dão desar­ma­da resul­tan­do em 69 mor­tos e 186 feri­dos. Em respos­ta, como ati­tude con­tra­ditória e denún­cia a este mas­sacre a – ONU – insti­tu­iu 21 de março o Dia Inter­na­cional de Luta con­tra a Dis­crim­i­nação Racial.

E, por falar em impul­sos de lutas e mudanças conc­re­tas, as comem­o­rações inspi­ram para revisões da história brasileira e das local­i­dades, do pon­to de vista racial. Hoje como morado­ra de Fortaleza/CE, vou grad­ual­mente me envol­ven­do com a história do Esta­do. Ao bus­car aprox­i­mações, deparo-me com a existên­cia de per­son­agens pouco recon­heci­dos: Pre­ta Tia Simoa, que foi per­son­agem fun­da­men­tal para a abolição da escrav­iza­ção de negros, e, Fran­cis­co José do Nasci­men­to o “Dragão do Mar” um práti­co da bar­ra que virou líder dos jan­gadeiros for­t­alezens­es e tam­bém nacional.

É impor­tante obser­var que as histórias de lutas e con­quis­tas ocor­rem há sécu­los. No entan­to, nos­so país é prat­i­cante do epis­temicí­dio (não recon­hec­i­men­to de pes­soas e fatos) moti­va­do pela infe­ri­or­iza­ção prove­niente do racis­mo e do machis­mo, que tor­nam as pes­soas negras, sub­or­di­nadas às bran­cas, moti­vadas pela visão de tri­un­fo dos europeus.

Ao retomar as histórias das abolições – em Redenção/CE (em 1884, como a primeira provín­cia a ofi­cializar o fim da escravidão) e a Lei Áurea (em 1888), ver­i­fi­camos que pas­sa­dos mais de 130 anos depois das abolições, a pop­u­lação negra ain­da se encon­tra dis­tante da con­quista de dire­itos cidadãos e da vivên­cia com equidade.

Ativis­tas e int­elec­tu­ais negras/os e brancas/os com­pro­meti­dos com o enfrenta­men­to às desigual­dades, ali­men­tam ao lon­go da história denun­cias a esse desca­so. Mas só tiver­am suas vozes ecoadas tar­dia­mente, ape­nas a par­tir do final dos anos 1980, quan­do são ini­ci­adas algu­mas exper­iên­cias de cri­ação de órgãos de igual­dade racial. A primeira exper­iên­cia estad­ual foi no Rio de Janeiro, em 1991, com a SEDEPRON — Sec­re­taria Extra­ordinária de Defe­sa e Pro­moção das Pop­u­lações Negras, no Gov­er­no Leonel Brizo­la, ten­do como Secretário, o líder Abdias do Nasci­men­to.

Mes­mo com a vivên­cia de con­tradições políti­cas quan­to ao não recon­hec­i­men­to e val­oriza­ção da existên­cia de negros por parte da sociedade, o Gov­er­no do Esta­do do Ceará tem nos últi­mos tem­pos, desen­volvi­do exper­iên­cias de ações voltadas à igual­dade racial, como a “Cam­pan­ha Ceará sem Racis­mo, Respeite Min­ha História, Respeite Min­ha Diver­si­dade”, a par­tir de 2021 pela Coor­de­nação Espe­cial Políti­cas Públi­cas para a Pro­moção da Igual­dade Racial. E, ini­cia a gestão em 2023, crian­do a DECRIN — Del­e­ga­cia de Repressão aos Crimes por Dis­crim­i­nação Racial, Reli­giosa ou Ori­en­tação Sex­u­al da Polí­cia Civ­il do Ceará (PC-CE) e a SEIR — Sec­re­taria da Igual­dade Racial do Ceará.

Em âmbito Fed­er­al, nas últi­mas décadas, a respostas mais efe­ti­vas, foram a cri­ação – em 1988, da FCP – Fun­dação Cul­tur­al Pal­mares, e, em 2003, a SEPPIR Sec­re­taria Espe­cial de Políti­ca de Pro­moção da Igual­dade Racial. Em 2023, a exper­iên­cia da SEPPIR, que foi trans­for­ma­da no Min­istério da Igual­dade Racial (na ter­ceira gestão do Pres­i­dente Luís Iná­cio LULA da Sil­va). É impor­tante, no entan­to, a com­preen­são de que a cri­ação da Políti­ca de Igual­dade Racial, deve con­sid­er­ar a luta históri­ca desen­volvi­da pelo Movi­men­to Negro e orga­ni­za­ção de mul­heres negras, visan­do à inclusão social, políti­ca e econômi­ca da pop­u­lação negra.  

