Soberania Nacional e Desenvolvimento

Soberania Nacional e Desenvolvimento

Em 9 de setem­bro de 2024, segun­da-feira, às 20 horas, em mais um pro­gra­ma da série de Diál­o­gos AMSUR, real­iza­da pelo Insti­tu­to Sul-Amer­i­cano para a Coop­er­ação e a Gestão Estratég­i­ca de Políti­cas Públi­cas — AMSUR, em parce­ria com o Fórum 21 e com a Rede Estação Democ­ra­cia, o tema será “Sobera­nia Nacional: Condição para o Desen­volvi­men­to”, e con­tará com a pre­sença de Rober­to Goulart Menezes e Alfre­do Attié, sob a medi­ação de Anto­nio Car­los Grana­do.

O tema é atu­al e de extrema importân­cia, uma vez que, segun­do expli­cam os orga­ni­zadores, viven­ci­amos, nestes últi­mos dias, uma situ­ação insóli­ta de agressão a nos­sa sobera­nia, em ten­ta­ti­va de manutenção de uma grande rede social inter­na­cional em fun­ciona­men­to no ter­ritório nacional, em desre­speito ao orde­na­men­to legal e con­sti­tu­cional brasileiro. Essa rede, em seu fun­ciona­men­to, mas man­ten­do uma ingerên­cia na ordem nacional, ao abri­gar situ­ações políti­ca e crim­i­nal­mente con­denáveis à luz de nos­so Dire­ito, incen­ti­van­do, por ação ou omis­são, a des­obe­diên­cia civ­il e mes­mo situ­ações poten­cial­mente crim­i­nosas. No caso con­cre­to, o con­fli­to insta­l­a­do acabou sendo trata­do erronea­mente como se fos­se um embate entre “per­son­al­i­dades fortes e diver­gentes” quan­do, de fato, con­sti­tu­iu uma trans­gressão impor­tante à sobera­nia nacional. Esse fato, ape­sar de, em si, mate­ri­alizar uma afronta ina­ceitáv­el, não se con­sti­tui em fato iso­la­do de pre­juí­zo à sobera­nia nacional. Esta, em ver­dade, vem sendo atingi­da por uma série de out­ros fatos conec­ta­dos ao mes­mo grupo econômi­co, extrema­mente del­i­ca­dos, envol­ven­do o con­t­role de ele­men­tos impor­tantes da comu­ni­cação ofi­cial e na própria estru­tu­ra de coman­do mil­i­tar.  Ain­da mais impor­tante, esse fato não é pri­v­a­ti­vo desse con­glom­er­a­do, mas per­pas­sa vari­adís­si­mos temas: o descon­t­role nor­ma­ti­vo do con­jun­to das big techs, a sub­al­ternidade na pro­dução de mate­r­i­al béli­co, a explo­ração de nos­so sub­so­lo, o con­t­role do desen­volvi­men­to cien­tí­fi­co e tec­nológi­co, a entre­ga da Base de Alcân­tara, o alin­hamen­to geopolíti­co automáti­co, etc.

Para explo­rar e apro­fun­dar a análise desse tema, con­tribuirão:

Rober­to Goulart Menezes, Pro­fes­sor Asso­ci­a­do e Vice-Dire­tor do Insti­tu­to de Relações Inter­na­cionais da Uni­ver­si­dade de Brasília e Pesquisador do Insti­tu­to Nacional de Estu­dos sobre os Esta­dos Unidos — INEU/CNPq/FAPESP — e da Rede de Pesquisa em Políti­ca Exter­na e Region­al­is­mo — REPRI.

Alfre­do Attié, jurista, filó­so­fo e escritor, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, da qual é Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas. desem­bar­gador no Tri­bunal de Justiça paulista, Pro­fes­sor e Pesquisador da Esco­la Paulista da Mag­i­s­tratu­ra, colab­o­rador do Grupo Pre­rrog­a­ti­vas e da Asso­ci­ação Brasileira de Juris­tas pela Democ­ra­cia, além de várias enti­dades inter­na­cionais, doutor em Filosofia da USP, uni­ver­si­dade em que estu­dou dire­ito e história, que está para lançar seu mais recente livro, Dire­ito e Econo­mia: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­tórios, pela Edi­to­ra Tirant, em São Paulo.

O pro­gra­ma será real­iza­do ao vivo e, grava­do, será divul­ga­do pelo Canal YouTube do Insti­tu­to Amsur.

Em Piracicaba, o IPEDD organiza evento sobre Independência e Estado Democrático de Direito

Em Piracicaba, o IPEDD organiza evento sobre Independência e Estado Democrático de Direito

No dia 6 de setem­bro de 2024, o Insti­tu­to Piraci­ca­bano de Estu­dos e Defe­sa da Democ­ra­cia — IPEDD, com trans­mis­são ao vivo, real­i­zou o even­to: Inde­pendên­cia do Brasil e os Desafios do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, às 19h30, em parce­ria com a TV Met­ro­pol­i­tana de Piraci­ca­ba.

O IPEDD é pre­si­di­do pelo Pro­fes­sor Dor­gi­val Hen­rique, for­ma­do em dire­ito pela Uni­ver­si­dade de Brasília, mestre em admin­is­tração pela Fun­dação Getúlio Var­gas, e doutor em edu­cação pela Uni­ver­si­dade Metodista de Piraci­ca­ba — Unimep, uni­ver­sids­de da qual é Pro­fes­sor Tit­u­lar, ten­do entre seus mem­bros fun­dadores o Pro­fes­sor José Macha­do, ex-Prefeito de Piraci­ca­ba, ex-dep­uta­do estad­ual con­sti­tu­inte de São Paulo, e ex-Dep­uta­do Fed­er­al.

O even­to foi coor­de­na­do pelo ex-Pres­i­dente do IPEDD, Pro­fes­sor Ely Eser Bar­reto Cesar, doutor em Filosofia e Teolo­gia, edu­cador e ex-Vice-Reitor da Unimep, e pelo Pro­fes­sor Lino Castel­lani Fil­ho, doutor em Edu­cação pela Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas — Uni­camp, e Pro­fes­sor Livre-Docente dessa mes­ma uni­ver­si­dade paulista.

Falaram sobre o tema a Pro­fes­so­ra Danu­ta Rodrigues, for­ma­da em História e Mes­tran­da em Ensi­no de História na Uni­camp, e Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas.

Alfre­do Attié anal­isou as ori­gens do con­sti­tu­cional­is­mo brasileiro, bus­can­do mostrar como o proces­so de col­o­niza­ção prosseguiu após a chama­da, pela his­to­ri­ografia tradi­cional, “inde­pendên­cia políti­ca”, para ele, a “ficção do sete de setem­bro.” Salien­tou os vários momen­tos da história desse con­sti­tu­cional­is­mo, apon­tan­do o momen­to de rup­tura no momen­to con­sti­tu­inte de 1986/87, que teve resul­ta­do, em impul­so democráti­co inédi­to, a Con­sti­tu­ição de 1988, cuja car­ac­terís­ti­ca pre­dom­i­nante, é a sua “plas­ti­ci­dade”.  Dis­so decor­reu a inserção do sis­tema jurídi­co brasileiro na ordem inter­na­cional dos dire­itos humanos. Para Attié, não se deve falar mais de inde­pendên­cia, mas, sim, de “inter­de­pendên­cia”, resul­ta­do da ideia ino­vado­ra da sobera­nia não mais estatal, mas pop­u­lar ou democráti­ca. Esse insti­tu­cional­is­mo de rup­tura seria a chave para a defe­sa dos povos, em ger­al, e do brasileiro, em par­tic­u­lar, con­tra a nova for­ma de con­fli­to que se esta­b­ele­ceu, no mun­do con­tem­porâ­neo. Os exem­p­los dessa nova guer­ra estari­am nas bus­cas de autono­mias arti­fi­ci­ais de enti­dades de mer­ca­do, inter­no e inter­na­cional,  e das redes dig­i­tais pri­vadas, que bus­cam des­faz­er os lações de igual­dade, liber­dade, cuida­do e sol­i­dariedade, enfim, de con­fi­ança da cidada­nia.

A par­tir dessa apre­sen­tação, Danu­ta Rodrigues, Lino Castel­lani e Ely Eser fiz­er­am inda­gações e inter­venções pon­tu­ais para o enriquec­i­men­to do debate, que con­tou, ain­da, com a par­tic­i­pação ati­va do públi­co.

