No dia 6 de setem­bro de 2024, o Insti­tu­to Piraci­ca­bano de Estu­dos e Defe­sa da Democ­ra­cia — IPEDD, com trans­mis­são ao vivo, real­i­zou o even­to: Inde­pendên­cia do Brasil e os Desafios do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, às 19h30, em parce­ria com a TV Met­ro­pol­i­tana de Piraci­ca­ba.

O IPEDD é pre­si­di­do pelo Pro­fes­sor Dor­gi­val Hen­rique, for­ma­do em dire­ito pela Uni­ver­si­dade de Brasília, mestre em admin­is­tração pela Fun­dação Getúlio Var­gas, e doutor em edu­cação pela Uni­ver­si­dade Metodista de Piraci­ca­ba — Unimep, uni­ver­sids­de da qual é Pro­fes­sor Tit­u­lar, ten­do entre seus mem­bros fun­dadores o Pro­fes­sor José Macha­do, ex-Prefeito de Piraci­ca­ba, ex-dep­uta­do estad­ual con­sti­tu­inte de São Paulo, e ex-Dep­uta­do Fed­er­al.

O even­to foi coor­de­na­do pelo ex-Pres­i­dente do IPEDD, Pro­fes­sor Ely Eser Bar­reto Cesar, doutor em Filosofia e Teolo­gia, edu­cador e ex-Vice-Reitor da Unimep, e pelo Pro­fes­sor Lino Castel­lani Fil­ho, doutor em Edu­cação pela Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas — Uni­camp, e Pro­fes­sor Livre-Docente dessa mes­ma uni­ver­si­dade paulista.

Falaram sobre o tema a Pro­fes­so­ra Danu­ta Rodrigues, for­ma­da em História e Mes­tran­da em Ensi­no de História na Uni­camp, e Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas.

Alfre­do Attié anal­isou as ori­gens do con­sti­tu­cional­is­mo brasileiro, bus­can­do mostrar como o proces­so de col­o­niza­ção prosseguiu após a chama­da, pela his­to­ri­ografia tradi­cional, “inde­pendên­cia políti­ca”, para ele, a “ficção do sete de setem­bro.” Salien­tou os vários momen­tos da história desse con­sti­tu­cional­is­mo, apon­tan­do o momen­to de rup­tura no momen­to con­sti­tu­inte de 1986/87, que teve resul­ta­do, em impul­so democráti­co inédi­to, a Con­sti­tu­ição de 1988, cuja car­ac­terís­ti­ca pre­dom­i­nante, é a sua “plas­ti­ci­dade”.  Dis­so decor­reu a inserção do sis­tema jurídi­co brasileiro na ordem inter­na­cional dos dire­itos humanos. Para Attié, não se deve falar mais de inde­pendên­cia, mas, sim, de “inter­de­pendên­cia”, resul­ta­do da ideia ino­vado­ra da sobera­nia não mais estatal, mas pop­u­lar ou democráti­ca. Esse insti­tu­cional­is­mo de rup­tura seria a chave para a defe­sa dos povos, em ger­al, e do brasileiro, em par­tic­u­lar, con­tra a nova for­ma de con­fli­to que se esta­b­ele­ceu, no mun­do con­tem­porâ­neo. Os exem­p­los dessa nova guer­ra estari­am nas bus­cas de autono­mias arti­fi­ci­ais de enti­dades de mer­ca­do, inter­no e inter­na­cional,  e das redes dig­i­tais pri­vadas, que bus­cam des­faz­er os lações de igual­dade, liber­dade, cuida­do e sol­i­dariedade, enfim, de con­fi­ança da cidada­nia.

A par­tir dessa apre­sen­tação, Danu­ta Rodrigues, Lino Castel­lani e Ely Eser fiz­er­am inda­gações e inter­venções pon­tu­ais para o enriquec­i­men­to do debate, que con­tou, ain­da, com a par­tic­i­pação ati­va do públi­co.

Assista ao pro­gra­ma, pelo Canal YouTube da TV Met­ro­pol­i­tana de Piraci­ca­ba, cli­can­do neste link, ou a seguir:

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