A cri­ação dess­es órgãos, pos­si­bili­ta a real­iza­ção de muitas ações propos­i­ti­vas foram real­izadas, fazen­do girar o vetor, no sen­ti­do favoráv­el, ao com­bate às dis­crim­i­nações e ao racis­mo, mes­mo que os perío­dos das gestões gov­er­na­men­tais sejam insu­fi­cientes para garan­tir respostas mais abrangentes, diante das maze­las históri­c­as do machis­mo, racis­mo, LGBT­fo­bia entre out­ras tan­tas for­mas de dis­crim­i­nações e exclusões. As bases estru­tu­rais para a existên­cia dess­es órgãos foram a Con­venção Inter­na­cional sobre Elim­i­nação de Todas as For­mas de Dis­crim­i­nação, o Pro­gra­ma Brasil sem Racis­mo, a Declar­ação e Plano de Ação de Dur­ban, e, mais recen­te­mente, a Declar­ação Inter­amer­i­cana Con­tra Todas as For­mas de Dis­crim­i­nação.

Assim, há 20 anos, ini­ciou-se um novo ciclo na admin­is­tração públi­ca brasileira, no que diz respeito às políti­cas de pro­moção da igual­dade racial, e, a relação com os min­istérios, visan­do a garan­tia da trans­ver­sal­i­dade na con­strução das políti­cas públi­cas. Ocor­reu a pro­mul­gação de leis como a da obri­ga­to­riedade do ensi­no da história e cul­tura afro-brasileira no ensi­no públi­co e pri­va­do (10.639/03); o Progra­ma Uni­ver­si­dade para Todos — Prouni (con­cessão de bol­sas a alunos pobres, indí­ge­nas e negros — 11.096/05); as Cotas nas Uni­ver­si­dades Públi­cas (aces­so a alunos pobres, indí­ge­nas e negros — 12.711/12); a PEC das Domés­ti­cas (66/2012) e Lei Com­ple­men­tar 150 referindo-se a con­quista de jor­na­da de tra­bal­ho de 8 horas, licença e salário mater­nidade, aux­ilio doença, aposen­ta­do­ria por invalidez, idade e tem­po de con­tribuição, aux­ilio aci­dente de tra­bal­ho, pen­são por morte entre out­ras. Desta­cam-se, ain­da, as ini­cia­ti­vas com relação ao Con­ti­nente Africano, sendo impul­sion­a­da em várias áreas da políti­ca públi­ca.

Pas­samos por um árduo perío­do de desmonte das políti­cas, com os gov­er­nos dos pres­i­dentes Michel Temer e Jair Bol­sonaro, entre 2016 e 2022. Porém, a com­preen­são de que a políti­ca faz parte de uma real­i­dade dinâmi­ca, fez com que a sociedade brasileira, moti­va­da pelos movi­men­tos soci­ais com caráter pro­gres­sista e democráti­co,  bus­casse ener­gias para lutas e enfrenta­men­tos com os setores con­ser­vadores e de dire­i­ta! Com isso, foi reforça­do o esper­ançar, e a crença na importân­cia do reforço às lutas cotid­i­anas para garan­tia de dire­itos democráti­cos e justiça social, for­t­ale­cen­do a utopia de ampli­ação das con­quis­tas, e, aci­ma de tudo, inves­ti­men­to em mudanças estru­tu­rais.

Ess­es exem­p­los nos fazem com­preen­der a importân­cia de que os gov­er­nos locais e o Fed­er­al sejam proa­t­ivos e respon­sáveis em relação à inclusão sócio racial, porém é extrema­mente necessário o recon­hec­i­men­to de que o Movi­men­to Negro e as orga­ni­za­ções de Mul­heres Negras pro­tag­on­i­zam his­tori­ca­mente a luta antir­racista e fem­i­nista. E, ain­da, a expec­ta­ti­va é de que seja man­ti­do e ampli­a­do o inves­ti­men­to nas metodolo­gias e práti­cas de par­tic­i­pação social e de mon­i­tora­men­to e con­t­role das políti­cas públi­cas, ressaltan­do não haver exe­cução, sem orça­men­to públi­co.

