Genealogia do Elitismo Racista da Sociedade Brasileira

Genealogia do Elitismo Racista da Sociedade Brasileira

No próx­i­mo dia 26 de jul­ho de 2024, sex­ta-feira, às 17:30 horas, Alí­pio de Sousa Fil­ho lança seu novo livro O Menospre­zo ao Brasil Mestiço e Pop­u­lar: Genealo­gia do Elit­ismo racista da Sociedade Brasileira, pela Edi­to­ra Inter­meios.

O even­to ocor­rerá no cam­pus cen­tral da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio Grande do Norte — UFRN, no auditório BCZM.

Alí­pio de Sousa Fil­ho é Pro­fes­sor Tit­u­lar de Teo­ria Social do Insti­tu­to Human­i­tas, da UFRN e pro­fes­sor de Éti­ca e Filosofia Políti­ca do Pro­gra­ma de Pós-Grad­u­ação em Filosofia da mes­ma Uni­ver­si­dade. Doutor em Soci­olo­gia pela Uni­ver­si­dade de Paris-Sor­bonne. É Dire­tor do Human­i­tas — Insti­tu­to de Estu­dos Inte­gra­dos da UFRN, e foi cri­ador da revista Bagoas: estu­dos gays, edi­ta­da pela Edi­to­ra da UFRN, ten­do sido seu edi­tor até 2019. É autor dos livros Medos, mitos e cas­ti­gos, Cortez Edi­to­ra, 1995 e 2001; Respon­s­abil­i­dade int­elec­tu­al e ensi­no uni­ver­sitário, Edi­to­ra da UFRN, 2000;  Les métis­sages brésiliens, Stras­bourg, Press­es Uni­ver­si­taires de Stras­bourg, 2003; Brésil: Terre des métis­sages, Saar­brück­en, Press­es Uni­ver­si­taires Européennes, 2011; Tudo é con­struí­do! Tudo é revogáv­el! A teo­ria con­stru­cionista críti­ca nas ciên­cias humanas, Cortez Edi­to­ra, 2017, com tradução para o inglês, pub­li­ca­da pela edi­to­ra Peter Lang, de Oxford, em 2019. Foi coor­ga­ni­zador e autor de capí­tu­lo do livro Car­tografias de Fou­cault, pub­li­ca­do pela edi­to­ra Autên­ti­ca, em 2008, e coau­tor do livro Que é ide­olo­gia? edi­ta­do em Lis­boa, pela Esco­lar Edi­to­ra, em 2016. É, ain­da, autor de arti­gos e ensaios pub­li­ca­dos em per­iódi­cos ou como capí­tu­los de livros, resul­ta­dos de estu­dos e par­tic­i­pações em con­gres­sos nacionais e inter­na­cionais.

O even­to, orga­ni­za­do pela edi­to­ra, pelo Insti­tu­to Human­i­tas e pela Livraria Coop­er­a­ti­va Cul­tur­al, con­tará com a par­tic­i­pação do Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, autor do Pre­fá­cio do livro. Attié é Jurista, filó­so­fo e escritor, Doutor em Filosofia da Uni­ver­si­dade de São Paulo, onde estu­dou dire­ito e história. Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, na qual sucede a Gof­fre­do da Sil­va Telles Jr, é autor dos livros Dire­ito Con­sti­tu­cional e Dire­itos Con­sti­tu­cionais Com­para­dos(São Paulo: Tirant, 2023), críti­ca dos temas e con­ceitos pre­coniza­dos pela tradição do con­sti­tu­cional­is­mo e do dire­ito con­sti­tu­cional, numa ten­ta­ti­va de fun­dar novas bases para a análise con­sti­tu­cional, diante do dire­ito inter­na­cional e do dire­ito com­para­do, a par­tir da val­oriza­ção de difer­entes tradições e con­ceitos; Brasil em Tem­po Acel­er­a­do: Políti­ca e Dire­ito (São Paulo: Tirant Brasil, 2021), e Towards Inter­na­tion­al Law of Democ­ra­cy (Valen­cia: Tirant Lo Blanch, 2022). Escreveu, ain­da, A Recon­strução do Dire­ito: Existên­cia. Liber­dade, Diver­si­dade (Por­to Ale­gre: Fab­ris, 2003), pub­li­cação de estu­do pio­neiro (Sobre a Alteri­dade: Para uma Críti­ca da Antropolo­gia do Dire­ito, São Paulo: USP, 1987), a respeito do tema da alteri­dade e de críti­ca à antropolo­gia do dire­ito e à per­manên­cia do colo­nial­is­mo, e Mon­tesquieu (Lis­boa: Chi­a­do, 2018), estu­do tam­bém pio­neiro (Tópi­ca das Paixões e Esti­lo Moral­iste, São Paulo: USP, 2000) sobre a vin­cu­lação de esti­lo e pro­je­to políti­co, no sécu­lo das Rev­oluções e do nasci­men­to do Con­sti­tu­cional­is­mo. Tam­bém é Mestre em Filosofia e Teo­ria do Dire­ito pela FD.USP, e em Dire­ito Com­para­do pela Cum­ber­land School of Law, foi Procu­rador do Esta­do de São Paulo e Advo­ga­do, exerce a função de desem­bar­gador na Justiça paulista e é mem­bro de insti­tu­ições inter­na­cionais. No pre­lo estão seus livros Econo­mia e Dire­ito: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­tórios, e Con­sti­tu­ições Africanas, tam­bém a serem edi­ta­dos pela Edi­to­ra Tirant, em São Paulo, em 2024.

Em seu Pre­fá­cio, que sub­lin­ha a importân­cia da pub­li­cação, Attié ref­ere a afeição de Alí­pio pelos “ven­ci­dos da história brasileira,” rev­e­la­dos “no per­fil mestiço de sua impressão e expressão, e de dig­nidade, na críti­ca ao menospre­zo daque­les que acabaram por moldar os perímet­ros de nos­sa autoim­agem. Rep­re­sen­tação que ora se esfacela, diante de uma insur­gente con­sciên­cia de uma difer­ença que pode indicar um novo per­cur­so cul­tur­al. Vale a pena per­cor­rer cada uma das pági­nas que seguem, respon­den­do às inda­gações do autor, na bus­ca orig­i­nal de recu­per­ar um aspec­to invis­i­bi­liza­do de nos­sos impul­sos de con­strução cidadã.”

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, hom­e­nage­an­do o autor e par­tic­i­pan­do desse impor­tante debate cul­tur­al, faz votos de que o livro de Alí­pio de Sousa Fil­ho rece­ba uma leitu­ra aten­ta e uma inter­pre­tação com seu espíri­to de des­per­tar democráti­co.

 

 

Democracia, Direitos Humanos e Constituição em Debate na UNAM

Democracia, Direitos Humanos e Constituição em Debate na UNAM

Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, pro­feriu con­fer­ên­cia, na Uni­ver­si­dad Nacional Autóno­ma de Méx­i­coUNAM, a con­vite da Pro­fes­so­ra Liz­beth Xóchtil Padil­la Sanabria.

O even­to teve lugar no auditório da Fac­ul­dad de Estu­dios Supe­ri­ores Acatlán da UNAM, con­tan­do com a pre­sença de pro­fes­so­ras e pro­fes­sores, alunos e alu­nas pesquisadores de pós-grad­u­ação daque­la Uni­ver­si­dade — UNAM-Pos­gra­do eSec­re­taria de Pos­gra­do e Inves­ti­gación.

