No evento anual de 2021 do grupo de juristas Prerrogativas -criado soba inspiração de importantes advogados e advogadas brasileiros, e para a defesa das garantias constitucionais, sobretudo as de ampla defesa -, realizado em São Paulo, em tradicional restaurante paulistano, estiveram presentes políticos e políticas comprometidos com o Estado Democrático de Direito, sendo a participação mais determinante a do Presidente Luís Inácio Lula da Silva., símbolo da luta democrática internacional e dos avanços em direção ao cuidado e à participação política popular.
A mídia destacou o encontro entre Lula e o Governador Geraldo Alckmin, diante da possível aliança que permitiria a consolidação da resistência e de uma aliança progressista, que favorecesse a retomada do projeto constitucional brasileiro, iniciado em 1988 e concretizado durante a administração de Lula, na Presidência da República. Nesse sentido, o líder do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho destacou o convite feito a todos os políticos e políticas conectados com a democracia, bem como o veto aos que contribuíram para a vitória do projeto fascista ou de extrema-direita que ora empreende um regime anticonstitucional no Brasil.
Como se sabe, por força de uma aliança antidemocrática e antijurídica, Lula foi condenado e levado à prisão, impedido de participar do pleito que determinou a chegada de herdeiros da ditadura civil-miliar ao poder, em decorrência de uma eleição ilegítima.
Em 2021, há muito o que comemorar, sobretudo a liberdade de Lula e o reconhecimento pela justiça da suspeição e incompetência do juiz e e do juízo em que ocorreram tão vergonhosos processo, condenação e prisão.
No contexto de um direito que, no curso da história brasileira, sempre esteve tomado e vocacionado para a defesa dos interesses da elite colonizadora, é de se receber com satisfação a existência de movimentos e coletivos da sociedade, sobretudo na área jurídica, que se contrapõem a essa invasão da esfera da política pelos interesses de minoria ligada a privilégio e ganância no trato das relações econômicas e sociais.
Para o presidente da Academia Paulista de Direito, Alfredo Attié, trata-se da recuperação da esperança, em meio a uma corrente que pode e deve levar à recuperação do caminho de construção da democracia no Brasil e no Mundo. O evento, afirmou, é uma “homenagem justa que o direito presta à democracia.” Segundo Attié, “a conjunção entre direito e democracia é o que pode fazer transformar a justiça brasileira”.
O evento foi, portanto, um exemplo de como o direito deve homenagear e cultuar a democracia, na trilha apontada pelo ordem internacional e pela Constituição que exaltou a Democracia, os Direitos Humanos e o Estado e Direito.