Não há dúvi­da que o cam­in­ho da luta e nego­ci­ação para garan­tia de justiça e dire­itos raci­ais é o que ali­men­ta as mudanças e con­quista de cidada­nia. Atuan­do nesse sen­ti­do, estare­mos fazen­do valer os ensi­na­men­tos de Steve Biko (ativista Sul-Africano, mor­to na luta con­tra o apartheid):

 

ou você luta, ou está mor­to!

O Terceiro Excluído

O Terceiro Excluído

Fer­nan­do Had­dad con­ver­sa com Sidar­ta Ribeiro e Vera Iaconel­li sobre o seu novo livro, “O ter­ceiro excluí­do: Con­tribuição para uma antropolo­gia dialéti­ca”, lança­do pela Zahar. A obra mobi­liza os prin­ci­pais debates con­tem­porâ­neos da biolo­gia, da antropolo­gia e da lin­guís­ti­ca e apre­sen­ta novas bases teóri­c­as para a eman­ci­pação humana.

Sai­ba um pouco sobre o autor e os con­vi­da­dos desse debate:

FERNANDO HADDAD é pro­fes­sor do Depar­ta­men­to de Ciên­cia Políti­ca da FFLCH-USP. For­ma­do em dire­ito, mestre em econo­mia e doutor em filosofia, foi min­istro da Edu­cação dos gov­er­nos Luiz Iná­cio Lula da Sil­va e Dil­ma Rouss­eff e prefeito de São Paulo. Pub­li­cou ‘Tra­bal­ho e lin­guagem’ (Edi­to­ra Azougue), ‘O sis­tema soviéti­co’ (Edi­to­ra Scrit­ta) e ‘Em defe­sa do social­is­mo’ (Edi­to­ra Vozes), entre out­ros livros.

SIDARTA RIBEIRO é mestre em biofísi­ca, doutor em com­por­ta­men­to ani­mal e pós-doutor em neu­rofi­si­olo­gia, pro­fes­sor tit­u­lar de neu­ro­ciên­cia e fun­dador do Insti­tu­to do Cére­bro da UFRN. Pub­li­cou mais de cem arti­gos cien­tí­fi­cos em per­iódi­cos inter­na­cionais e é autor de ‘Son­ho man­i­festo’, ‘O orácu­lo da noite’ e ‘Lim­i­ar’ pela Com­pan­hia das Letras.

VERA IACONELLI é psi­canal­ista, mestre e douto­ra em Psi­colo­gia pela Uni­ver­si­dade de São Paulo, mem­bra do Insti­tu­to Sedes Sapi­en­ti­ae e da Esco­la do Fórum do Cam­po Laca­ni­ano e dire­to­ra do Insti­tu­to Ger­ar de Psi­canálise. É auto­ra de ‘O mal estar da mater­nidade’ (Edi­to­ra Zagodoni) e ‘Como cri­ar fil­hos no sécu­lo XXI’ (Edi­to­ra Con­tex­to).

Homenagem ao Grupo Prerrogativas

Homenagem ao Grupo Prerrogativas

Grupo Prerrogativas e a Autenticidade do Direito

Alfredo Attié

Se os juris­tas autên­ti­cos estivessem ausentes da história do Brasil, estaríamos difi­cil­mente per­fi­la­dos entre as maiores democ­ra­cias do mun­do.

aut­en­ti­ci­dade[i]  dos juris­tas — ter­mo que abrange todos, todas e todes os que fazem do dire­ito a sua profis­são ou são voca­ciona­dos a exercer suas várias tare­fas práti­cas e teóri­c­as, e con­sidero prefer­ív­el, exata­mente por sua lig­ação com a ideia da vocação da justiça, aos usuais profis­sion­ais e oper­adores do dire­ito — sem dis­tinção, está em sua vin­cu­lação com o con­tex­to das relações políti­co-jurídi­cas, ou seja, a con­sti­tu­ição.

Essa vin­cu­lação não é tare­fa fácil num país como o nos­so, inseri­do em difí­cil momen­to inter­na­cional, no qual o teci­do do proces­so civ­i­liza­cional parece esgarçar-se, e a ten­tação de servir à mino­ria de pes­soas e gru­pos poderosos é cres­cente.