Attié dis­cor­reu sobre a vin­cu­lação entre democ­ra­cia, dire­itos humanos e con­sti­tu­ição, a par­tir da per­spec­ti­va da igual­dade sub­stan­cial, do recon­hec­i­men­to, para encam­in­har uma reflexão sobre o fluxo do poder, recu­peran­do seu caráter con­sti­tu­cional. Para tan­to, segun­do Attié, have­ria neces­si­dade de criticar e aban­donar o par­a­dig­ma admin­is­tra­ti­vo do dire­ito, que o leva a atu­ar mais na instru­men­tação das chamadas gov­er­nação e gestão do que efe­ti­va­mente na fun­dação e con­strução de uma sociedade ver­dadeira­mente políti­ca, no sen­ti­do de ser democráti­ca e, em decor­rên­cia, par­tic­i­pa­ti­va. Attié ain­da abor­dou a neces­si­dade de uma nova con­cepção do poder de jul­gar. Respon­den­do às questões dos pre­sentes, falou sobre a plas­ti­ci­dade insti­tu­cional históri­ca da políti­ca, no sen­ti­do de provo­car o esforço imag­i­na­ti­vo e cria­ti­vo para a con­sti­tu­ição de novas exper­iên­cias e insti­tu­ições. Ao final, disse que o par­a­dig­ma do garan­tismo é impor­tante, mas não sufi­ciente, ten­do em vista a neces­si­dade de super­ar a situ­ação colo­nial ain­da imper­ante.

Par­tic­i­param, ain­da dos debates, a Pro­fes­so­ra Liz­beth, que referiu questões rel­a­ti­vas ao proces­so eleitoral mex­i­cano, o Pro­fes­sor Lean­dro Eduar­do Astrain Bañue­los  e a Pro­fes­so­ra, Susana Martínez Nava, ambos da (Uni­ver­si­dad de Gua­na­ju­a­to, e  o Pro­fes­sor Mario Enríques Car­ba­jal, da UNAM. O Pro­fes­sor Lean­dro, acen­tu­ou a importân­cia dos pres­su­pos­tos do garan­tismo, sobre­tu­do na área do dire­ito penal con­sti­tu­cional. A pro­fes­so­ra Suzana teceu comen­tários à exposição de Attié, referindo o pen­sa­men­to de John Rawls, em diál­o­go com as pro­postas feitas pelo Pro­fes­sor brasileiro. O Pro­fes­sor Car­ba­jal falou sobre o caráter cícli­co da democ­ra­cia.

Com inten­sa par­tic­i­pação do lota­do auditório da Uni­ver­si­dade, o encon­tro se encer­rou com agradáv­el recepção, no cam­pus, com a preparação de comi­das típi­cas mex­i­canas, em momen­to que per­mi­tiu inten­sa inter­ação com estu­dantes e docentes.

Para o segun­do semes­tre, ficou acer­ta­da a vin­da dos Pro­fes­sores Mex­i­canos ao Brasil, para nova roda­da de coop­er­ação, que se vai con­stru­in­do e se tor­nan­do fun­da­men­tal para a agen­da jurídi­ca dos dois País­es.

Attié ain­da foi lev­a­do a con­hecer o cam­pus cen­tral da UNAM, uni­ver­si­dade cen­tenária, que desen­volve, para além do ensi­no a seus mais de meio mil­hão de estu­dantes, ativi­dades edu­ca­cionais e cul­tur­ais em bene­fí­cio do Méx­i­co e da sociedade inter­na­cional.

Assista a parte das exposições e dos debates, a seguir, ou por meio do aces­so a este link.

 

O Supremo Tribunal Federal e a Ditadura: entre Cooperação e Resistência

O Supremo Tribunal Federal e a Ditadura: entre Cooperação e Resistência

A edi­to­ra D’Plá­ci­do, de São Paulo, pub­li­ca a tese de doutora­men­to de Vini­cius Abdala Gonçalves, real­izan­do o lança­men­to no próx­i­mo dia três de agos­to, de 2024, a par­tir das 17 horas, no Gor­in­hamêz, em São Paulo, na Alame­da Jaú, 1512.

A tese foi ori­en­ta­da por Guil­herme de Almei­da, do Depar­ta­men­to de Relações Inter­na­cionais da Uni­ver­si­dade de São Paulo, sus­ten­ta­da per­ante ban­ca, na Fac­ul­dade de Dire­ito da mes­ma Uni­ver­si­dade, com­pos­ta, entre out­ros, pela Vice-Dire­to­ra da FD.USP, Ana Elisa Bechara, e pelo Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié.

Vini­cius é Mestre em Dire­ito pela Uni­ver­si­dade de Lis­boa e Doutor em Dire­ito pela FD.USP, com firme atu­ação pes­soal e profis­sion­al nacional e inter­na­cional na defe­sa dos dire­itos humanos.

Como expli­ca Alfre­do Attié, na Apre­sen­tação do livro, “três teses são sus­ten­tadas por Vini­cius, com habil­i­dade e firme propósi­to democráti­co: a pos­si­bil­i­dade de respon­s­abi­liza­ção do Esta­do brasileiro pelos crimes que seus agentes per­pe­traram, durante a últi­ma ditadu­ra civ­il-mil­i­tar (que durou de 1964 a 1986), per­ante tri­bunais inter­na­cionais, ten­do como sus­ten­tácu­lo jurídi­co o Dire­ito Inter­na­cional dos Dire­itos Humanos, sobre­tu­do o Sis­tema Region­al Inter­amer­i­cano; a análise da atu­ação do Supre­mo Tri­bunal fed­er­al brasileiro durante o perío­do dita­to­r­i­al, para con­cluir se a Justiça brasileira teve atu­ação copar­tic­i­pa­ti­va no proces­so de imposição e ampli­ação do regime de exceção; e, como ele­men­to de conexão entre essas duas primeiras teses, uma análise con­ceitu­al, hau­ri­da em tex­tos vin­cu­la­dos à tradição da filosofia exis­ten­cial, sobre­tu­do Han­nah Arendt, para poder com­preen­der tan­to a pro­pos­ta de respon­s­abi­liza­ção, pos­ta na primeira tese, quan­to o papel desem­pen­hado pela Justiça brasileira, que­si­to de perquir­ição, na segun­da tese.”

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito estará pre­sente no lança­men­to, con­vi­dan­do a todas as pes­soas inter­es­sadas no proces­so de con­strução democráti­ca à leitu­ra dessa impor­tante obra.

 

EnvelheSer, de Muna Zeyn, em lançamento no auditório Dom Paulo Evaristo Arns

EnvelheSer, de Muna Zeyn, em lançamento no auditório Dom Paulo Evaristo Arns

No dia nove de agos­to de 2024, a par­tir das dezen­ove horas, Muna Zeyn lança seu livro Envel­h­eSer, na Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São Paulo.

O lança­men­to ocor­rerá no auditório Dom Paulo Evaris­to Arns, e con­tará com a pre­sença da Assis­tente Social, Dep­uta­da Fed­er­al e Pro­fes­so­ra Luiza Erun­d­i­na, que é auto­ra do pre­fá­cio do livro. Luiza Erun­d­i­na é uma das mais impor­tantes políti­cas brasileiras, recon­heci­da pelas impor­tantes ini­cia­ti­vas e real­iza­ções em políti­cas públi­cas voltadas à efe­ti­vação dos dire­itos humanos, sobre­tu­do a edu­cação, a cul­tura, a saúde, a igual­dade e a justiça social, Luiza foi, tam­bém, Prefei­ta da Cidade de São Paulo, Min­is­tra da Sec­re­taria de Admin­is­tração Fed­er­al, Dep­uta­da Estad­ual, e Vereado­ra.