Assista ao pro­gra­ma, pelo Canal YouTube da TV Met­ro­pol­i­tana de Piraci­ca­ba, cli­can­do neste link, ou a seguir:

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Attié fala sobre caso Musk/X/Starlink: crimes têm de ser punidos

Attié fala sobre caso Musk/X/Starlink: crimes têm de ser punidos

Em entre­vista a Andrea Trus, da TV 247, o jurista e Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, falou dos crimes cometi­dos pelas empre­sas de Elon Musk, X e Star­link, que se aliaram ao gov­er­no anti­con­sti­tu­cional de Jair Bol­sonaro, fazen­do uma parce­ria para fornecer inter­net a garimpeiros e inva­sores de ter­ras indí­ge­nas, destru­idores do meio ambi­ente e agentes con­tra a humanidade.

Attié falou do acer­to das decisões do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al brasileiro e criti­cou os que apoiam as ações dessas grandes empre­sas inter­na­cionais, cujo inter­esse exclu­si­vo é o lucro, a par de se habil­itarem para apoiar pes­soas, gru­pos e regimes crim­i­nosos.

O Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas insis­tiu em que a segu­rança jurídi­ca está em acatar as decisões da Supre­ma Corte, tomadas em con­sonân­cia com a Con­sti­tu­ição, o Códi­go Penal, a Lei de Intro­dução às Nor­mas do Dire­ito Brasileiro, o Códi­go Civ­il, a Lei de Tele­co­mu­ni­cações, a  Lei Ger­al de Pro­teção de Dados e o Mar­co Civ­il da Inter­net.

“Huck deve ter faltado à aula sobre segurança jurídica”

A atu­ação do STF se coad­una com o sis­tema jurídi­co inter­na­cional”, afir­mou.

Sobre a opinião do apre­sen­ta­dor Luciano Huck, Attié disse que ele estu­dou muito pouco dire­ito e, ironi­ca­mente, que deve ter fal­ta­do à aula sobre segu­rança jurídi­ca. “Obe­de­cer aos poderes con­sti­tuí­dos e a sobera­nia nacional, o Esta­do de Dire­ito e a Democ­ra­cia — sub­lin­hou Attié — é o sig­nifi­ca­do de segu­rança jurídi­ca”. “É assim em todo lugar do mun­do”, insis­tiu.

Attié ain­da disse que a decisão do STF não diz respeito senão a faz­er respeitar as nor­mas brasileiras, não cerce­an­do opinião, mas punin­do crimes pre­vis­tos no Códi­go Penal, como as fake news, as ofen­sas con­tra pes­soas e o regime jurídi­co brasileiro, em ten­ta­ti­vas de deses­ta­bi­lizar a democ­ra­cia e pôr em dúvi­da a atu­ação das insti­tu­ições.

Veja a notí­cia orig­i­nal, no Por­tal 247: Caso Musk é sim­ples: come­teu crime e foi punido, diz Alfre­do Attié e assista à entre­vista inte­gral, aqui.

 

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Advocacia e Eleição

Advocacia e Eleição

Em arti­go pub­li­ca­do orig­i­nal­mente no jor­nal O Esta­do de São Paulo, o Advo­ga­do Antônio Cláu­dio Mariz de Oliveira, Acadêmi­co Tit­u­lar da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, fala de seu enga­ja­men­to na con­strução human­ista e democráti­ca da Ordem dos Advo­ga­dos do Brasil, des­de 1974, e, relem­bran­do os val­ores que devem pau­tar a atu­ação de advo­ga­dos e advo­gadas, na gestão da enti­dade, acen­tuan­do o serviço que devem prestar a esse “tem­p­lo ded­i­ca­do ao cul­to da liber­dade e do human­is­mo.

Leia, a seguir, o tex­to com­ple­to.

A advocacia vai às urnas novamente

Antônio Cláu­dio Mariz de Oliveira

A advo­ca­cia paulista vai às urnas nova­mente. Exer­cí­cio democráti­co que se repete des­de o nasci­men­to da Ordem dos Advo­ga­dos do Brasil, Sec­cional São Paulo (OAB-SP), em 1932. A mes­ma práti­ca fora ini­ci­a­da pela enti­dade mãe da OAB, o Insti­tuo dos Advo­ga­dos Brasileiros, em 1843, quan­do de sua fun­dação. Assim, a enti­dade rep­re­sen­ta­ti­va dos advo­ga­dos brasileiros sem­pre prati­cou a democ­ra­cia por meio do voto, uma das suas mais expres­si­vas man­i­fes­tações.

Não se pense, no entan­to, que a rep­re­sen­tação da classe é retrata­da de for­ma fiel e autên­ti­ca. Não, não con­seguimos, ain­da, implan­tar as eleições dire­tas para que prevaleça o quer­er da maio­r­ia dos advo­ga­dos quan­to a quem dev­erá falar em seu nome como pres­i­dente da nos­sa enti­dade: a Ordem dos Advo­ga­dos do Brasil. Esse, até hoje, é eleito por escrutínio indi­re­to, regi­do por um sis­tema eleitoral her­méti­co, pouco viáv­el para que um grupo oposi­cionista pos­sa obter êxi­to eleitoral. Por­tan­to, um sis­tema que reflete uma democ­ra­cia mit­i­ga­da, capen­ga.

O afas­ta­men­to da classe na eleição pres­i­den­cial da ordem rep­re­sen­ta uma incon­gruên­cia de difí­cil ou inex­is­tente expli­cação: os advo­ga­dos foram os van­guardeiros da luta pela implan­tação do pleito dire­to para a escol­ha do pres­i­dente da Repúbli­ca na déca­da de 1980. No entan­to, jamais elegeram o seu pres­i­dente de for­ma dire­ta.

Con­seguiram, graças a um extra­ordinário empen­ho, jun­to com out­ras insti­tu­ições, que o povo elegesse o seu man­datário. No entan­to, na sua insti­tu­ição, a par­tic­i­pação para a escol­ha do diri­gente máx­i­mo é lim­i­ta­da. Hoje há uma forte tendên­cia na advo­ca­cia para a adoção das eleições dire­tas. É pos­sív­el que em breve sejamos os respon­sáveis pela escol­ha de quem quis­er­mos que nos diri­ja. No entan­to, hoje a for­ma de eleição mac­u­la e com­pro­m­ete a legit­im­i­dade do próprio manda­to pres­i­den­cial.

A grandeza da advocacia não permite que a nossa entidade seja considerada um clube recreativo, uma ação entre amigos ou um espaço para realizações pessoais

Essa peque­na digressão-desabafo não me reti­ra o entu­si­as­mo por mais uma eleição na ordem, sec­cional de São Paulo. Eu con­fes­so com cer­to orgul­ho que as acom­pan­ho des­de 1974, por­tan­to, há 50 anos. E mais, a par­tir daque­las ocor­ri­das em 1978, eu par­ticipei enga­ja­do em quase todas as can­di­dat­uras das eleições até os nos­sos dias. Fui eleito para pre­sidir a sec­cional por dois biênios, de 1987 até 1990.

Deve ser esclare­ci­do que nas eleições para os Con­sel­hos Sec­cionais as cha­pas desta­cam quem será o pres­i­dente caso ela seja elei­ta. Assim, ao votar no grupo, vota-se no futuro pres­i­dente. É uma for­ma de eleição dire­ta.

Essa min­ha tra­jetória parece autor­izar-me a faz­er um aler­ta, ao lado do já expos­to incon­formis­mo com as eleições indi­re­tas.

Pre­ocu­pa-me as moti­vações que lev­am advo­ga­dos, de uns anos a esta data, a dese­jarem ocu­par car­gos na OAB, inscreven­do-se para com­por o con­sel­ho. Sem­pre se teve pre­sente que tais pos­tu­lações pos­suíam jus­ti­fica­ti­vas den­tro dos lim­ites traça­dos pela von­tade de servir a cat­e­go­ria e a própria sociedade. Havia enga­ja­men­to em um rol de ideias e de ideais, que con­sti­tuíam um ideário a ser segui­do. As vari­ações deter­mi­navam as opções por esse ou aque­le grupo.

Na real­i­dade, a políti­ca de classe sem­pre foi pau­ta­da pela crença da advo­ca­cia como um meio de aper­feiçoa­men­to do Poder Judi­ciário, como agente trans­for­mador da sociedade e como instru­men­to efi­caz para a con­strução de um País mel­hor.

O can­dida­to à ordem se apre­sen­ta­va imbuí­do da mis­são de se tornar um por­ta-voz das aspi­rações de uma sociedade car­ente de alter­ações sub­stan­ci­ais em suas estru­turas, bem como dos anseios de uma advo­ca­cia em crise neces­si­ta­da de val­oriza­ção e de respeito por parte do cor­po social, da impren­sa e do próprio Poder Judi­ciário.