Na história brasileira, sem­pre despon­taram ess­es juris­tas, mul­heres e home­ns que, com o sac­ri­fí­cio dos inter­ess­es pes­soais, com­preen­der­am o chama­do da justiça e empen­haram-se, com cor­agem, em lutar pelos val­ores que con­stituem o espaço comum e pelo povo que, em sua maio­r­ia, este afas­ta­do dos bens con­sti­tuí­dos naque­le proces­so de civ­i­liza­ção. Lutar, por­tan­to, para inte­grar, faz­er inserir nesse proces­so mais vozes, novos dire­itos, difer­entes expressões. Luta, sim, porque se dá em meio a condições sem­pre difí­ceis, encam­in­han­do sua car­ac­ter­i­za­ção no for­ma de resistên­cia, no impedir que gan­hos democráti­cos se des­façam diante do con­stante ataque de forças anti­con­sti­tu­cionais — que se insin­u­am, lamen­tavel­mente, tam­bém no inte­ri­or do próprio dire­ito, tornando‑o inautên­ti­co: desagre­gador, exclu­dente, instru­men­to da dom­i­nação.

Na história recente, para a boa ven­tu­ra brasileira, muitos se lev­an­taram para diz­er não aos que pre­tender­am, com algum êxi­to, todavia, levar o País a aban­donar seu cur­so de con­strução democráti­ca e de aliança à Ordem Inter­na­cional dos Dire­itos.

Aqui está o Pre­rrog­a­ti­vas, grupo de juris­tas que se reuniu de modo infor­mal, mas inten­sa­mente afir­ma­ti­vo, a pon­to de inven­tar um novo modo de insti­tu­cional­iza­ção, que con­sidero mes­mo mais autên­ti­co do que os exis­tentes. Sem­pre cri­tiquei, aliás, essa maneira estran­ha como as profis­sões do dire­ito se orga­ni­zaram no Brasil, crian­do gru­pos sep­a­ra­dos de pre­ten­sa rep­re­sen­tação, em real­i­dade, sementes de con­stante seg­re­gação e con­sti­tu­ição de inter­ess­es e pau­tas cor­po­ra­ti­vas, isto é, con­trárias ao que dev­e­ria ser a vocação jurídi­ca, que não é um fim em si, mas instru­men­to e matéria da justiça que é, des­de a Antigu­idade — no que diz respeito ao mun­do glob­al­iza­do — e na for­ma de con­cepção e con­sti­tu­ição de mun­do dos povos indí­ge­nas ou orig­inários, o ver­dadeiro motor da políti­ca.

Ten­ho a hon­ra de faz­er parte, como colab­o­rador, do Pre­rrô, con­vi­da­do que fui por queri­do ami­go, que hon­ra os quadros da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, o Pro­fes­sor e Advo­ga­do Mau­rides Ribeiro. No Grupo, tive o praz­er de acom­pan­har e con­viv­er com ami­gas e ami­gos, par­tic­i­par das impor­tantes ini­cia­ti­vas de defe­sa da democ­ra­cia e dos dire­itos humanos que con­cretizamos, sem­pre sob a bat­tuta de Mar­co Aurélio de Car­val­ho, Gabriela Araújo e Fabi­ano Sil­va dos San­tos, com a par­tic­i­pação, na coor­de­nação, de Bruno Salles RibeiroPedro Car­riel­lo, Gabriel Sam­paio,
Ana Amélia Mas­caren­hasSheila de Car­val­ho Gus­ta­vo Conde.

Tam­bém tive a hon­ra de con­tar com a par­tic­i­pação do Pre­rrô nas ini­cia­ti­vas da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, como foi o impor­tante caso da Ação de Inca­paci­dade de Jair Bol­sonaro, que teve a par­tic­i­pação, no grupo de Advo­ga­dos e Advo­gadas, de Mau­ro Menezes, sob a indi­cação de Mar­co Aurélio de Car­val­ho.

Estiver­am lado a lado Pre­rrô e APD, tam­bém, em momen­tos impor­tantes da resistên­cia con­tra atos dita­to­ri­ais e de desvir­tu­a­men­to das eleições, como foi a Nova Car­ta a Brasileiros e Brasileiras, na Fac­ul­dade de Dire­ito do Largo São Fran­cis­co, na cel­e­bração da resistên­cia à invasão da PUC.SP, no TUCA. E em atos de cel­e­bração, como o lança­men­to do livro do mar­avil­hoso fotó­grafo da democ­ra­cia Ricar­do Stuck­ert, ou no TUCA, nova­mente, para acom­pan­har a con­cretiza­ção da União Democráti­ca, que, a duras penas, super­ou o golpe dita­to­r­i­al várias vezes ten­ta­do, no cur­so dos últi­mos qua­tro anos.