O livro é pub­li­ca­do pela Edi­to­ra Kot­ter (veja aqui).

Muna é Chefe de Gabi­nete da Dep­uta­da Fed­er­al Luiza Erun­d­i­na des­de 1983. Grad­u­a­da em Serviço Social, exerceu o car­go de Chefe da Sec­re­taria Par­tic­u­lar da Prefeitu­ra Munic­i­pal de São Paulo- Manda­to “Gov­er­no Democráti­co Pop­u­lar” – de 1989/92, foi Coor­de­nado­ra das ativi­dades do primeiro atendi­men­to à saúde das mul­heres acam­padas, e dos assen­ta­men­tos das reser­vas indí­ge­nas do Esta­do de São Paulo. Atu­ou como mem­bro da Comis­são Cien­tí­fi­ca da Mul­her do Esta­do de São Paulo; mem­bro da Comis­são do prêmio Gal­ba Araújo – 2000/2004 e mem­bro tit­u­lar do Comitê de Vig­ilân­cia à Morte Mater­na e Infan­til do Esta­do de São Paulo- 2008/2016. Par­ticipou da elab­o­ração da Lei 2.155/1999, que criou o relatório Anu­al Socioe­conômi­co da Mul­her — RASEAM; da Lei 11.104/2005, que dis­põe sobre a obri­ga­to­riedade de insta­lação de brin­que­dote­cas nas unidades de saúde, que ofer­e­ce­r­am atendi­men­to pediátri­co em regime de inter­nação; e da Lei 11.634/2007, que garante o dire­ito da ges­tante ao con­hec­i­men­to e vin­cu­lação à mater­nidade do SUS onde fará seu par­to. As três leis são de auto­ria da dep­uta­da Luiza Erun­d­i­na. Hom­e­nagea­da com a medal­ha Ruth Car­doso em 2010 e foi apre­sen­ta­do­ra do Pro­gra­ma ALLTV Mul­her, de 2003 a 2014.

Muna luta pela par­tic­i­pação efe­ti­va da Mul­her na Políti­ca e nos espaços de poder. É, ain­da, auto­ra do blog Palavra de Mul­her (acom­pan­he as posta­gens e dis­cussões, aqui).

Em pre­fá­cio que salien­ta o tal­en­to de Muna Zeyn, além de ressaltar a admi­ração profis­sion­al e a amizade pes­soal, Luiza Erun­d­i­na afir­ma que “descon­stru­ir os estig­mas da vel­hice é o obje­ti­vo prin­ci­pal deste livro espe­cial escrito por Muna Zeyn. A auto­ra, uma queri­da cole­ga de profis­são e ex-alu­na, rev­ela um inter­esse pro­fun­do pelo tema do envel­he­cer, suas nuances e tex­turas. Com décadas de exper­iên­cia como assis­tentes soci­ais con­cur­sadas na Prefeitu­ra Munic­i­pal de São Paulo, Muna e eu com­par­til­hamos uma jor­na­da profis­sion­al que enriquece este tra­bal­ho. Muna nos con­vi­da a embar­car numa jor­na­da de reflexões e descober­tas que moldaram este livro. Ela se sen­tiu pro­fun­da­mente imer­sa na abor­dagem do tema, dese­jan­do tocar a imag­i­nação e aca­len­tar os corações dos leitores que se aven­tu­ram em suas pági­nas. No entan­to, ape­sar de seu envolvi­men­to emo­cional, man­teve uma análise obje­ti­va dos vari­a­dos aspec­tos do envel­hec­i­men­to. A auto­ra desta­ca a importân­cia do “ouvir” como por­tal para mun­dos inex­plo­rados de sabedo­ria e humanidade. Ela com­par­til­ha histórias que con­frontam a visão arcaica da vel­hice asso­ci­a­da ao sofri­men­to e lim­i­tações. Essa descober­ta reflete sua con­cepção con­stru­ti­va sobre o envel­hec­i­men­to, evi­dente ao lon­go do tra­bal­ho. Muna faz um ape­lo insis­tente e apaixon­a­do pela mudança pes­soal e social. Ela se iden­ti­fi­ca com aque­les que se inqui­etam pela mudança, infla­man­do sua própria “inqui­etação”. Sua empa­tia com o movi­men­to de 1968 inspi­ra suas con­vicções, reforçan­do sua lid­er­ança no movi­men­to fem­i­nista no Brasil, espe­cial­mente na defe­sa da saúde e dire­itos das mul­heres. Em 2022, Muna foi hom­e­nagea­da com o Diplo­ma Mul­her-Cidadã Car­lota Pereira de Queirós pela Câmara dos Dep­uta­dos, recon­hec­i­men­to de sua ded­i­cação à causa fem­i­nista. Este livro, por­tan­to, não só tra­ta do envel­hec­i­men­to como um está­gio da existên­cia humana, mas tam­bém cel­e­bra a tra­jetória de uma mul­her com­pro­meti­da com a justiça e inclusão social. Muna Zeyn, com o apoio do jor­nal­ista Cami­lo Borges de Car­val­ho, cap­tura a dura real­i­dade obser­va­da em sua pesquisa. A práti­ca da escu­ta profis­sion­al tor­na-se uma opor­tu­nidade de apren­diza­gem e descober­ta, geran­do empa­tia pelo sofri­men­to das pes­soas estu­dadas. Con­vi­da os leitores a refle­tirem sobre o impacto dess­es fatos em suas vidas e relações, e suas impli­cações no proces­so de envel­hec­i­men­to. Aceitar o con­vite de Muna para refle­tir sobre o envel­hec­i­men­to é, simul­tane­a­mente, estar den­tro e fora deste proces­so de bus­ca e descober­ta do SER no envel­he­cer. A auto­ra ilu­mi­na as inqui­etações dos leitores, ofer­e­cen­do novas per­spec­ti­vas e for­t­ale­cen­do a certeza de que viv­er ple­na­mente é um dire­ito de todos. Muna Zeyn nos con­vi­da a son­har, imag­i­nar e con­stru­ir uma sociedade mais jus­ta e inclu­si­va, onde os idosos sejam trata­dos com respeito e dig­nidade. Seu tra­bal­ho é um ape­lo gen­eroso para que a fase final da existên­cia humana seja cel­e­bra­da como o alvore­cer de uma nova vida.”

O lança­men­to con­tará com a pre­sença de ami­go e ami­gas, cole­gas, estu­dantes, pro­fes­so­ras e pro­fes­sores, autori­dades e rep­re­sen­tantes de cole­tivos e movi­men­tos soci­ais, defen­sores dos dire­itos da cidada­nia.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito estará pre­sente, em hom­e­nagem à auto­ra, que reflete, em seu belís­si­mo tra­bal­ho, a rad­i­cal­i­dade de seu envolvi­men­to democráti­co e do ver­dadeiro sen­ti­do e sen­ti­men­to da natureza da vida.

Carta de Lisboa reedifica o projeto da democracia vinculado à justiça social

Carta de Lisboa reedifica o projeto da democracia vinculado à justiça social

O Insti­tu­to Novos Par­a­dig­mas e sua Revista Democ­ra­cia e Dire­itos Fun­da­men­tais, a Fun­dação José Sara­m­a­go, com o apoio da Asso­ci­ação 25 de Abril e do per­iódi­co A Ter­ra é Redon­da, e patrocínio da Open Soci­ety Foun­da­tions, reuni­ram int­elec­tu­ais e ativis­tas europeus e lati­no-amer­i­canos, em Lis­boa, para cel­e­brar o mar­co históri­co-cul­tur­al da Rev­olução dos Cravos e debater os des­ti­nos da democ­ra­cia con­tem­porânea e a neces­si­dade de a reconec­tar com a luta pelos dire­itos soci­ais.