Deve-se ano­tar que os advo­ga­dos, his­tori­ca­mente, sem­pre ado­taram pos­turas impeli­dos pelo incon­formis­mo e pelo ardente anseio de apri­mora­men­to, fato que nos colo­cou no cen­tro da dinâmi­ca das mudanças insti­tu­cionais e soci­ais.

Percebe-se que na atu­al­i­dade há um ind­is­farçáv­el dese­jo de pro­tag­o­nis­mo pes­soal, de prestí­gio e de aplau­sos. São os inter­ess­es indi­vid­u­ais sub­sti­tuin­do os de natureza cole­ti­va. Estes, como se viu, servi­ram de per­ma­nente moti­vação para os diri­gentes da advo­ca­cia, o que me parece não mais ocor­rer, pelo menos com parte dos que se habili­tam a diri­gir a OAB.

A opção por esse ou aque­le grupo parece se dar basi­ca­mente em função do car­go ou da posição ofer­e­ci­dos na gestão. Pouco impor­ta o pro­gra­ma a ser exe­cu­ta­do; deixa-se de lado a fidel­i­dade aos gru­pos a que se per­tenceu e pouco impor­tam tam­bém aspec­tos de cono­tação ide­ológ­i­ca. Tam­bém se leva em con­ta para a escol­ha da cha­pa aque­la que se apre­sen­ta com maior via­bil­i­dade eleitoral.

Uma obser­vação: há inúmeros advo­ga­dos que pode­ri­am dar valiosa con­tribuição à classe e à sociedade. No entan­to, se omitem exata­mente porque não com­par­til­ham dos obje­tivos exclu­si­va­mente pes­soais, des­viantes da mis­são que dev­e­ri­am cumprir em prol do apri­mora­men­to da advo­ca­cia.

Eu ter­mi­no este escrito salien­tan­do que a grandeza da advo­ca­cia não per­mite que a nos­sa enti­dade seja con­sid­er­a­da um clube recre­ati­vo, uma ação entre ami­gos ou um espaço para real­iza­ções pes­soais. Ela deve ser trata­da como um tem­p­lo ded­i­ca­do ao cul­to da liber­dade e do human­is­mo.

Rede Nossa São Paulo e Academia Paulista de Direito: descentralização e participação

Rede Nossa São Paulo e Academia Paulista de Direito: descentralização e participação

No dia 16 de agos­to de 2024, sex­ta-feira, foi lança­do o Man­i­festo do movi­men­to Descen­tral­iza SP.

O vídeo do even­to pode ser assis­ti­do, por meio do aces­so a este link.

Além da leitu­ra do man­i­festo e da apre­sen­tação da cam­pan­ha, que visa a ameal­har apoio pop­u­lar para a efe­ti­vação da descen­tral­iza­ção par­tic­i­pa­ti­va do gov­er­no munic­i­pal, esta­b­ele­ci­da nas Con­sti­tu­ições Fed­er­al e Estad­ual, na Lei Orgâni­ca do Municí­pio e em várias out­ras nor­mas, o man­i­festo tem em vista obter o com­pro­mis­so das can­di­dat­uras democráti­cas ao gov­er­no e ao leg­isla­ti­vo da Cidade de São Paulo.

O site da cam­pan­ha, coor­de­na­da pela Rede Nos­sa SP, pode ser vis­i­ta­do, por meio deste link, local em que  o man­i­festo poderá ser lido e assi­na­do.

Entre as enti­dades que apoiam e par­tic­i­pam do movi­men­to pela descen­tral­iza­ção par­tic­i­pa­ti­va estão Min­ha Sam­pa, Insti­tu­to Ethos, Esco­la de Fé e Políti­ca Walde­mar Rossi, Núcleo de Democ­ra­cia e Ação Cole­ti­va, Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca, e Acad­e­mia Paulista de Dire­ito. Out­ras insti­tu­ições podem aderir à cam­pan­ha, o que pode ser feito medi­ante con­ta­to com a Rede Nos­sa SP.

Segun­do Jorge Abrahão, coor­de­nador da Rede Nos­sa SP, “uma cidade com a exten­são e a pop­u­lação da cidade não pode ser admin­istra­da ape­nas dos gabi­netes. Ela pre­cisa estar no ter­ritório, dar maior par­tic­i­pação aos moradores locais e gerir mel­hor os recur­sos orça­men­tários.”

No even­to de lança­men­to dis­cor­reram sobre o tema da descen­tral­iza­ção Ladis­lau Dow­bor, Ursu­la Dias Peres, Pedro Marin, Félix Ruiz Sanchez, Wal­ter Cal­dana, Luan­da Maíra, Bren­da Sil­va, Mateus Muradas,  e Alfre­do Attié.

Ladis­lau, Ursu­la e Pedro falaram sobre os aspec­tos admin­is­tra­tivos e orça­men­tários, sobre os dados rel­a­tivos às regiões da Cidade e a evolução da imple­men­tação da descen­tral­iza­ção, suas idas e vin­das no cur­so da gestão e das pri­or­i­dades de vários gov­er­nos munic­i­pais, sobre os mod­os de pen­sar a mel­hor dis­tribuição das despe­sas orça­men­tárias, segun­do as neces­si­dades das várias regiões.

Félix referiu a neces­si­dade de poli­ti­zar o tema da descen­tral­iza­ção.

Wal­ter apon­tou a importân­cia do tema da par­tic­i­pação, a par­tir da explo­ração de uma série de temas.

Luan­da, Bren­da e Matheus, em momen­to impor­tante do even­to, falaram sobre a exper­iên­cia per­iféri­ca e do modo como se deve empreen­der a par­tic­i­pação, fazen­do, ain­da, a leitu­ra do man­i­festo Lev­ante das Per­ife­rias, que pode ser lido, aqui.

Attié referiu a importân­cia da par­tic­i­pação e do con­t­role democráti­cos, e anal­isou os mar­cos con­sti­tu­cionais e de trata­dos inter­na­cionais, e legais do tema, demon­stran­do a importân­cia dos aspec­tos jurídi­cos, vis­tos do pon­to de vista da políti­ca e da democ­ra­cia.

Coube aos medi­adores das mesas de debates, Gioia Tumbi­o­lo, José Roo­sevelt Junior, Igor Pan­to­ja e André Leirn­er apre­sen­tar algu­mas inda­gações para a respos­ta dos expos­i­tores e expos­i­toras, em suas apre­sen­tações.

Sobre o con­jun­to de nor­mas que esta­b­ele­cem o dev­er de descen­tral­iza­ção e de par­tic­i­pação e con­t­role democráti­cos, leia, entre out­ros impor­tantes tex­tos, o arti­go Justiça para as Cidades, aqui, de auto­ria de Alfre­do Attié.

Veja tam­bém, em Notí­cias da Cam­pan­ha Descen­tral­iza SP, bem como em Breves Arti­gos e na Bib­liote­ca da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, out­ros tex­tos e arti­gos fun­da­men­tais para enten­der a par­tic­i­pação e a descen­tral­iza­ção.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito con­vi­da a todas as pes­soas e enti­dades a par­tic­i­par desse movi­men­to, aderindo ao man­i­festo e bus­can­do obter apoio e com­pro­mis­so das várias lid­er­anças soci­ais e políti­cas, assim como das várias can­di­dat­uras indi­vid­u­ais e cole­ti­vas, par­tidos e coal­izões.

 

Lançamento da Campanha Descentraliza SP

Lançamento da Campanha Descentraliza SP

Assista ao vídeo de lança­men­to da cam­pan­ha Descen­tral­iza SP, ocor­ri­do em 16/08/24, das 10 às 12 horas, no auditório Flo­restan Fer­nan­des da FESPSP.

Com a pro­pos­ta de pen­sar a cidade de São Paulo de modo ter­ri­to­r­i­al e não ape­nas temáti­co, e levan­do em con­ta as par­tic­u­lar­i­dades locais, a Rede Nos­sa São Paulo, com o apoio de out­ras orga­ni­za­ções da sociedade civ­il, entre elas a Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, pro­moveu o lança­men­to da cam­pan­ha Descentraliza_SP.

O prin­ci­pal obje­ti­vo da ação é mobi­lizar a opinião públi­ca para a com­preen­são da importân­cia de uma mudança de visão não ape­nas admin­is­tra­ti­va, mas sobre­tu­do políti­ca da Cidade e, assim, sen­si­bi­lizar as can­di­dat­uras para a eleição munic­i­pal, da neces­si­dade da descen­tral­iza­ção para a redução das desigual­dades.