O Grupo con­ta com tan­tos val­ores impor­tantes que receio come­ter injustiças, no arro­la­men­to de seus mem­bros, mas não se pode deixar de destacar os inspi­radores e inspi­rado­ras de seus ideias, como Sig­maringa Seixas, o Acadêmi­co da APD Anto­nio Clau­dio Mariz de Oliveira, os queri­dos Pro­fes­sores Wei­da Zan­canerCel­so Anto­nio Ban­deira de Mel­lo, cujo pai esteve entre os Fun­dadores da APD, assim como o pai de Anto­nio Clau­dio, ambos, Valde­mar Mariz de Oliveira e Oswal­do Aran­ha Ban­deira de Mel­lo, desem­bar­gadores do Tri­bunal de Justiça de São Paulo, na época da fun­dação.

Dá von­tade de gri­tar os nomes de toda a bra­va gente do Pre­rrô, mas, para rep­re­sen­tar cada uma e cada um, refiro aque­les e aque­las que estão mais próx­i­mos de mim, pela amizade, admi­ração que lhes devo­to, real­iza­ção de ativi­dades comuns e, tam­bém, pre­sença na APD, Juarez Tavares, Lênio Streck, Esther Flesch, Alber­to Toron, Anna Cân­di­da, Angeli­ta da Rosa, Kakay, Arnóbio Rocha, Luzia Can­tal, Caio Leonar­do, Cesar Pimentel, Car­ol Proner, Álvaro Gon­za­ga, Ana Amélia Camar­gos, Con­ra­do Gon­ti­jo, Cris­tiano Maron­na, Fabio Gas­par , Fábio Mariz, Fábio Tof­ic, Fer­nan­do Had­dad, Fer­nan­do Lac­er­da, Gabriela Gastal, Gabriela Zan­caner, Georghio Tomelin, Ger­al­do Pra­do, Giselle Cit­tadi­no, Gise­le Ricobom, Felipe San­ta Cruz,  Fer­nan­do Fer­nan­des, Fer­nan­do Neiss­er, Flavia Rahal, Gilber­to Car­val­ho, Heleno Tor­res, José Eduar­do Car­do­zo, José Rober­to Bato­chio, Juliana Souza, Leonar­do Yarochevsky, Luciana Worms, Luciana Boi­teux,  Luiz Guil­herme Vieira, Luciano Duarte, Luís Car­los Moro, Luiz Eduar­do Soares, Mag­da Biavaschi, Marce­lo Nobre, Mar­cia Maria Fer­nan­des Semer, Pedro Ser­ra­no, Mar­cio Felippe, Mar­gari­da Lacombe Macha­do, Maria Lúcia Karam, Michel Sal­i­ba, Môni­ca de Melo, Nana Oliveira, Michel Sal­i­ba, Marce­lo Cat­toni, Miguel Pereira, Ney Stroza­ke, Otavio Pin­to e Sil­va, Paula Losa­da, Paulo Teix­eira, Pietro Alar­cón, Sil­vio Ser­ra­no, Rafael Favet­ti, Rober­to Tardel­li, Rodri­go Mudrovitsch, Rubens Casara, Rui Fal­cão, Sepúlve­da Per­tence, Ser­gio Renault, Sil­vio Almei­da, Sheila de Car­val­ho, Técio Lins e Sil­va, Sil­via Souza, Vanes­sa Grazz­i­otin, Vicente Can­di­do, Taube Gold­en­berg, Wadih Damous, Wil­son Ramos “Xixo“Filho.

Segun­do Mar­co Aurélio, o Grupo nasceu da indig­nação con­tra a injustiça, que “causa uma sen­sação físi­ca nauseante,“e se ali­men­tou da “tro­ca de ideias,” crescen­do “com o propósi­to de apre­sen­tar con­trapon­tos e faz­er um reg­istro históri­co” de um momen­to cru­cial da vida brasileira.

Hoje, o Pre­rrô recebe a Sal­va de Pra­ta da Câmara de Vereadores e Vereado­ras de São Paulo.

É uma hom­e­nagem impor­tante, um recon­hec­i­men­to emo­cio­nante. A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito estará pre­sente, assim como acom­pan­harão a cer­imô­nia a Democ­ra­cia, a Justiça e, com certeza, o Povo Brasileiro.