Como resul­ta­do dos debates, foi redigi­da, aprova­da e pub­li­ca­da a Car­ta de Lis­boa, doc­u­men­to políti­co-poéti­co de con­vo­cação à per­manên­cia da luta pela con­strução da con­vivên­cia pau­ta­da pela paz, far­tu­ra e esper­ança de todos os habi­tantes do plan­e­ta, pal­co e agente de con­sti­tu­ição de um novo mun­do.

Tar­so Gen­ro expli­cou ao Jor­nal por­tuguês Diário de Notí­cias, a for­matação do encon­tro, seu desen­ro­lar e obje­tivos.

Leia a entre­vista que con­cedeu ao Dário, aqui, e a Car­ta, a seguir.

 

Carta de Lisboa

HONRAR A HERANÇA DO 25 DE ABRIL DAS ESQUERDAS E DOS PROGRESSISMOS PARA CONSTRUIR UM MUNDO DE JUSTIÇA E LIBERDADE

O 25 de abril de 1974 é um mar­co históri­co que tran­scende as fron­teiras de Por­tu­gal. A Rev­olução dos Cravos irra­diou um lega­do uni­ver­sal de luta pela democ­ra­cia e pelos dire­itos soci­ais. Este movi­men­to, que cul­mi­nou no fim de uma ditadu­ra de 48 anos, rep­re­sen­ta um tri­un­fo da von­tade pop­u­lar sobre a tira­nia, da democ­ra­cia sobre o fas­cis­mo, dos dire­itos sobre a opressão, da lib­er­tação nacional sobre o colo­nial­is­mo. Os cravos, sím­bo­lo dessa rev­olução, colo­ca­dos nos canos dos fuzis dos sol­da­dos, sinalizaram a rejeição à vio­lên­cia e um com­pro­mis­so com a paz. Esta imagem ressoou glob­al­mente, inspi­ran­do movi­men­tos democráti­cos ao redor do mun­do. O lega­do da Rev­olução de Abril está fun­da­do na defe­sa intran­si­gente da liber­dade, da igual­dade e da justiça social. A rev­olução não ape­nas der­rubou um regime autoritário, mas tam­bém lançou as bases para a con­strução de um Esta­do democráti­co, onde os dire­itos humanos têm um lugar cen­tral, sendo respeita­dos e pro­movi­dos. Os dire­itos fun­da­men­tais, como edu­cação, saúde, habitação e tra­bal­ho foram ele­va­dos a pri­or­i­dades nacionais, refletindo um com­pro­mis­so com a dig­nidade humana que serve de exem­p­lo uni­ver­sal. Entre os lega­dos de abril, estão a lib­er­tação nacional dos povos oprim­i­dos pelo colo­nial­is­mo assum­i­da como tare­fa do novo Esta­do e dos seus novos gov­er­nos; a con­sti­tu­ição antifascista, democráti­ca e respeitosa dos dire­itos das mul­heres que emergiu do proces­so con­sti­tu­inte rev­olu­cionário; a inte­gração do país na comu­nidade europeia que deu sus­ten­tação à democ­ra­cia social e políti­ca ali instau­ra­da, em que pese a vitória, até o pre­sente, da “Europa do Cap­i­tal” sobre o ide­al da Europa social. Rev­oluções não mor­rem, mas se trans­for­mam. Abril sub­lin­ha a importân­cia da memória como pilar essen­cial da democ­ra­cia. A rev­olução nasceu do dese­jo de paz, de pôr fim a uma guer­ra colo­nial que matou mil­hares de pes­soas de todas as frentes e lados. A mobi­liza­ção pop­u­lar que car­ac­ter­i­zou a Rev­olução dos Cravos é um aler­ta perene às esquer­das e aos pro­gres­sis­mos de que a democ­ra­cia não é um dado adquiri­do, mas uma con­quista con­tínua que requer vig­ilân­cia, ação con­stante e lin­guagem ino­vado­ra, incluin­do as especi­fi­ci­dades do ambi­ente dig­i­tal e seu poten­cial de livre cir­cu­lação de men­ti­ras fab­ri­cadas. Essa dis­pu­ta deve se realizar a par­tir de ideias práti­cas ren­o­vadas e ini­cia­ti­vas de reg­u­lação. Diante das ameaças que o plan­e­ta e a humanidade vivem – em par­tic­u­lar o pesade­lo do for­t­alec­i­men­to das ideias de extrema-dire­i­ta nas últi­mas décadas, as mudanças climáti­cas pro­duzi­das pelo sis­tema do cap­i­tal e as incertezas ger­adas pela influên­cia das redes soci­ais nas for­mas de socia­bil­i­dade – o lega­do de abril nos moti­va a enfrentar ess­es desafios com cor­agem, tol­erân­cia e a imag­i­nação para son­har e con­stru­ir um mun­do mel­hor. As con­quis­tas e a democ­ra­cia que o povo con­stru­iu não serão destruí­das pelas difer­entes for­mas de opressão repro­duzi­das pelo neolib­er­al­is­mo. A memória de abril deve reforçar o com­pro­mis­so de pro­mover os dire­itos fun­da­men­tais, cujas sementes a rev­olução por­tugue­sa espal­hou ao mun­do feito ale­crim, sejam garan­ti­dos a todo o plan­e­ta. A democ­ra­cia que con­struí­mos e que quer­e­mos apro­fun­dar não se restringe aos proces­sos eleitorais. Tra­ta-se de recon­hecer que democ­ra­cia deve estar asso­ci­a­da à garan­tia dos dire­itos. Garan­tir segu­rança, ali­men­tação, edu­cação, habitação, tra­bal­ho, democ­ra­ti­za­ção dos meios de comu­ni­cação. Deve vin­cu­lar-se à elim­i­nação do racis­mo e de qual­quer for­ma de seg­re­gação. Ao acol­hi­men­to solidário e jus­to dos tra­bal­hadores inde­pen­dente de sua origem, da tol­erân­cia reli­giosa, da igual­dade rad­i­cal entre gêneros, recon­hecen­do fem­i­nis­mos, pois cabe às mul­heres ger­ar vida e cuida­do no mun­do. Nos reuni­mos na casa das memórias e das ideias de José Sara­m­a­go. E é sobre a influên­cia e os val­ores do lega­do de abril que nos colo­camos o desafio de con­stru­ir um novo mun­do, de paz, far­tu­ra e esper­ança. Avance­mos na luta pelos ideais de um out­ro mun­do pos­sív­el.

Alfredo Attié em Aula Magna aos alunos e alunas da FDRP da USP

Alfredo Attié em Aula Magna aos alunos e alunas da  FDRP da USP

Em sete de março, o Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, Alfre­do Attié, a con­vite do Pro­fes­sor Nuno Coel­ho, Dire­tor da Fac­ul­dade de Dire­ito de Ribeirão Pre­to, da Uni­ver­si­dade de São PauloFDRP.USP, pro­feriu Aula Magna aos calouros do Cur­so de Dire­ito.