Para poder explicar mel­hor a importân­cia da descen­tral­iza­ção, a Rede criou um web­site com infor­mações sobre questões rela­cionadas ao tema e exper­iên­cias em out­ras cidades ao redor do mun­do, como Paris, Tóquio, Viena e Buenos Aires, entre tan­tas out­ras.

O site traz um man­i­festo, que pode ser assi­na­do por todas as pes­soas, aqui, e que será entregue opor­tu­na­mente às can­di­dat­uras, para que se faça um com­pro­mis­so para a descen­tral­iza­ção e par­tic­i­pação, como dinâmi­cas de gov­er­no.

A pro­pos­ta da ini­cia­ti­va é que as sec­re­tarias fiquem respon­sáveis por traçar as políti­cas públi­cas, caben­do às sub­prefeituras a imple­men­tação. Tudo isso sem a neces­si­dade de con­tratação de novos fun­cionários, uti­lizan­do a estru­tu­ra atu­al exis­tente nas sec­re­tarias.

Falaram, no even­to de lança­men­to, coor­de­na­do por José Roo­sevelt Junior (Cebrap e Rede Nos­sa SP) e Caci Ama­r­al (Rede Nos­sa SP) e demais mem­bros da Rede Nos­sa SP:

na Primeira parte, cujio tema foi Orça­men­to, Admin­is­tração e Descen­tral­iza­ção:

  1. Ladis­lau Dow­bor, econ­o­mista, da PUC.SP — apre­sen­tação aos 7′21″;
  2. Ursu­la Dias Peres, pro­fes­so­ra de gestão de políti­cas públi­cas da Esco­la de Artes, Ciên­cias e Humanidades da USP — apre­sen­tação aos 18′01″;
  3. Pedro Marin, espe­cial­ista em gestão de políti­cas públi­cas, da Fun­dação Tide Setúbal — apre­sen­tação aos 29′52″;
  4. Félix Ruiz Sanchez, cien­tista social, do Obser­vatório das Metrópoles de São Paulo — apre­sen­tação aos 41′09″;

e, na Segun­da parte, cujo tema foi Par­tic­i­pação, Ter­ritório e Descen­tral­iza­ção:

  1. Wal­ter Cal­dana, arquite­to, da Uni­ver­si­dade Pres­bi­te­ri­ana Macken­zie — apre­sen­tação aos 57′23″;
  2. Luan­da Maíra, estu­dante de ciên­cias soci­ais e coor­de­nado­ra do Cen­tro de Relações de Tra­bal­ho e Desigual­dades — apre­sen­tação à 1h9’22″;
  3. Bren­da Sil­va, edu­cado­ra, assis­tente social e pesquisado­ra — apre­sen­tação à 1h16’27″;
  4. Mateus Muradas, con­ta­dor, do Fórum Social da Zona Leste — apre­sen­tação à 1h2926″;
  5. Alfre­do Attié, jurista, filó­so­fo e escritor, da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito — apre­sen­tação à 1h51’50″.

A apre­sen­tação foi fei­ta por Igor Pan­to­ja (Insti­tu­to Cidades Sus­ten­táveis), Gioia Tumbi­o­lo (Obser­vatório Social do Brasil e Rede Nos­sa SP) José Roo­sevelt Junior e André Leirn­er (Cebrap).

O vídeo pode ser assis­ti­do, na ínte­gra, a seguir:

 

Academia Paulista de Direito no Fórum Social Mundial

Academia Paulista de Direito no Fórum Social Mundial

No dia 23 de agos­to de 2024, a Acad­e­mia Paulista de Dire­ito — APD por meio dos ACADEMIA PESQUISA vin­cu­la­dos à Cadeira San Tia­go Dan­tas, fiz­er­am apre­sen­tação no Fórum Social Mundi­al 2024: Justiça e Democ­ra­cia — FSM JD 2024.

Os Núcleos de Pesquisa — ACADEMIA PESQUISA — da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito — APD — e de sua Cadeira San Tia­go Dan­tas prepararam breves exposições cor­re­spon­dentes a abor­da­gens sobre o tema da relação entre Dire­ito e Democ­ra­cia, a par­tir da pesquisa real­iza­da pelos pesquisadores da APD Leonar­do Godoy Dri­go, Gonça­lo Xavier, Hele­na Mor­ga­do, Car­los Pin­heiro, Liv­io Per­ra, Julián Cuas­pa Ropaín, André Lopes, Luiz Her­nan­dez, Cel­so San­tos e Mari­na Lima.

O vídeo foi apre­sen­ta­do no Fórum Social Mundi­al Justiça e Democ­ra­cia 2024, real­iza­do em Brasília, nos dias 23 e 24 de agos­to de 2024. A Apre­sen­tação da APD foi lev­a­da ao ar às dez horas do dia 23 de agos­to.

Assista aqui, ou aces­san­do este link.

Leonar­do falou sobre uma críti­ca da democ­ra­cia, do dire­ito e da justiça, a par­tir de uma abor­dagem marx­ista. Gonça­lo e Hele­na apre­sen­taram o resul­ta­do de sua pesquisa sobre a questão da vio­lên­cia de Esta­do e poli­cial, abor­dan­do a jurisprudên­cia da Corte Inter­amer­i­cana de Dire­itos Humanos. Liv­io e Julián falaram sobre a questão da paz mundi­al, a par­tir de pres­su­pos­tos teóri­cos e nor­ma­tivos inter­na­cionais. André Lopes falou sobre a questão das ameaças à justiça e da democ­ra­cia decor­rentes do cresci­men­to do extrem­is­mo no cam­po inter­no e inter­na­cional.

No final, pesquisadores e pesquisado­ra comen­taram breve­mente as exposições feitas durante a ativi­dade.

A apre­sen­tação foi fil­ma­da, na APD, em São Paulo.

Vis­ite o site da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e par­ticipe de suas ativi­dades, den­tre as quais se desta­cam os Núcleos de Pesquisa e a revista POLIFONIA Capes A3.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito é uma fun­dação cri­a­da em 1972. Real­iza bien­al­mente seu con­gres­so inter­na­cional É pre­si­di­da des­de 2017 por Alfre­do Attié, Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas.

Veja, a seguir, a pro­gra­mação do FSM JD 2024:

Attié explica o momento político-jurídico atual, em Trus Entrevista, na TV 247

Attié explica  o momento político-jurídico atual, em Trus Entrevista, na TV 247

Alfre­do Attié, em entre­vista à jor­nal­ista e his­to­ri­ado­ra Andrea Trus, em seu pro­gra­ma na TV 247Trus Entre­vista, fala do momen­to políti­co-jurídi­co atu­al, das ten­ta­ti­vas de deses­ta­bi­liza­ção insti­tu­cional, com os ataques con­stantes ao STF,  a bus­ca da extrema-dire­i­ta de prosseguir em seu inten­to de golpe con­tra a democ­ra­cia e o esta­do de dire­ito, no prossegui­men­to de sua mobi­liza­ção anti­con­sti­tu­cional.

Attié fala do papel da mídia cor­po­ra­ti­va e expli­ca os aspec­tos jurídi­cos e políti­cos e a razão pela qual há neces­si­dade de defend­er com maior rig­or o Esta­do Democráti­co de Dire­ito, por meio dos mecan­is­mos con­sti­tu­cionais exis­tentes. Para o jurista e filó­so­fo, e Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, há neces­si­dade de aper­feiçoa­men­tos insti­tu­cionais, que devem vir, con­tu­do, no momen­to cer­to.

Assista, aqui, ao pro­gra­ma, que foi ao ar no sába­do, dia 17 de agos­to de 2024.

Neste out­ro link, você pode assi­s­tir à entre­vista dada por Attié ao Trus Entre­vista espe­cial: Reflexões sobre os 35 Anos da Con­sti­tu­ição.

 

 

Encontro das Periferias: Manifesto do Levante Periférico

Encontro das Periferias: Manifesto do Levante Periférico

Em bus­ca de afir­mação políti­ca, o Encon­tro das Per­ife­rias, em São Paulo, em mobi­liza­ção per­ma­nente, reunin­do mais de oiten­ta cole­tivos e rep­re­sen­tantes de todas as regiões de São Paulo, pub­li­cou, no iní­cio do pre­sente mies de ago­to, o man­i­festo Lev­ante Per­iféri­co por Dire­itos e Voz Políti­ca.