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[i] Sobre aut­en­ti­ci­dade, ver ATTIÉ, Alfre­do. “Anti­con­sti­tu­cional­i­dade e Antipolíti­ca” in Revista Democ­ra­cia e Dire­itos Fun­da­men­tais n. 7, 4 de agos­to de 2021,  Por­to Ale­gre: Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas, em https://direitosfundamentais.org.br/anticonstitucionalidade-e-antipolitica/, aces­so em 07/03/2023.

 

 

Nova Carta aos Brasileiros e Situação da FIESP

Nova Carta aos Brasileiros e Situação da FIESP

No arti­go a seguir, “Cidada­nia e FIESP”, o Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, Alfre­do Attié, anal­isa a crise da prin­ci­pal enti­dade de rep­re­sen­tação empre­sar­i­al brasileira, relacionando‑a ao con­tex­to da crise políti­ca.

Para Attié, há neces­si­dade de a democ­ra­cia per­me­ar as estru­turas e as insti­tu­ições da sociedade brasileira, para além de sua pre­sença no espaço públi­co.

Leia a ínte­gra da con­tribuição, a seguir.

 

Cidadania e Federação das Indústrias de São Paulo

Alfre­do Attié

 

Em 11 de agos­to de 2022, no Salão Nobre e no Pátio das Arcadas da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade de São Paulo, a sociedade civ­il e os movi­men­tos soci­ais e políti­cos brasileiros reuni­ram-se para cel­e­brar a Car­ta aos Brasileiros — que Gof­fre­do da Sil­va Telles havia redigi­do e lido, 45 anos antes, no mes­mo Largo São Fran­cis­co — e realizar a leitu­ra da Nova Car­ta a Brasileiros e Brasileiras.

A primeira Car­ta cla­ma­ra cora­josa­mente pela rede­moc­ra­ti­za­ção do Brasil, no bojo de movi­men­to de resistên­cia à ditadu­ra civ­il-mil­i­tar, que ain­da per­du­raria até 1985/1986. A segun­da rep­re­sen­ta­va uma toma­da de posição em defe­sa e afir­mação do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, insti­tuí­do pela Con­sti­tu­ição Cidadã de 1988, con­tra as ten­ta­ti­vas de sua sub­ver­são e mes­mo sus­pen­são lev­adas a cabo por um regime anti­con­sti­tu­cional,[1] que, assim como, des­de o iní­cio de sua mil­itân­cia con­tra a democ­ra­cia e o império da lei,  bus­ca­va suprim­ir e desre­speitar dire­itos, deveres e políti­cas públi­cas deter­mi­na­dos pela Con­sti­tu­ição, naque­le momen­to pun­ha em xeque a real­iza­ção de eleições livres e a man­i­fes­tação pop­u­lar.

A segun­da Car­ta rece­beu o apoio de impor­tantes rep­re­sen­tantes de todos os estratos da sociedade civ­il, sobre­tu­do de enti­dades líderes dos setores empre­sar­i­al e tra­bal­hador, ten­do sido, inclu­sive, divul­ga­da nos prin­ci­pais jor­nais do País.

À frente dessa ini­cia­ti­va esta­va, ao lado das prin­ci­pais con­fed­er­ações e sindi­catos lab­o­rais, a FIESP, rep­re­sen­tan­do o empre­sari­a­do brasileiro, assu­min­do, assim, pro­tag­o­nis­mo democráti­co – mal­gra­do impar­cial e apartidário –, defend­en­do as insti­tu­ições repub­li­canas e as práti­cas democráti­cas.

É pre­ciso salien­tar esse caráter orig­i­nal e val­orizar a cor­agem que envolve, ao super­ar perío­do lon­go de hes­i­tação diante de práti­cas aten­tatórias ao espíri­to de liber­dade e de com­pro­me­ti­men­to solidário que deve car­ac­teri­zar o empreende­doris­mo con­tem­porâ­neo. A Fed­er­ação das Indús­trias paulista alin­ha­va-se com os defen­sores dos ideias e dos val­ores con­sti­tu­cionais democráti­cos, pon­do-se con­tra o extrem­is­mo anti­con­sti­tu­cional, em pos­tu­ra de dig­nidade políti­ca.