Attié falou sobre a relação críti­ca entre Filosofia e Políti­ca, a par­tir da per­spec­ti­va de que o dire­ito se con­sti­tuiria em proces­so civ­i­liza­cional, capaz de engen­drar uma ter­ceira via para que o pen­sa­men­to e a vida ati­va se pos­sam coad­unar e viv­i­ficar-se mutu­a­mente.

Assista à aula, a seguir, ou por meio do link orig­i­nal.

 

Universidade de Roma La Sapienza: Cúpula Roma e Curso de Direito Público Itália-Brasil

Universidade de Roma La Sapienza: Cúpula Roma e Curso de Direito Público Itália-Brasil

Entre os dias 1º e 5 de jul­ho de 2024, a Uni­ver­sità degli Stu­di di Roma ILa Sapien­za — e seu Dipar­ti­men­to di Stu­di Giuridi­ci ed Eco­nomi­ci, realizarão, sob a coor­de­nação dos Pro­fes­sores Doutores Augus­to Neves Dal Poz­zo e Bruno José Queiroz Ceretta,  da Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São Paulo, e Ines Ciol­li Francesco Bilan­cia, da Uni­ver­sità di Roma I, a Cúpu­la Roma de Dire­ito Públi­co Itália-Brasil Cupo­la Roma di Dirit­to Pub­bli­co Italia-Brasile — e o Cur­so de Dire­ito Públi­co Itália-Brasil: Jor­nadas Íta­lo-Brasileiras de Estu­do  - Cor­so di Dirit­to Pub­bli­co Italia-Brasile: Goir­nate di Stu­dio Ita­lo-Brasil­iane.

O even­to con­si­s­tirá em exposições de reno­ma­dos pro­fes­sores ital­ianos e brasileiros, seguidas de debates entre os pre­sentes. O obje­ti­vo é pro­mover um ambi­ente intimista e infor­mal, que favoreça o entrosa­men­to acadêmi­co entre os pre­sentes, em anális­es que farão revis­i­tar temas clás­si­cos do Dire­ito Públi­co, estim­u­lan­do o inter­câm­bio cien­tí­fi­co entre os par­tic­i­pantes e pro­por­cio­nan­do a atu­al­iza­ção de tópi­cos de relevân­cia, visan­do ampli­ar as fron­teiras do con­hec­i­men­to atu­al.

O even­to terá a par­tic­i­pação, além dos orga­ni­zadores, dos Pro­fes­sores Cesare Pinel­li, Gae­tano Azzari­ti, Francesco Bilan­cia, Alfre­do Calderale, Mar­cio Cam­marosano, Mari­na Fara­co, Alexan­dre Jorge Carneiro da Cun­ha Fil­ho, Marce­lo do Val, Per­ci­val Bar­iani Jr, José Mau­rí­cio Con­ti, Claris­sa F. Mace­do D’Isep, Ivan Lelis Bonil­ha, João Negri­ni Neto, Nel­son Faria de Oliveira, Alber­to Zacharias Toron, Anto­nio Aral­do Fer­raz Dal Poz­zo, Leonar­do Flo­ren­cio de Car­val­ho, Thaís Marçal, Helder Gonçalves Lima, Edgar Guimarães, André Por­to Ale­gre, Beat­riz Dal Poz­zo e Alfre­do Attié.

Para o Pro­fes­sor Augus­to Dal Poz­zo, tra­ta-se de “opor­tu­nidade fan­tás­ti­ca de nos reunir­mos no orácu­lo do Dire­ito, que a Uni­ver­sità di Roma La Sapien­za rep­re­sen­ta, deba­ten­do temas rel­e­vantes para o futuro do dire­ito públi­co, em   ver­dadeira cúpu­la de juris­tas, que abor­darão os temas e adornarão o even­to, de maneira tran­scen­dente, em exper­iên­cia trans­for­mado­ra e de con­strução de memórias duradouras.”

O encon­tro acadêmi­co, expli­ca o Pro­fes­sor Bruno Ceretta, procu­rará “redis­cu­tir os temas clás­si­cos do Dire­ito Públi­co com uma abor­dagem con­tem­porânea, à luz dos desafios e prob­le­mas de hoje, em for­ma­to não somente teóri­co, mas, tam­bém, práti­co, abrangen­do par­tic­i­pações de diver­sas per­spec­ti­vas do exer­cí­cio profis­sion­al e con­cre­to do Dire­ito. Com issocon­clui —, na tradi­cional Sapien­za di Roma, prin­ci­pal insti­tu­ição de ensi­no jurídi­co da Itália e que, his­tori­ca­mente, for­ma os seus quadros políti­cos e jurídi­cos diri­gentes, espera-se dar iní­cio a uma pro­pos­ta de estu­dos e debates de excelên­cia, entre os dois País­es, e ren­o­van­do, prin­ci­pal­mente, o jus­pub­li­cis­mo brasileiro.

Os temas abor­da­dos serão: Princí­pios de Dire­ito Públi­coAdmin­is­tração Públi­ca e Inteligên­cia Arti­fi­cialEsta­do de Dire­ito, Esta­do Social e Rep­re­sen­tação Políti­caFed­er­al­is­mo e For­mas de Divisão Geográ­fi­ca do PoderDemoc­ra­cia, Cidada­nia Dig­i­tal, Par­tic­i­pação Políti­ca on-linefake news, Dire­ito Públi­co, Desen­volvi­men­to e Juris­dição.

Para Alfre­do Attié, “os temas, tão bem e cuida­dosa­mente sele­ciona­dos pelos Pro­fes­sores orga­ni­zadores do encon­tro, con­stituem-se, igual­mente, em desafios à reflexão críti­ca e à con­strução de soluções para os mais impor­tantes prob­le­mas con­tem­porâ­neos, tran­scen­den­do o uni­ver­so da ciên­cia e da práti­ca do dire­ito, em ver­dadeira con­sti­tu­ição civ­i­liza­cional par­tic­i­pante. O encon­tro demon­stra a gen­erosi­dade e gen­tileza dos Pro­fes­sores Dal Poz­zo, Ceretta, Ciol­li e Bilan­cia, ao, des­de logo, com­par­til­harem suas reflexões e per­mi­tirem a ampli­ação do apren­diza­do de seus con­vi­da­dos e con­vi­dadas, na audição de juris­tas ital­ianos e brasileiros, e sua con­tribuição a um pro­je­to que sinal­iza per­manên­cia e desen­volvi­men­to, no sen­ti­do éti­co da for­mação desse per­cur­so civ­i­liza­tório inter­na­cional.”

Veja, a seguir, a Pro­gra­mação, em por­tuguês e ital­iano, e os Par­tic­i­pantes do even­to inter­na­cional:

 

 

 

 

Em 16 de julho, completam-se 25 anos do falecimento de André Franco Montoro

Em 16 de julho, completam-se 25 anos do falecimento de André Franco Montoro

Nasci­do na cidade de São Paulo, em qua­torze de jul­ho de 1916, André Fran­co Mon­toro desta­cou-se como um dos mais impor­tantes políti­cos da história brasileira.

Foi um dos fun­dadores da Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de São PauloPUC SP —, que nasceu suce­den­do a anti­ga Fac­ul­dade de Filosofia, Ciên­cias e Letras de São Ben­toFFCL São Ben­to —, Fran­co Mon­toro foi seu pro­fes­sor por muitos anos, de Intro­dução ao Estu­do do Dire­ito. Dess­es cur­sos, resul­tou o man­u­al que se tornou seu maior lega­do ao ensi­no jurídi­co. Pub­li­cou, ain­da, mais de dezes­sete livros, sobre temas jurídi­cos e da políti­ca, reple­tos de lições decor­rentes de sua exper­iên­cia coer­ente e de ensi­na­men­tos éti­cos, influ­en­ci­a­dos pela Dout­ri­na Social da Igre­ja.