No primeiro Bole­tim Encon­tro das Per­ife­rias, os orga­ni­zadores e orga­ni­zado­ras expli­cam que foram artic­u­la­dos gru­pos de tra­bal­ho, roteiro de ações e várias ativi­dades e tare­fas, demostran­do a potên­cia orga­ni­za­ti­va que cul­mi­nou com o Encon­tro, real­iza­do em qua­tro de agos­to de 2024, “com cara e jeito de que­bra­da”, even­to cul­tur­al, de debates e de lança­men­to do Man­i­festo.

O impor­tante doc­u­men­to, de afir­mação políti­ca, social, cul­tur­al e jurídi­ca, pode ser lido na Bib­liote­ca da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, aqui.

Haverá mais um even­to cul­tur­al e de debate, no próx­i­mo dia 25 de agos­to, na rua Taman­daré,  438, sede do Sindi­ca­to dos Químicos,em São Paulo, das 8:30 às 14:30 horas. Veja a pro­gra­mação a seguir.

Reflexões Periféricas, por Tiaraju Pablo D’Andrea (org), Editora Dandara

Reflexões Periféricas, por Tiaraju Pablo D’Andrea (org), Editora Dandara

Trin­ta pen­sado­ras e pen­sadores das que­bradas de São Paulo se reuni­ram para refle­tir sobre o atu­al momen­to e pen­sar pro­postas, neste impre­scindív­el livro Reflexões Per­iféri­c­as: pro­postas em movi­men­to para a rein­venção das que­bradas (ISBN: 978–65-88586–08‑2), fru­to de lon­ga pesquisa. O tex­to se explici­ta por meio de dez temas — cul­tura; gênero; habitação; par­tic­i­pação pop­u­lar; trans­porte; edu­cação; infân­cias; saúde; tra­bal­ho; vio­lên­cia, genocí­dio e racis­mo —, expon­do os dile­mas e o poder latente e con­cre­to das per­ife­rias, a par­tir da exper­iên­cia e da per­spec­ti­va de quem as vive e propõe cam­in­hos para sua rein­venção.

O Pro­fes­sor Tiara­ju Pablo D’Andrea — que orga­ni­zou o vol­ume, pub­li­ca­do, em 2021 pela Edi­to­ra Dan­dara, em coedição com ao Cen­tro de Estu­dos Per­iféri­cos Fun­dação Rosa Lux­em­bur­go — leciona na Uni­ver­si­dade Fed­er­al de São Paulo — Unife­sp, em seu Insti­tu­to das Cidades, no cam­pus Zona Leste, sendo Coor­de­nador do Cen­tro de Estu­dos Per­iféri­cos e da pesquisa Agen­da Propos­i­ti­va das Per­ife­rias. É músi­co e mora na Zona Leste.

O livro pode ser adquiri­do no site da Edi­to­ra, por meio do aces­so a este link, ou baix­a­do gra­tuita­mente, no site da Fun­dação Rosa Lux­em­bur­go, neste link.

Acesse o livro, na Bib­liote­ca da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito

Guia para eleitoras, eleitores, candidatos e candidatas nas Eleições 2024

Guia para eleitoras, eleitores, candidatos e candidatas nas Eleições 2024

O Movi­men­to de Com­bate à Cor­rupção EleitoralMCCE lançou útil guia para ori­en­tar eleitores e eleitoras, assim como can­didatos e can­di­datas nas eleições para as Câmaras e Prefeituras Munic­i­pais, de 2024.

É uma pub­li­cação volta­da a ampli­ar a infor­mação sobre o proces­so eleitoral e sobre os pos­síveis mod­os insti­tu­cionais de impedir que haja instru­men­tal­iza­ção de cidadãos e cidadãs e per­mi­tir que ajam como sujeitos do proces­so democráti­co, par­tic­i­pan­do ati­va­mente da recon­strução dos laços que devem conec­tar cidada­nia e rep­re­sen­tação políti­ca.

O Guia pode ser lido na Bib­liote­ca da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, por meio deste link.

Planejamento Popular de Base Territorial e Hibridismo Participativo

Planejamento Popular de Base Territorial e Hibridismo Participativo

Visan­do a vin­cu­lar par­tic­i­pação pop­u­lar e ter­ritório, os pro­fes­sores pesquisadores Felix Sanchez, do Obser­vatório das Metrópoles de São Paulo, e André Leirn­er, do Núcleo Democ­ra­cia e Ação Cole­ti­va do Cen­tro Brasileiro de Análise e Plane­ja­men­to — Cebrap, ambos  ativis­tas dos movi­men­tos que bus­cam a efe­ti­vação de mecan­is­mos de democ­ra­cia ati­va e par­tic­i­pa­ti­va e mebros da Rede Nos­sa São Paulo, pub­licaram, recen­te­mente, o arti­go a seguir, no qual procu­ram explic­i­tar con­ceitos instru­men­tais para pro­postas de real­iza­ção de plane­ja­men­to ter­ri­to­r­i­al e con­t­role pop­u­lar sobre políti­cas públi­cas.

 

Notas sobre Planejamento Popular de Base Territorial e Hibridismo Participativo

Felix Sanchez
Andre Leirn­er

 

Par­tic­i­pação social por canais não eleitorais no Municí­pio de São Paulo

A con­sti­tu­inte de 1988 alter­ou a arquite­tu­ra da admin­is­tração públi­ca e munic­i­pal­i­zou serviços vari­a­dos. Foi nesse cenário que Luiza Erun­d­i­na, elei­ta prefei­ta de São Paulo (1989–1992), pro­mul­gou a Lei Orgâni­ca do Municí­pio e a orga­ni­za­ção ter­ri­to­r­i­al que definiu 96 Dis­tri­tos Admin­is­tra­tivos (Lei 11.220/1992).

O gov­er­no Mar­ta Supl­i­cy (2001–2005) avançou no mar­co de rep­re­sen­tação e par­tic­i­pação pop­u­lar. Aprovou a Lei nº 13.399/2002, que con­fe­ria a sub­prefeitu­ra a coor­de­nação téc­ni­ca, políti­ca e admin­is­tra­ti­va de cada local­i­dade, e algum tem­po depois, a Lei nº 13.881/2004, que cri­aria o Con­sel­ho de Rep­re­sen­tantes das Sub­prefeituras em artic­u­lação com o poder exec­u­ti­vo cen­tral. Ain­da nesse gov­er­no foi real­iza­do um amp­lo proces­so de Orça­men­to Par­tic­i­pa­ti­vo – OP. Ape­sar ter envolvi­do difer­entes atores soci­ais e retoma­do a par­tic­i­pação pop­u­lar e social na cidade , mes­mo após a cri­ação do Con­sel­ho Munic­i­pal do Orça­men­to Par­tic­i­pa­ti­vo , a ini­cia­ti­va não se con­soli­dou, geran­do frus­trações, des­gaste políti­co e enfraque­cen­do as Sub­prefeituras. Em que pese esse esforço de descen­tral­iza­ção, os recur­sos per­manece­r­am alo­ca­dos jun­to às sec­re­tarias, fru­to da neces­si­dade for­mação de coal­iza­ção políti­ca para manutenção de gov­ern­abil­i­dade (GRIN, 2015).

Esse arrefec­i­men­to per­mi­tiu que os gov­er­nos Ser­ra (2005 – 2008) e Kassab (2009 — 2012) operassem um proces­so de “recen­tral­iza­ção” políti­ca, admin­is­tra­ti­va e orça­men­tária, quadro agrava­do pela judi­cial­iza­ção da Lei nº 13.881/2004, que cri­ara Con­sel­ho de Rep­re­sen­tantes das Sub­prefeituras, por José Ser­ra.

A gestão Had­dad (2013–2016) teve difi­cul­dades para alter­ar esse quadro. A retoma­da do debate sobre o Con­sel­ho de Rep­re­sen­tantes acon­te­ceu no bojo da pro­mul­gação da Lei nº 15.764/2013. Por sua vez, o Decre­to nº 54.156/2013 pas­sou a reg­u­la­men­tar o Con­sel­ho Munic­i­pal Par­tic­i­pa­ti­vo. Esse decre­to foi revo­ga­do pelo Decre­to nº 56.208/2015, que foi nova­mente revo­ga­do pelo Decre­to nº 59.023/2019, de Bruno Covas, alteran­do nova­mente o Con­sel­ho Par­tic­i­pa­ti­vo Munic­i­pal. No ano seguinte, 15 anos após a sua judi­cial­iza­ção, o STF final­mente fixou a Lei 13.881/2004 como con­sti­tu­cional . Con­sideran­do a legal­i­dade dos decre­tos de 2013, 2015 e 2019, temos regra­men­tos nor­ma­tivos con­tra­ditórios reg­u­la­men­tan­do a par­tic­i­pação, cenário de impasse politi­co, metodológi­co e nor­ma­ti­vo. Ricar­do Nunes (2021–2024), her­da esse quadro de Bruno Covas.