A FIESP reúne aprox­i­mada­mente cinquen­ta e duas unidades rep­re­sen­ta­ti­vas, no Esta­do de São Paulo, de cen­to e trin­ta e três sindi­catos empre­sari­ais e cen­to e trin­ta mil indús­trias, respon­sáveis por val­or supe­ri­or a quarenta por cen­to do Pro­du­to Inter­no Bru­to brasileiro. Foi fun­da­da em 1931, por ini­cia­ti­va, entre out­ros, de Rober­to Simon­sen, no bojo do movi­men­to cívi­co-cul­tur­al que cri­aria a Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São Paulo, em 1933, e a Uni­ver­si­dade de São Paulo, em 1934. Ao lado do Serviço Social da Indús­tria e do Serviço Nacional de Apren­diza­gem Indus­tri­al paulis­tas, e de seus equipa­men­tos edu­ca­cionais e cul­tur­ais, como o Cen­tro Ruth Car­doso e o Teatro Pop­u­lar do SESI, real­iza políti­cas de extrema importân­cia para a con­sol­i­dação do desen­volvi­men­to brasileiro e con­ti­nen­tal, para a defe­sa da livre ini­cia­ti­va, para a con­strução de espaço solidário de con­vivên­cia nos setores econômi­co, cul­tur­al e social, e para a real­iza­ção de ino­vações no cam­po da pro­dução, ade­quadas à sus­tentabil­i­dade e à inter­sec­cional­i­dade respon­sáv­el por pro­je­tos de igual­dade e inclusão no tra­bal­ho e na pro­dução.

No sen­ti­do, por­tan­to, do que rep­re­sen­ta para a cidada­nia brasileira, não é pos­sív­el igno­rar o sen­sív­el momen­to pelo qual pas­sa, assim reafir­man­do o com­pro­mis­so com o Esta­do Democráti­co de Dire­ito e seus laços com a sociedade civ­il e com os movi­men­tos e as ini­cia­ti­vas volta­dos à defe­sa da Con­sti­tu­ição e do império da lei, no âmbito públi­co e no setor pri­va­do.

É pre­ciso, pois, não ape­nas prestar sol­i­dariedade à ini­cia­ti­va de enga­ja­men­to legí­ti­mo da enti­dade, na defe­sa da dig­nidade da políti­ca democráti­ca, mas igual­mente defend­er que seu proces­so de gov­er­nança cor­re­spon­da à expec­ta­ti­va da sociedade brasileira, no momen­to de recon­strução insti­tu­cional democráti­ca pelo qual pas­samos.

Focos de resistên­cia e ameaça soci­etal e estatal à restau­ração con­sti­tu­cional ple­na devem ser trata­dos pronta­mente segun­do dita­mes de con­vivên­cia jurídi­ca e políti­ca, impedin­do que obsta­c­ulizem o cur­so de nos­sa história de con­strução vence­do­ra da democ­ra­cia, ini­ci­a­do em 1988.

Não há super­ação da crise indus­tri­al brasileira e glob­al fora do ambi­ente democráti­co e de respeito às insti­tu­ições, ten­do em vista a necessária inter­ação entre as várias fac­etas da vida social. No âmbito das insti­tu­ições pri­vadas de inter­esse públi­co, como é o caso da FIESP, o respeito aos estatu­tos cor­re­sponde ao pri­ma­do da lei, no ambi­ente públi­co.

A cidada­nia brasileira[2] espera que todas as insti­tu­ições, da sociedade e do Esta­do, assumam com­pro­mis­so com os man­da­men­tos con­sti­tu­cionais, aban­do­nan­do a fal­sa polar­iza­ção e o incen­ti­vo ao ódio que car­ac­teri­zaram a vida públi­ca nos últi­mos qua­tro anos. Não deve haver tol­erân­cia em relação ao pre­ten­so polo anti­con­sti­tu­cional, em ver­dade de pre­sença ina­ceitáv­el no dis­cur­so e na práti­ca democráti­cos. Divergên­cias não devem encam­in­har a extrem­is­mo e não podem levar ao desliga­men­to da ordem jurídi­ca.

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NOTAS

[1] ATTIÉ, Alfre­do. Brasil em Tem­po Acel­er­a­do: Políti­ca e Dire­ito. São Paulo: Tirant, 2021.

[2] ATTIÉ, Alfre­do. Dire­ito Con­sti­tu­cional e Dire­itos Con­sti­tu­cionais Com­para­dos. São Paulo: Tirant, 2023, em vias de lança­men­to.