For­ma­do em Dire­ito pela Uni­ver­si­dade de São Paulo, e em Filosofia e Ped­a­gogia pela FFCL São Ben­to,.

Ini­ciou seu per­cur­so pleno de êxi­tos na políti­ca, no anti­go Par­tido Democ­ra­ta Cristão, depois ten­do sido um dos líderes da resistên­cia democráti­ca durante o regime dita­to­r­i­al civ­il mil­i­tar de 1964–91985/6, mil­i­tan­do no Movi­men­to Democráti­co Brasileiro — MDB. Já no perío­do democráti­co, após sua impor­tante atu­ação de apoio ao Con­gres­so Con­sti­tu­inte, foi fun­dador do Par­tido da Social Democ­ra­cia Brasileira — PSDB.

Mon­toro desta­cou-se como defen­sor da inte­gração lati­no-amer­i­cana, ten­do afir­ma­do, em arti­go que a POLIFONIA Revista Inter­na­cional da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito faz pub­licar, em seu mais recente número, na Seção Memória, que havia neces­si­dade de sub­sti­tuir “o con­fli­to pela sol­i­dariedade”, na relação entre os País­es e os Povos. Para a Améri­ca Lati­na, afir­ma­va, a opção esta­va entre “o atra­so e a inte­gração.

Foi Dep­uta­do Estad­ual, Dep­uta­do Fed­er­al, Min­istro do Tra­bal­ho, Senador e Gov­er­nador do esta­do de São Paulo, o primeiro eleito já no proces­so de rede­moc­ra­ti­za­ção do País.

Fil­ho do tipó­grafo cal­abrês Andrea Mon­toro e da espan­ho­la, de origem bas­ca, Tomasa Ali­jostes Zubia, cur­sou o ensi­no fun­da­men­tal na Esco­la Nor­mal Cae­tano de Cam­pos e con­cluiu o ensi­no médio no Colé­gio São Ben­to.

Tam­bém foi Secretário-Ger­al do Serviço Social da Sec­re­taria de Justiça do Esta­do de São Paulo e Procu­rador do Esta­do de São Paulo.

Durante a juven­tude colaborou em alguns per­iódi­cos, como O Debate, de que foi dire­tor, O Legionário, Fol­ha da Man­hã, A Noite e Diário de São Paulo.

Fran­co Mon­toro per­manece como um dos prin­ci­pais mod­e­los de exer­cí­cio éti­co da políti­ca, ten­do sido autor de várias ini­cia­ti­vas edu­ca­cionais e cul­tur­ais, cuja memória e restau­ração muito con­tribuiri­am para o proces­so de con­strução da dig­nidade da políti­ca e do dire­ito, no Brasil. Ain­da se desta­cou no Movi­men­to Dire­tas Já, que pug­na­va pela eleição dire­ta para Pres­i­dente da Repúbli­ca, no fim do regime dita­to­r­i­al.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito hom­e­nageia um de seus Patronos, escol­hi­do a nomear uma de suas Cadeiras, “em recon­hec­i­men­to de seu papel exem­plar, e sua adesão incondi­cional ao caráter democráti­co da políti­ca e do dire­ito brasileiros”, como afir­ma Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito.

Para o Pro­fes­sor da PUC SP, o jurista Már­cio Camarosano — que, em breve, rece­berá o títu­lo de Acadêmi­co de Hon­ra da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito —, “Mon­toro deve fig­u­rar no Pan­teão brasileiro, como um dos rarís­si­mos políti­cos dota­dos de ple­na dig­nidade e éti­ca, no difí­cil mane­jo da arte de delib­er­ar, no respeito à plu­ral­i­dade de con­cepções de mun­do e de val­ores, cuja expressão resul­ta em tan­tos debates. Mon­toro, respei­tan­do essa diver­si­dade de opiniões, per­maneceu coer­ente com sua for­mação democ­ra­ta-cristã.”

 

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Direito e Economia em abordagem crítica: Alfredo Attié na Universidade de Salamanca

Direito e Economia em abordagem crítica: Alfredo Attié na Universidade de Salamanca

No dia 11 de jul­ho de 2024, Alfre­do Attié, Pres­i­dente da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito e Tit­u­lar da Cadeira San Tia­go Dan­tas, pro­ferirá a Aula Magna “Dire­ito e Econo­mia: Pon­to e Con­trapon­to Civ­i­liza­tórios,” no Cur­so de Espe­cial­iza­ção Inteligên­cia Arti­fi­cial, Tec­nolo­gias, Com­pli­ance, ESG, real­iza­do pela Uni­ver­si­dad de Sala­man­ca, Espan­ha e pelo Dis­rup­tive Law Insti­tute.

O cur­so é coor­de­na­do pelo jurista brasileiro Luiz Fer­nan­do de Almei­da Guil­herme, Pro­fes­sor da Uni­ver­si­dade Pres­bi­te­ri­ana Macken­zie e do Cen­tro de Estu­dos de Dire­ito Econômi­co Social e será min­istra­do por Pro­fes­sores e Pro­fes­so­ras espan­hóis e brasileiros.

Veja a pro­gra­mação:

A Diplomacia no Governo Lula

A Diplomacia no Governo Lula

Com a autori­dade de quem exerceu a docên­cia de dire­ito inter­na­cional e de filosofia do dire­ito, na Uni­ver­si­dade de São Paulo, for­man­do ger­ações de juris­tas e con­tribuin­do, deci­si­va­mente, para a con­strução da dig­nidade da ciên­cia jurídi­ca, no Brasil e no mun­do, em conexão fun­da­men­tal com os dire­itos humanos, e a exper­iên­cia do exer­cí­cio, com êxi­to e bril­ho, do car­go de Min­istro das Relações s Exte­ri­ores, por duas vezes, na história recente da democ­ra­cia brasileira, Cel­so Lafer, Pro­fes­sor Eméri­to da Uni­ver­si­dade de São Paulo, mem­bro da Acad­e­mia Brasileira de Letras e Acadêmi­co Eméri­to da Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, pub­li­cou impor­tante arti­go, na seção de Opinião do jor­nal O Esta­do de São Paulo.

Leia, a seguir, o tex­to, e visu­al­ize, aqui, a pub­li­cação orig­i­nal.

Lula da Sil­va assum­iu o seu ter­ceiro manda­to com o obje­ti­vo de se con­tra­por ao que foi o peso de pas­sivos diplomáti­cos ori­un­dos do “nega­cionis­mo” cir­cun­scrito da visão de mun­do do pres­i­dente Jair Bol­sonaro.

A reper­cussão inter­na­cional da eleição de Lula foi alta­mente pos­i­ti­va. Foi sub­stan­ci­a­da pelas suas prévias real­iza­ções diplomáti­cas, a vis atrac­ti­va de sua per­son­al­i­dade, seu con­heci­do inter­esse pelas relações inter­na­cionais, e pela sinal­iza­ção, ino­vado­ra em relação ao Lula I e II, da ênfase que pre­tende dar ao meio ambi­ente.

É indis­cutív­el que do pon­to de vista quan­ti­ta­ti­vo o Brasil de Lula está de vol­ta ao mun­do. É o que ates­tam suas muitas via­gens inter­na­cionais, impor­tante pre­sença em reuniões em instân­cias mul­ti­lat­erais, pluri­lat­erais e region­ais e as não menos numerosas vis­i­tas de altas per­son­al­i­dades estrangeiras.