Na eleição de con­sel­heiros munic­i­pais de 2022, menos de 1/10 das sub­prefeituras — somente 3 den­tre 32 — elegeram o total de con­sel­heiros, taman­ho o despres­ti­gio dessa polit­i­ca. Uma pos­sív­el expli­cação para ess­es resul­ta­dos é a for­mação de uma condição de quadro politi­co amo­ti­va­cional: per­cepção de que a lei pouco dire­ciona, ou não autor­iza, o indi­ví­duo a lutar pelos seus dire­itos. Desin­cen­ti­vo ali­men­ta­do pelo desmonte de capaci­dades para a ação polit­i­ca de base, quadro esse que gera não só sen­ti­men­tos de baixa rep­re­sen­ta­tivi­dade frente ao Esta­do, mas tam­bém incertezas acer­ca a efe­tivi­dade da par­tic­i­pação e como romper com a imo­bil­i­dade pop­u­lar (ACCIAI; CAPANO, 2021; SCHNEIDER; INGRAM, 1990).

 

Con­troles democráti­cos não eleitorais no lim­i­ar de uma vira­da sistêmi­ca

Instru­men­tos políti­cos são for­mas con­den­sadas de con­hec­i­men­to que pro­duzem efeitos estru­tu­radores da lóg­i­ca de dom­i­nação das políti­cas pub­li­cas (LASCOUMES; LE GALES, 2007; LE GALES, 2011). Nesse quadro, a par­tic­i­pação social é descri­ta como um con­t­role democráti­co, que pode tomar for­ma de inter­ações medi­adas e não medi­adas. Inter­ações não medi­adas ref­er­em-se à respon­s­abi­liza­ção ver­ti­cal exter­na ao Esta­do, que con­siste essen­cial­mente no proces­so eleitoral (par­tic­i­pação dire­ta reg­u­la­da pela justiça eleitoral). As inter­ações medi­adas, mais com­plexas, envolvem cat­e­go­rias het­erogêneas de rela­ciona­men­to e rep­re­sen­tação entre enti­dades da sociedade civ­il e entre essas e o Esta­do (ISUNZA; LAVALLE, 2018).

A pro­lif­er­ação das democ­ra­cias ilib­erais (ZAKARIA, 1997) sug­ere que atu­ais instru­men­tos de expressão das inter­ações não medi­adas têm sido insu­fi­cientes para realizar o con­t­role social do poder. Estu­dos mostram que o uso de instru­men­tos comu­nica­tivos são cru­ci­ais para reforçar ou aten­uar o impacto de val­ores e sim­bolo­gias asso­ci­a­dos a iden­ti­dade de pop­u­lações e comu­nidades, mas que não con­stituem ele­men­tos estru­tu­rantes de proces­sos delib­er­a­tivos (SARTORETTO, 2014, 2015). Proces­so em que a comu­ni­cação políti­ca incide sobre o proces­so delib­er­a­ti­vo, e seus resul­ta­dos, mas que não o trans­for­ma essen­cial­mente. Nesse con­tex­to, per­gun­ta­mos, é pos­sív­el pen­sar um proces­so em que a delib­er­ação seja capaz de orga­ni­zar a comu­ni­cação políti­ca?

Uma pro­pos­ta de ampla comu­ni­cação políti­ca (inter­ação medi­a­da) só pode ser com­preen­di­da através das lentes da democ­ra­cia delib­er­a­ti­va se ado­tar­mos uma abor­dagem sistêmi­ca, proces­so em que a par­tic­i­pação aumen­ta as habil­i­dades de comu­ni­cação delib­er­a­ti­va dos cidadãos e a iden­ti­fi­cação de pop­u­lações com suas comu­nidades (BURKHALTER; GASTIL; KELSHAW, 2002; RICHARDS JR; GASTIL, 2015). Essa per­spec­ti­va ado­ta como hipótese a per­cepção de que a delib­er­ação é capaz de incidir sobre a comu­ni­cação políti­ca e que, ao fazê-lo, con­fere cen­tral­i­dade à natureza políti­co-pedagóg­i­ca da par­tic­i­pação, recur­so essen­cial para que o juí­zo moral seja con­struí­do no proces­so democráti­co (GASTIL; BLACK, 2007). Esta­mos falan­do de proces­sos que a cole­tivi­dade pos­sa, a par­tir de uma exper­iên­cia, con­fig­u­rar uma atu­ação na real­i­dade (inteligên­cia) e, a par­tir da sua revisão, ou da revisão de exper­iên­cias ante­ri­ores, arbi­trar pos­síveis ações alter­na­ti­vas frente ao Esta­do e ao bem comum (memória), redesen­han­do-as se necessário. Uma arquite­tu­ra par­tic­i­pa­ti­va em que aspec­tos da memória social e a ação cole­ti­va se retroal­i­men­tam ense­jan­do relações sistêmi­co-respon­si­vas entre Esta­do e sociedade – inteligên­cia cole­ti­va (WOLPERT; TUMER, 1999; WOOLLEY; GUPTA, 2024). Isso quer diz­er esta­b­ele­cer não só uma relação com uma soma de per­spec­ti­vas indi­vid­u­ais ( 1*n), mas orga­ni­zar uma ação comu­nica­ti­va den­tre com­po­nentes de um grupo ( n*n).

Ao levar­mos esse debate para o ter­ritório é pre­ciso con­sid­er­ar que a pais­agem e sua memória são um con­tín­uo, fru­to de proces­sos comu­ni­ca­cionais de toda ordem. Sem descar­tar a importân­cia da con­tribuição de pen­sadores como Frantz Fanon e Mil­ton San­tos (MBA, 2018; SANTOS, 2007) opta­mos, nesse caso, por lidar com o prob­le­ma de agên­cia e rep­re­sen­tação por meio de uma asso­ci­ação entre um arcabouço socioe­s­pa­cial e uma estru­tu­ra de infor­mação em semi­tra­ma (ALEXANDER, 1966). Esse desen­ho encon­tra cor­re­spondên­cia na arquite­tu­ra de sis­temas rela­cionais (CODD, 1970), o que nos per­mite descr­ev­er a relação entre iden­ti­dades e ter­ritórios de for­ma obje­ti­va, porém, com­plexa: uma iden­ti­dade pode estar rela­ciona­da a 1 ou N ter­ritórios e 1 ter­ritório pode estar rela­ciona­do a N iden­ti­dades.

Nes­sa for­mu­lação, cada relação iden­ti­dade-ter­ritório adquire natureza dis­tin­ta e por isso, rep­re­sen­tação sin­gu­lar. Isso impli­ca em uma medi­ação inter­me­di­a­da entre sociedade e esta­do hib­ri­da, con­struí­da a par­tir de uma mul­ti­pli­ci­dade de inter­ess­es. Isso só é pos­sív­el pelo encadea­men­to de vari­a­dos proces­sos rep­re­sen­ta­tivos e metodolo­gias par­tic­i­pa­ti­vas cor­re­spon­dentes, orga­ni­za­dos em torno de uma lóg­i­ca de com­ple­men­tari­dade. Essa per­spec­ti­va apon­ta para a per­spec­ti­va de con­strução de uma arquite­tu­ra par­tic­i­pa­ti­va que con­cil­ia métri­c­as e metodolo­gias que hoje dis­putam o cam­po democráti­co como alter­na­ti­vas ideais, rivais entre si.

Uma con­sul­ta pop­u­lar hib­ri­da dessa natureza foi real­iza­da no Rio Doce, Espir­i­to San­to (LAVALLE; CARLOS, 2022). Nela, difer­entes modal­i­dades par­tic­i­pa­ti­vas foram com­bi­nadas traçan­do uma con­se­quên­cia tem­po­ral inte­grado­ra no sen­ti­do da ação polit­i­ca. Isso criou, por sua vez, uma moti­vação par­tic­i­pa­ti­va, respon­si­va ao ambi­ente social (LAVALLE et al., 2021). Com esse pres­su­pos­to, apre­sen­ta­mos abaixo uma pro­pos­ta de par­tic­i­pação de base ter­ri­to­r­i­al.

