Em 9 de setem­bro de 2024, segun­da-feira, às 20 horas, em mais um pro­gra­ma da série de Diál­o­gos AMSUR, real­iza­da pelo Insti­tu­to Sul-Amer­i­cano para a Coop­er­ação e a Gestão Estratég­i­ca de Políti­cas Públi­cas — AMSUR, em parce­ria com o Fórum 21 e com a Rede Estação Democ­ra­cia, o tema será “Sobera­nia Nacional: Condição para o Desen­volvi­men­to”, e con­tará com a pre­sença de Rober­to Goulart Menezes e Alfre­do Attié, sob a medi­ação de Anto­nio Car­los Grana­do.

O tema é atu­al e de extrema importân­cia, uma vez que, segun­do expli­cam os orga­ni­zadores, viven­ci­amos, nestes últi­mos dias, uma situ­ação insóli­ta de agressão a nos­sa sobera­nia, em ten­ta­ti­va de manutenção de uma grande rede social inter­na­cional em fun­ciona­men­to no ter­ritório nacional, em desre­speito ao orde­na­men­to legal e con­sti­tu­cional brasileiro. Essa rede, em seu fun­ciona­men­to, mas man­ten­do uma ingerên­cia na ordem nacional, ao abri­gar situ­ações políti­ca e crim­i­nal­mente con­denáveis à luz de nos­so Dire­ito, incen­ti­van­do, por ação ou omis­são, a des­obe­diên­cia civ­il e mes­mo situ­ações poten­cial­mente crim­i­nosas. No caso con­cre­to, o con­fli­to insta­l­a­do acabou sendo trata­do erronea­mente como se fos­se um embate entre “per­son­al­i­dades fortes e diver­gentes” quan­do, de fato, con­sti­tu­iu uma trans­gressão impor­tante à sobera­nia nacional. Esse fato, ape­sar de, em si, mate­ri­alizar uma afronta ina­ceitáv­el, não se con­sti­tui em fato iso­la­do de pre­juí­zo à sobera­nia nacional. Esta, em ver­dade, vem sendo atingi­da por uma série de out­ros fatos conec­ta­dos ao mes­mo grupo econômi­co, extrema­mente del­i­ca­dos, envol­ven­do o con­t­role de ele­men­tos impor­tantes da comu­ni­cação ofi­cial e na própria estru­tu­ra de coman­do mil­i­tar.  Ain­da mais impor­tante, esse fato não é pri­v­a­ti­vo desse con­glom­er­a­do, mas per­pas­sa vari­adís­si­mos temas: o descon­t­role nor­ma­ti­vo do con­jun­to das big techs, a sub­al­ternidade na pro­dução de mate­r­i­al béli­co, a explo­ração de nos­so sub­so­lo, o con­t­role do desen­volvi­men­to cien­tí­fi­co e tec­nológi­co, a entre­ga da Base de Alcân­tara, o alin­hamen­to geopolíti­co automáti­co, etc.

Para explo­rar e apro­fun­dar a análise desse tema, con­tribuirão:

Rober­to Goulart Menezes, Pro­fes­sor Asso­ci­a­do e Vice-Dire­tor do Insti­tu­to de Relações Inter­na­cionais da Uni­ver­si­dade de Brasília e Pesquisador do Insti­tu­to Nacional de Estu­dos sobre os Esta­dos Unidos — INEU/CNPq/FAPESP — e da Rede de Pesquisa em Políti­ca Exter­na e Region­al­is­mo — REPRI.

Alfre­do Attié, jurista, filó­so­fo e escritor, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, da qual é Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas. desem­bar­gador no Tri­bunal de Justiça paulista, Pro­fes­sor e Pesquisador da Esco­la Paulista da Mag­i­s­tratu­ra, colab­o­rador do Grupo Pre­rrog­a­ti­vas e da Asso­ci­ação Brasileira de Juris­tas pela Democ­ra­cia, além de várias enti­dades inter­na­cionais, doutor em Filosofia da USP, uni­ver­si­dade em que estu­dou dire­ito e história, que está para lançar seu mais recente livro, Dire­ito e Econo­mia: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­tórios, pela Edi­to­ra Tirant, em São Paulo.

O pro­gra­ma será real­iza­do ao vivo e, grava­do, será divul­ga­do pelo Canal YouTube do Insti­tu­to Amsur.