Se o Brasil com Lula está, em ter­mos quan­ti­ta­tivos, de vol­ta ao mun­do, qual é a dimen­são qual­i­ta­ti­va des­ta rein­serção? Lula III se con­fronta com um mun­do, uma região e um país dis­tin­to dos de suas ante­ri­ores Presidên­cias.

O Brasil de hoje é muito mais polar­iza­do do que o de Lula I e II. É muito menos orga­ni­za­do do que aque­le que rece­beu da qual­i­fi­ca­da Presidên­cia de Fer­nan­do Hen­rique Car­doso. Car­rega o peso do neg­a­tivis­mo da Presidên­cia de Bol­sonaro e seus des­do­bra­men­tos para a vida democráti­ca. Por isso, a con­dução da políti­ca exter­na requer um esforço de sin­to­nia com a sociedade para amainar riscos de polar­iza­ção inter­na.

A lat­i­tude da políti­ca inter­na de Lula III para a sua ação diplomáti­ca é menor do que a de Lula I e II, nos quais pôde con­tar com o respal­do de sua pop­u­lar­i­dade e a pre­pon­derân­cia políti­ca do PT. Não é o caso ago­ra. Lula III foi eleito com uma margem aper­ta­da, e o seu suces­so foi e vai além do PT. A com­preen­são des­ta nova real­i­dade não é forte na per­cepção e na con­du­ta do pres­i­dente, que é mais auto­cen­tra­do na sua exper­iên­cia ante­ri­or. Tam­bém não é forte no PT, que tem o ouvi­do do pres­i­dente na artic­u­lação diplomáti­ca de sua visão do mun­do, que não é com­par­til­ha­da por um espec­tro grande dos atores políti­cos brasileiros. A con­se­quên­cia dis­so tudo é a inter­nal­iza­ção con­fli­ti­va da atu­al políti­ca exter­na que se soma com out­ros temas e prob­le­mas da pau­ta de gov­er­nança de Lula III.

A Améri­ca do Sul é hoje muito mais het­erogênea e frag­men­ta­da do que era em Lula I e II. Daí a diminuição das opor­tu­nidades de esforços comuns de coop­er­ação na região e o seu poten­cial de impacto no plano mundi­al.

Menor lat­i­tude inter­na e menos espaço para ambi­ciosas ações region­ais se con­jugam com menos espaço para a atu­ação do “soft pow­er” brasileiro no plano mundi­al. O mun­do de hoje é mais hobbe­siano. É mais propen­so ao con­fli­to e menos a con­sen­sos inter­na­cionais sobre temas globais que sem­pre foram parte das ambições diplomáti­cas de Lula.

Esta­mos inseri­dos num mun­do per­me­a­do por ten­sões region­ais e inter­na­cionais de poder, que vem prop­i­cian­do o retorno da geopolíti­ca e da geografia das paixões. A mais rel­e­vante é a ten­são de hege­mo­nia Chi­na e EUA, que não exis­tia em Lula I e II, quan­do a Chi­na não esta­va dis­putan­do pri­mazia hegemôni­ca com os EUA. É o que difi­cul­ta a cal­i­bração do Brasil na vida inter­na­cional.

A diplo­ma­cia de Lula III se con­fronta com dois con­fli­tos de mag­ni­tude: em Gaza e na Ucrâ­nia. O de Gaza vai além da ter­rív­el situ­ação human­itária. Está rela­ciona­da ao equi­líbrio das forças no con­tex­to region­al e ao espaço e papel de potên­cias exter­nas na dinâmi­ca do Ori­ente Médio. Iden­ti­fi­co na posição brasileira, em espe­cial nas impro­visadas e não medi­das man­i­fes­tações do pres­i­dente, uma emo­ti­va exor­tação em prol da paz. Car­rega a sim­pa­tia pela causa palesti­na pre­sente no PT. Pos­sui uma opaci­dade em relação ao desafio exis­ten­cial de Israel. Lula III vem se asso­cian­do ao coro da geografia das paixões que o con­fli­to sus­ci­ta. É um tema que se inter­nal­i­zou.

O con­fli­to na Ucrâ­nia está vin­cu­la­do às ten­sões de hege­mo­nia. Con­duzi­da pela Rús­sia de Vladimir Putin, é uma guer­ra de agressão. É uma inequívo­ca expressão do uso da força con­tra a inde­pendên­cia e a inte­gri­dade ter­ri­to­r­i­al da Ucrâ­nia, o que se con­trapõe à Car­ta das Nações Unidas.

A con­tinuidade da guer­ra e a sua vio­lên­cia alter­am o prévio hor­i­zonte da segu­rança europeia. Colo­cam na pau­ta o uso das armas nuclear­es. São uma ameaça exis­ten­cial aos viz­in­hos da Rús­sia. Neste con­tex­to, não cabe benevolên­cia em relação à Rús­sia de Putin, que se con­trapõe à políti­ca jurídi­ca exter­na do País, pos­i­ti­va­da na Con­sti­tu­ição de 1988.

O recente endos­so de Cel­so Amor­im à pro­pos­ta de uma con­fer­ên­cia de paz artic­u­la­da pela Chi­na, ali­a­da da Rús­sia, para con­sti­tuir um eixo de paz (a palavra eixo não traz boas lem­branças para os estu­diosos da paz) atrela o Brasil à Chi­na e aos seus inter­ess­es hegemôni­cos. Não con­tribui para a cred­i­bil­i­dade da equidis­tân­cia do “soft pow­er” do nos­so país e as ambições de Lula III de asse­gu­rar um apro­pri­a­do lugar no mun­do. Não fará do Brasil um ter­ceiro em favor da paz, mas sim um ter­ceiro aparente, ali­a­do a uma visão com­preen­si­va da Rús­sia, que se dis­solve na dinâmi­ca das polar­iza­ções.”

Maria da Conceição Tavares

Maria da Conceição Tavares

A Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro — UFRJ — e seu Insti­tu­to de Econo­mia real­izam, no próx­i­mo dia 15 de jun­ho de 2024, no Teatro de Are­na, no cam­pus da Pra­ia Ver­mel­ha, no Rio de Janeiro, cul­to ecumêni­co pelo pas­sa­men­to da dep­uta­da fed­er­al, econ­o­mista e pro­fes­so­ra Maria da Con­ceição Tavares.

A Acad­e­mia Paulista de Dire­ito, sua Cadeira San Tia­go Dan­tas e o Insti­tu­to Cel­so Fur­ta­do, a ela vin­cu­la­do, prestam hom­e­nagem à bril­hante escrito­ra luso-brasileira, que dedi­cou sua vida à for­mação de ger­ações de econ­o­mis­tas e à elab­o­ração de pen­sa­men­to críti­co e con­stru­ti­vo de uma econo­mia e de uma ideia de desen­volvi­men­to conec­tadas à justiça social.

Para tan­to, ingres­sou no cam­po da políti­ca, pas­san­do, no Brasil, pelos par­tidos MDB e PT, par­tido pelo qual se elegeu dep­uta­da fed­er­al, em leg­is­latu­ra históri­ca, ten­do mil­i­ta­do ao lado do pro­fes­sor, escritor e sociól­o­go Flo­restan Fer­nan­des.

Matemáti­ca, que ini­ciou sua for­mação em Lis­boa, Por­tu­gal, ten­do imi­gra­do para o Brasil, em razão de perseguição do regime dita­to­r­i­al salazarista, ten­do-se tor­na­do Pro­fes­so­ra Tit­u­lar da Uni­camp e rece­bido o títu­lo de Pro­fes­so­ra Eméri­ta da UFRJ.