 

Uma pro­pos­ta hipotéti­ca para a par­tic­i­pação de base ter­ri­to­r­i­al em São Paulo

Para con­ce­ber esse mod­e­lo com­bi­namos méto­dos qual­i­ta­tivos e quan­ti­ta­tivos (mixed method research) e três metodolo­gias par­tic­i­pa­ti­vas: i) a con­sul­ta pop­u­lar por meio de painel de opinião pop­u­lar; ii) a metodolo­gia de mod­e­lagem de pro­gra­mas locais por meio de OP e iii) o debate e con­sol­i­dação de con­teú­dos por reuniões cole­giadas, como em con­sel­hos de polit­i­cas pub­li­cas.

O tra­bal­ho tem ini­cio com ofic­i­nas de capac­i­tação com lid­er­anças pop­u­lares, orga­ni­za­ções civis e téc­ni­cos de gov­er­no, crian­do um cor­po qual­i­fi­ca­do para con­duzir o proces­so par­tic­i­pa­ti­vo nos ter­ritórios. No caso de São Paulo, imag­i­namos que o lócus dessa artic­u­lação entre o ter­ritório e o Esta­do pos­sa ser coor­de­na­da pela sub­prefeitu­ra, haja vista sua escala de mez­zo de artic­u­lação (SINGER; SAGE, 2015), expres­sa na Lei 13.3999/2002.

A eta­pa sub­se­quente envolve o lev­an­ta­men­to de pri­or­i­dades em cada bair­ro. Para tal, propõe-se a metodolo­gia de painel de opinião pop­u­lar, uma modal­i­dade de escu­ta cidadã por par­tic­i­pação dire­ta cujo difer­en­cial é a dis­tribuição cícli­ca de infor­mações den­tro e den­tre ter­ritórios, per­mitin­do tan­to o lev­an­ta­men­to de prob­le­mas pri­or­itários quan­to a elab­o­ração de soluções com­par­til­hadas. Propõe-se, por­tan­to, que na base do proces­so par­tic­i­pa­ti­vo ten­hamos uma com­po­nente de rela­ciona­men­to cidadão hoje inex­is­tente no mar­co par­tic­i­pa­ti­vo munic­i­pal. Essa eta­pa vai per­mi­tir que cada bair­ro pos­sa, a par­tir de dinâmi­cas par­tic­i­pa­ti­vas locais, elab­o­rar CARTAS DE PRIORIDADES DOS BAIRROS e iden­ti­ficar ele­men­tos de con­vergên­cia e divergên­cia com (as car­tas dos) bair­ros adja­centes. Nes­sa eta­pa acon­tece a arreg­i­men­tação de cap­i­tal pop­u­lar, por­tan­to.

Para ser democráti­co, porém, esse proces­so de par­tic­i­pação pre­cisa ser cal­i­bra­do por mecan­is­mos que garan­tam a equidade. Isso impli­ca não só sub­me­ter a mas­sa de votação à uma gestão par­tic­i­pa­ti­va local, como tam­bém garan­tir o dire­ito de delib­er­ação por parte de parce­las iden­titárias e inter­ess­es seto­ri­ais (con­sel­hos de polit­i­cas pub­li­cas). Isso pois, caso con­trário, invés de for­t­ale­cer o con­tex­to democráti­co, esse expe­di­ente par­tic­i­pa­ti­vo aca­ba por frag­iliza-lo por induzir a for­mação de ondas de pop­ulis­mo majoritário.

Esse acopla­men­to é um pon­to del­i­ca­do no desen­ho de proces­sos par­tic­i­pa­tivos e, não raro, impli­ca em ten­sões soci­ais de toda ordem. A solução que encon­tramos para lidar com essas ten­sões foi a de cri­ar uma pari­dade entre o voto pop­u­lar e voto rep­re­sen­ta­ti­vo. Isso é, sub­me­ter o con­jun­to de prefer­ên­cias vin­das do voto pop­u­lar ao cri­vo do voto cole­gia­do (con­sel­hos), cri­vo este que não se traduz como um dire­ito de veto, mas em um dire­ito de reor­ga­ni­za­ção das pro­postas real­izadas em torno agen­das seto­ri­ais e iden­titárias.

Essa reor­ga­ni­za­ção impli­ca em realo­cação de até 50% dos votos real­iza­dos, na for­ma de uma reti­ra­da lin­ear e pro­por­cional de todas as rubri­c­as, e a realo­cação dess­es votos por meio de endos­so à pro­postas exis­tentes, ou em novas pro­postas, elab­o­radas pelos con­sel­hos con­forme suas pri­or­i­dades polit­i­cas. Isso seria feito por cada con­sel­ho, crian­do agen­da seto­ri­ais.

No com­puto ger­al, o resul­ta­do é obti­do a par­tir de soma sim­ples, com­puto divi­di­do pelo numero de con­sel­hos. Desse modo, a ideia é que cada con­sel­ho ten­ha peso equiv­a­lente, seja do voto pop­u­lar, seja dos demais con­sel­hos. Essa eta­pa vai per­mi­tir que cada bair­ro pos­sa elab­o­rar AGENDAS SETORIAIS DE OBRAS, SERVIÇOS E ATENÇÕES SOCIAIS e iden­ti­ficar ele­men­tos de con­vergên­cia e divergên­cia com as agen­das dos bair­ros adja­centes. Nes­sa eta­pa acon­tece a arreg­i­men­tação de cap­i­tal social, por­tan­to.

Ciclo con­tin­uo, o pas­so seguinte é a adap­tação da von­tade expres­sa pelo voto pop­u­lar ao novo con­tex­to, ori­un­do das dire­trizes expres­sas pelos con­sel­hos, por­tan­to. Isso é, sub­me­ter as Agen­das Seto­ri­ais De Obras, Serviços E Atenções Soci­ais a um novo cri­vo pop­u­lar, mas ago­ra por meio de assem­bleias pop­u­lares medi­adas por expe­di­entes par­tic­i­pa­tivos do tipo OP. Assem­bleias em que são eleitos del­e­ga­dos para rep­re­sen­tação ter­ri­to­r­i­al, iden­titária e seto­r­i­al, reunidos em con­sel­ho, e em que as Agen­das Seto­ri­ais De Obras, Serviços E Atenções Soci­ais sejam pen­sadas regional­mente, con­sol­i­dan­do PLANOS REGIONAIS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE ATENÇÕES SOCIAIS. O desen­volvi­men­to dessa for­mu­lação, por sua vez, pode tan­to ser fei­ta tan­to por novas ofic­i­nas de OP, como por ofic­i­nas par­tic­i­pa­ti­vas pro­movi­dos pelos próprios con­sel­hos de polit­i­cas pub­li­cas, cor­re­spon­dentes a cada rubri­ca, algo a ser deci­di­do ter­ritório à ter­ritório. Por fim, a eta­pa final con­siste na for­mu­lação de peças leg­isla­ti­vas e orça­men­tarias (plano de metas, PPA, etc), resul­ta­do da mobi­liza­ção polit­i­ca.

Essa pro­pos­ta propõe uma retoma­da de um per­cur­so históri­co, ini­ci­a­do nas gestões Erun­d­i­na e Supl­i­cy, que procurou inte­grar uma per­spec­ti­va ter­ri­to­r­i­al na gestão e plane­ja­men­to munic­i­pal. Isso impli­ca na revisão das atribuições do Con­sel­ho Par­tic­i­pa­ti­vo Munic­i­pal — CPM e na revisão dos arti­gos 34 e 35 da Lei nº 15.764/2013. Ao faze-lo, propõe a inclusão da par­tic­i­pação dire­ta no proces­so par­tic­i­pa­ti­vo munic­i­pal, ofer­e­cen­do novas per­spec­ti­vas para a agên­cia pop­u­lar frente à prat­i­cas de plane­ja­men­to e de desen­ho orça­men­tário (LEIRNER, 2024; LEIRNER; SANCHEZ, 2023). Uma per­spec­ti­va que enquadra a par­tic­i­pação e a descen­tral­iza­ção no debate sobre instru­men­tos políti­cos (LASCOUMES; LE GALES, 2007) e inter­ações medi­adas (ISUNZA; LAVALLE, 2018) em respos­ta ao imper­a­ti­vo criti­co de se pen­sar o dire­ito à cidade pela óti­ca democráti­ca (HARVEY, 2015).

 

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LEI 14.129/2021. Disponív­el em:
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DECRETO 58.426/2018. Disponív­el em:
https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-58426-de-18-de-setembro-de-2018
Aces­so em: 9 de maio de 2024

DECRETO nº 59.023/2019. Disponív­el em:
https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-59023-de-21-de-outubro-de-2019
Aces­so em: 9 de maio de 2024

LEI 13.019 / 2014. Disponív­el em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm
Aces­so em: 9 de maio de 2024

DECRETO 61.718/2022. Disponív­el em:
https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-61718-de-18-de-agosto-de-2022
Aces­so em: 9 de maio de 2024

MEDIDA PROVISÓRIA MPV 1164/2023. Disponív­el em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/mpv/mpv1164.htm
Aces­so em: 9 de maio de 2024

EMENDA — CMMPV 1164/2023. Disponív­el em:
https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=9302364&disposition=inline Aces­so em: 9 de maio de 2024

LINKS DE PAGINAS GOVERNAMENTAIS

PARTICIPE+, disponív­el em:
https://participemais.prefeitura.sp.gov.br/
Aces­so em: 9 de maio de 2024

Obser­vasam­pa (SGM), disponív­el em:
https://observasampa.prefeitura.sp.gov.br/
Aces­so em: 9 de maio de 2024

Geosam­pa (SMUL), disponív­el em:
https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx
Aces­so em: 9 de maio de 2024

Por­tal da Transparên­cia (CGM), disponív­el em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
secretarias/controladoria_geral/coordenadoria_de_promocao_da_integridade/
index.php?p=225079
Aces­so em: 9 de maio de 2024

Francisco Rezek, na UFRJ, sobre o Processo, na Corte Internacional de Justiça, de Genocídio em Gaza

Francisco Rezek, na UFRJ, sobre o Processo, na Corte Internacional de Justiça, de Genocídio em Gaza

Fran­cis­co Rezek, que foi Juiz da Corte Inter­na­cional de Justiça, na Haia, Min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al, por duas vezes, Pres­i­dente do Tri­bunal Supe­ri­or Eleitoral, e Min­istro das Relações Exte­ri­ores brasileiro,  em Aula Magna, na Fac­ul­dade Nacional de Dire­ito da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de JaneiroUFRJ, sobre “Gaza e o colap­so do Dire­ito Inter­na­cional”.

O inter­na­cional­ista fala sobre as novas per­gun­tas que devem ser feitas, em relação ao pre­sente e ao futuro do dire­ito inter­na­cional, diante das vio­lações graves a esse dire­ito e aos dire­itos humanos e human­itários cometi­das pelo Gov­er­no do Esta­do de Israel, e a reação da sociedade inter­na­cional.

Assista aqui, ou medi­ante aces­so a este link;

 

Escola Trevisan de Negócios completa 25 Anos: inclusiva e digital

Escola Trevisan de Negócios completa 25 Anos: inclusiva e digital

A Esco­la Tre­visan de Negó­cios, na noite da últi­ma terça-feira, seis de agos­to de 2024, no auditório do Cen­tro de Inte­gração Empre­sa Esco­la — CIEE, comem­o­rou seus vinte e cin­co anos de êxi­to no ensi­no e na difusão cul­tur­al da con­tabil­i­dade.

Mais impor­tante fac­ul­dade brasileira de ciên­cias con­tábeis, com pro­pos­ta não ape­nas acadêmi­ca de excelên­cia, mas volta­da igual­mente para as neces­si­dades práti­cas das ativi­dades de inserção profis­sion­al e social de con­ta­dores, con­ta­do­ras, audi­tores e audi­toras, a Tre­visan foi cri­a­da por Anton­in­ho Mar­mo Tre­visan, opara realizar seu son­ho de ensi­no da con­tabil­i­dade, ativi­dade que, segun­do afir­mou em seu dis­cur­so, ren­deu-lhe impor­tantes fru­tos e recon­hec­i­men­to políti­co, social e cul­tur­al.

A cel­e­bração teve a pre­sença do Dire­tor Exec­u­ti­vo do CIEE, Hum­ber­to Casagrande, que ressaltou o com­pro­mis­so da enti­dade que dirige com a preparação e for­mação de jovens para o tra­bal­ho, com a inserção de mil­hões de estag­iários, estag­iárias e apren­dizes, em empre­sas, em parce­rias que não ape­nas per­mitem a estu­dantes darem o pas­so ini­cial e exper­i­menta­rem o sig­nifi­ca­do práti­co das car­reiras que escol­hem, como tam­bém um proces­so vir­tu­oso trans­for­mador do mer­ca­do de tra­bal­ho.

Tre­visan con­tou vários pas­sos de sua vida profis­sion­al e mostrou-se orgul­hoso das real­iza­ções da TEN, que fun­dou, ressaltan­do a colab­o­ração das empre­sas e das enti­dades de classe de con­tabil­i­dade e audi­to­ria, de cole­gas, ami­gos, ami­gas e famil­iares, pon­do espe­cial rele­vo no tra­bal­ho de seu fil­ho, Fer­nan­do Tre­visan, que, hoje, dirige a insti­tu­ição de ensi­no.

Fer­nan­do Tre­visan falou dos vinte e cin­co anos da fac­ul­dade e sub­lin­hou o pro­tag­o­nis­mo acadêmi­co e o caráter de ino­vação de seus pro­gra­mas de ensi­no, na grad­u­ação e na espe­cial­iza­ção. Fun­dador e Dire­tor salien­taram a real­iza­ção de traz­er um ensi­no de excelên­cia, pelo ele­va­do val­or de docentes e estu­dantes, bem como inclu­si­vo, por meio de men­sal­i­dades extrema­mente acessíveis, e total­mente dig­i­tal.

O even­to con­tou com a apre­sen­tação do Quar­te­to de Cor­das do Insti­tu­to Bac­carel­li, de Heliópo­lis, em São Paulo, que tocou peças de Vil­la Lobos e do grupo pop Abba.

Hou­ve debate sobre os rumos da con­tabil­i­dade e da audi­to­ria, com a par­tic­i­pação, além de Anton­in­ho Mar­mo Tre­visan, de Car­la Bel­langero, Sócia de Audi­to­ria da KPMG, Dire­to­ra Téc­ni­ca do Insti­tu­to dos Audi­tores Inde­pen­dentes do Brasil; Heloísa de Cas­tro, Vice-Pres­i­dente de Admin­is­tração e Finanças do Con­sel­ho Region­al de Con­tabil­i­dade de São Paulo; e Car­los Alber­to Bap­tistão, empresário con­tá­bil e Pres­i­dente do Sindi­ca­to das Empre­sas de Serviços Con­tábeis e das Empre­sas de Asses­so­ra­men­to, Perí­cias, Infor­mações e Pesquisas no Esta­do de São Paulo  e da Asso­ci­ação das Empre­sas de Serviços Con­tábeis do Esta­do de São Paulo, sob a coor­de­nação de Suzana Slon­zon, Coor­de­nado­ra de Grad­u­ação da Tre­visan Esco­la de Negó­cios.

O auditório esteve lota­do, pre­sentes autori­dades, profis­sion­ais e diri­gentes da con­tabil­i­dade e da audi­to­ria, rep­re­sen­tantes de empre­sas, pro­fes­sores e pro­fes­saras, fun­cionários e fun­cionárias, ex-alunos e ex-alu­nas de Tre­visan, de con­tabil­i­dade e da TEN, além de ami­gos e ami­gas do hom­e­nagea­do.

Pela Acad­e­mia Paulista de Con­tabil­i­dade, esteve pre­sente o Min­istro Nel­son Macha­do, um dos autores da Refor­ma Trib­utária.

Pela Acad­e­mia Paulista de Dire­ito — APD estiver­am pre­sentes os Acadêmi­cos Heleno Tor­res, advo­ga­do trib­u­tarista e Pro­fes­sor Tit­u­lar de Dire­ito Finan­ceiro da Uni­ver­si­dade de São Paulo, e Alfre­do Attié, Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas e Pres­i­dente da APD.

Pela Asso­ci­ação Brasileira das Enti­dades dos Mer­ca­dos Finan­ceiro e de Cap­i­tais, esteve pre­sente o advo­ga­do e Dire­tor Jurídi­co Rui Alves.

No final da cel­e­bração, antes da real­iza­ção de coque­tel, Anton­in­ho Tre­visan rece­beu troféu da Tre­visan, entregue pela ex-alu­na da Esco­la, Car­ol Mar­tinez, Dire­to­ra-ger­al da Stan­ford Social Inno­va­tion Review Brasil e Sócia da RFM Edi­tores, além de troféu de recon­hec­i­men­to do CIEE, que lhe foi entregue por Hum­ber­to Casagrande.