Como Fazer Filosofia

Como Fazer Filosofia

Em LEItu­rA, episó­dio do pod­cast Filosofia Pop, o Pro­fes­sor Mar­cos de Car­val­ho Lopes, da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de Jataí-Goiás — UFJ recebe Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Doutor em Filosofia da USP, para uma con­ver­sa sobre como ler ou sobre como não ler Mon­tesquieu.

Segun­do Lopes, a pro­pos­ta é “traz­er pes­soas que nos aju­dem na aprox­i­mação e abor­dagem de deter­mi­na­dos autores, temas e questões.

A ideia do episó­dio surgiu após assi­s­tir o Poro­ro­ca de Chorume#09, episó­dio de série no YouTube, com Ian Neves e João Car­val­ho, em que pre­tender­am apre­sen­tar Mon­tesquieu, afir­man­do que seria um autor racista, mis­ógi­no, pedó­fi­lo e colo­nial­ista (sic).

Nada mel­hor, então, do que con­vi­dar nova­mente Attié, que falou sobre seu livro Mon­tesquieu: Tópi­ca das Paixões e Esti­lo Moral­iste, no Episó­dio 173 do Filosofia Pop, para nos aju­dar a pen­sar a como ler esse autor.

Assista, aqui ao video orig­i­nal, ou a seguir:

O site do Filosofia Pop, que traz vários episó­dios e entre­vis­tas inter­es­santes sobre filosofia, pode ser apoia­do por meio de doações, no Catarse

POLIFONIA 9 – REVISTA INTERNACIONAL DA ACADEMIA PAULISTA DE DIREITO – Qualis/Capes A3

POLIFONIA 9 – REVISTA INTERNACIONAL DA ACADEMIA PAULISTA DE DIREITO – Qualis/Capes A3

A 9ª edição da revista Poli­fo­nia (Qualis/Capes A3) já está disponív­el. São 15 arti­gos inédi­tos sobre temas diver­sos rela­ciona­dos ao Dire­ito brasileiro e inter­na­cional. Os tex­tos podem ser aces­sa­dos na pági­na da pub­li­cação.

Oswaldo Chade

Oswaldo Chade

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito pres­ta hom­e­nagem ao Advo­ga­do Oswal­do Chade, fale­ci­do no dia vinte e três de fevereiro, aos 84 anos de idade

Profis­sion­al sério e de tra­bal­ho respeita­do no dire­ito e recon­heci­do na vida cor­po­ra­ti­va da advo­ca­cia, foi hom­e­nagea­do pela Ordem dos Advo­ga­dos do Brasil, Seção de São Paulo, por sua pos­tu­ra éti­ca, que expandiu sua admi­ração a toda a sociedade, em seu tra­to sem­pre amis­toso e gen­til

Foi Vice-Pres­i­dente do Insti­tu­to Kanoun — Asso­ci­ação de Juris­tas de Origem Libane­sa, assim como Con­sel­heiro do Insti­tu­to dos Advo­ga­dos de São Paulo,

Kanoun é a translit­er­ação da lín­gua por­tugue­sa para o ter­mo árabe قانون, que derivaria do grego κανών, provavel­mente advin­do de uma palavra assírio-babilôni­ca que sig­nifi­caria, na origem, cana — translit­er­a­da, qanu. Tem o sig­nifi­ca­do de regra jurídi­ca. Foi escol­hi­do para nomear o Insti­tu­to, ten­do em vista a lon­ga tradição de estu­dos e de con­tribuição para o dire­ito das cul­turas fení­cia e árabe. Como afir­ma­va o jurista fení­cio-romano Ulpi­ano, est qui­dem res sanc­tis­si­ma civilis sapi­en­tia , a ciên­cia do dire­ito é uma coisa sagra­da, por ser o dire­ito a arte do bom e do equi­tati­vo (jus est ars boni et aequi).

Toman­do tais princí­pios como norte de sua vida pes­soal e profis­sion­al, Oswal­do Chade muito con­tribuiu, com sua exper­iên­cia e seu exem­p­lo, para a difusão do proces­so civ­i­liza­tório do dire­ito.

Para o Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, “a ama­bil­i­dade e o bom humor sem­pre foram ali­a­dos do ele­va­do sen­so de justiça do Doutor Oswal­do, uma pes­soa sem­pre aber­ta ao novo, muito emb­o­ra preser­van­do os val­ores fun­da­men­tais da existên­cia.