Teve papel impor­tante na história das políti­cas econômi­cas brasileiras e lati­no-amer­i­canas, ten­do tra­bal­ha­do na CEPAL e no BNDES, e para o Gov­er­no brasileiro, sendo auto­ra de inúmeras ideias e insti­tu­tos impor­tantes para a real­iza­ção de políti­cas públi­cas nacionais e inter­na­cionais.

Auto­ra de exten­sa obra, con­sub­stan­ci­a­da em arti­gos e livros, den­tre os quais se destacaram Auge e Declínio do Proces­so de Sub­sti­tu­ição de Impor­tações no Brasil — Da Sub­sti­tu­ição de Impor­tações ao Cap­i­tal­is­mo Finan­ceiro e Acu­mu­lação de Cap­i­tal e Indus­tri­al­iza­ção no Brasil.

 

O Futuro das Relações entre os Países da América do Sul

O Futuro das Relações entre os Países da América do Sul

Hoje, 10 de jun­ho de 2024, a par­tir das 19 horas, a Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São Paulo — FESPSP real­iza o segun­do encon­tro do ciclo de even­tos que debatem o atu­al con­tex­to das relações inter­na­cionais brasileiras.

O Primeiro encon­tro ocor­reu no final do mês de Abril, com a pre­sença do Pro­fes­sor José Luís Fiori, ten­do a medi­ação e a coor­de­nação da sociólo­ga Sil­via Portela, e debates real­iza­dos pelo sociól­o­go Vicente Trevas e pelo jurista Alfre­do Attié, todos Con­sel­heiros da FESPSP. Veja, aqui.

Hoje, o tema será “Mer­co­sul e Una­sul têm Futuro?”

O encon­tro terá a medi­ação dos Con­sel­heiros Sil­via PortelaVicente Trevas e Alfre­do Attié, que realizarão os debates, após as con­fer­ên­cias real­izadas pelos con­vi­da­dos Gisela Figueire­do Padovan, Embaix­ado­ra e atu­al Secretária de Améri­ca lati­na e Caribe do Min­istério das Relações Exte­ri­ores brasileiro, e Pedro Sil­va Bar­ros, econ­o­mista e téc­ni­co do Insti­tu­to de Pesquisa Econômi­ca Apli­ca­da — IPEA, fun­dação públi­ca fed­er­al, vin­cu­la­da ao Min­istério do Plane­ja­men­to e Orça­men­to brasileiro.

O encon­tro ocor­rerá no Auditório da FESPSP, na Rua Gen­er­al Jardim, 522, no Cen­tro de São Paulo, e será trans­mi­ti­do ao vivo pelo Canal YouTube da FESPSP.

O Centro de São Paulo: pesquisa, participação e debate, na FESPSP

O Centro de São Paulo: pesquisa, participação e debate, na FESPSP

NO dia 27 de maio de 2024, a Fun­dação Esco­la de Soci­olo­gia e Políti­ca de São Paulo — FESPSP real­i­zou o even­to para dis­cu­tir a questão da degradação do Cen­tro da Cap­i­tal Paulista, respon­den­do às questões: “O Cen­tro está “degrada­do”? Pre­cisa ser “revi­tal­iza­do”? Quem mora no Cen­tro? Quem se inter­es­sa pelo Cen­tro?”

Foram apre­sen­ta­dos os resul­ta­dos de pesquisas sobre  a vida de quem vive, tra­bal­ha e cir­cu­la no Cen­tro, e debati­dos os desafios que se impõem ao se inter­vir em um espaço em dis­pu­ta.

Hou­ve, tam­bém, o lança­men­to dos livros “A Mora­dia” e “Habitação é Cen­tral” com a par­tic­i­pação de Déb­o­ra Sanch­es (Macken­zie), Luiz Kohara (Cen­tro Gas­par Gar­cia de Dire­itos Humanos), Beat­riz Kara (FAU-USP), Fran­cis­co Comarú (UFABC) e Letizia Vitale (FESPSP).

O even­to ocor­reu no auditório da FESPSP, Rua Gen­er­al Jardim, 522

Lançamento de “Direito Administrativo e Democracia”

Lançamento de “Direito Administrativo e Democracia”

O livro “Dire­ito Admin­is­tra­ti­vo e Democ­ra­cia,” reunin­do estu­dos real­iza­dos no Cen­tro de Estu­dos de Dire­ito Admin­is­tra­ti­vo e Urbanís­ti­co da Fac­ul­dade de Dire­ito da Uni­ver­si­dade de São Paulo, em 2021, sob a coor­de­nação da pro­fes­so­ra Odete Medauar, será lança­do no próx­i­mo dia seis de jun­ho de 2024, entre 18 e 21 horas, na Casa do Livro Jurídi­co, no Largo São Fran­cis­co, em São Paulo.

Coor­de­na­da pelos Pro­fes­sores Odete Medauar, Bruno Grego-San­tos e Alexan­dre Cun­ha, reúne arti­gos que anal­isam as inter­secções entre o Dire­ito Admin­is­tra­ti­vo e o regime democráti­co, e os desafios con­tem­porâ­neos para a con­cretiza­ção.

Os arti­gos são de auto­ria de Odete Medauar, Mar­cos Augus­to Perez, Vitor Schi­ra­to, João Ama­r­al, Car­los Viní­cius Ribeiro, Alexan­dre Cun­ha, Luiz Felipe Miguel, Bruno Grego-San­tos, Rafael Côrtes e José Fer­nan­do Bre­ga.

Dois documentários de Joaquim de Carvalho sobre a história recente brasileira

Dois documentários de Joaquim de Carvalho sobre a história recente brasileira
Joaquim de Car­val­ho é for­ma­do em Jor­nal­is­mo pela Fac­ul­dade Cásper Líbero. Col­u­nista do Por­tal 247 e da TV 247, foi sube­d­i­tor de Veja e repórter do Jor­nal Nacional, entre out­ros veícu­los. Gan­hou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Her­zog e Jor­nal­is­mo Social.
Começou a car­reira em 1982, aos 18 anos, no Diário de Soro­ca­ba (SP), onde exerceu as funções de repórter e edi­tor.
Ain­da em Soro­ca­ba, tra­bal­hou como repórter e chefe de reportagem, no jor­nal Cruzeiro do Sul.  Foi repórter e edi­tor-assis­tente d’O Esta­do de S. Paulo; repórter espe­cial de O Globo; repórter e sube­d­i­tor da revista Veja; dire­tor de jor­nal­is­mo, em São Paulo, do Jor­nal da Band, na TV Ban­deirantes; e repórter de rede da TV Globo. No STB, inte­grou a equipe de reportagem do Jor­nal da Record.
Escreveu o livro Bas­ta! Sen­sa­cional­is­mo e Farsa na Cober­tu­ra Jor­nalís­ti­ca do Assas­si­na­to de PC Farias (Ed. A Girafa, 2005), que foi final­ista do Prêmio Jabu­ti, em 2005, na cat­e­go­ria Biografia e Reportagem.
Nos dois doc­u­men­tários sobre a história recente brasileira, abor­da as lacu­nas de inves­ti­gação, no caso ocor­ri­do em Juiz de Fora, durante a cam­pan­ha pres­i­den­cial de 2018, e o perío­do de prisão incon­sti­tu­cional do Pres­i­dente Lula.
Assista a seguir, ou pelos links: