A Academia Paulista de Direito, por meio de seu Centro Internacional de Direitos Humanos, vinculado à Cadeira San Tiago Dantas — CIDHSP/APD, participou do encontro com a cientista social e ativista norte-americana Patricia Hill Collins, Professora da Universidade de Maryland.
A Academia esteve representada pela Diretora Executiva do CIDHSP/APD e Diretora Editorial, Roberta de Bragança Freitas Attié, e pela Pesquisadora e Coordenadora do Núcleo Abordagens Contemporâneas em Direitos Humanos do CIDHSP/APD. Barbara Gomes dos Santos Barboza.
O encontro, com número seleto de entidades da sociedade civil e de movimentos sociais, ocorreu no Centro de Formação Educação Popular, Cultura e Direitos Humanos da Ação Educativa, tendo sido realizado graças aos esforços da professora Carla Carrochano, da Universidade Federal de São Carlos — UFSCar, no último domingo, dia 3 de novembro de 2019, e teve como tema Democracia, Resistência e Esperança.
Patrícia Collins esteve no Brasil para lançar a tradução brasileira de seu livro Pensamento Feminista Negro: Conhecimento, Consciência e a Política de Empoderamento, publicado em 1990, nos Estados Unidos, assim como para participar de alguns seminários, no SESC-Pinheiros, na Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, na Fundação Rosa Luxemburgo e na Festa Literária das Periferias.
Collins é uma das principais referências internacionais do debate sobre interseccionalidade — perspectiva que articula as discussões e teorias sobre desigualdades de raça, classe social, gênero e outras -, foi a primeira mulher negra a presidir a Associação Americana de Sociologia, e, assim como Angela Davis, tem sustentado que o melhor caminho para fortalecer a resistência política passa por aprofundar o diálogo entre diferentes gerações de ativistas.
Após ter ouvido atentamente as contribuições das representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil, Collins afirmou admirar não apenas a resistência, mas sobretudo o elevado grau de preparo e de atividade dos movimentos sociais brasileiros.
Angela Davis, recentemente, já havia afirmado sua admiração também pelas lideranças brasileiras, não apenas no plano acadêmico, mas igualmente no ambiente dos movimentos.